7, ameaças

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Ponto de vista do Rafael

— Muito obrigada, volte sempre! – Falei educadamente mas ainda cansado.

— Rafael, já acabou o seu turno.

Entrei rápido e tirei essa blusa, já não aguentava mais, parece que o dia passou mais devagar e tudo que eu quero fazer é descansar.

Vesti a minha blusa, peguei minhas coisas e saí, fui para casa, e graças a deus dessa vez eu estava sozinho. Minha mãe havia ido viajar, visitar a minha vó, junto com Luiza e Johny. Ele está vivendo às nossas custas, e não procura um trabalho pra ir embora.

Mas dessa vez, vejo que eu vou ter que ir embora. Mas não dá, eu tenho que juntar o dinheiro do trabalho.

Joguei minhas coisas em cima do sofá e fui para a cozinha procurar algo para comer, e acabei comendo alguns salgados que eu achei.

Ouvi meu celular tocar, e fui atender, era a Flávia.

Ponto de vista de Flávia

Algumas horas antes

Sentei na minha cama com um livro que achei na biblioteca, ele parecia ser legal. Coloquei o óculos -sim eu uso óculos às vezes-, e comecei a ler.

Só que eu sei que não posso ter paz, então Dylan entrou no quarto sem bater e olhou para mim.

— Trouxe novidades. – Ele falou meio eufórico.

Olhei para ele indiferente.

— Toma o seu celular. Seus pais vão vim te visitar!

— O quê?

Eu com certeza não queria que eles me vissem assim, eu estou magra, mas bem melhor do que algum tempo atrás, o Dylan não tá mais pegando tanto no meu pé e eu converso com o Rafa as vezes.

Mas do mesmo jeito não tenho fome, eu só como algumas frutas, e as vezes nem como nada, o que eles vão achar de mim desse jeito? Eu não vou poder dizer para eles que o Dylan é um louco, eu simplesmente não consigo.

Do jeito que o Dylan é, ele vai querer se fazer de uma pessoa boa na frente dos meus pais, e meus pais com certeza vão acreditar.

— Você vai me apresentar a eles, como o bom namorado que eu sou.

— Não sei se é uma boa ideia. Talvez eu conte a eles que você me bateu.

— Flávia, você tá brincando comigo.

Olhei para o meu livro e ele o puxou da minha mão.
   
— Eu tô falando com você.

Eu me levantei e passei por ele, mas ele segurou meu braço.

— Me solta agora.

Ele apertou mais ainda o meu braço, me fazendo empurra-lo e sair por aquela porta, sim do meu próprio quarto. Fui correndo para a biblioteca, que estava vazia, e liguei para o Rafa.

— Oi?

— Oi Rafa... Eu não te vi hoje depois das aulas.

— Eu tive que trabalhar hoje, desculpa.

— Ei, tudo bem. Mas a gente podia se ver agora?

— Claro que sim.

— Eu... Talvez... Possa ir na sua casa?

— Claro.

— Tá bom, eu vou.

— Tá, até mais tarde.

trouble ➳ cellyuOnde histórias criam vida. Descubra agora