Se Você Fosse Meu - Klance

Sessão de fotos

Lance~

   Finalmente chegou o dia da sessão de fotos de que Keith me contou, eu tô  meio nervoso. Só estou esperando Keith vir me buscar para irmos.

   Ele vai vir me buscar...

   Dei um sorrisinho com o pensamento de estarmos parecendo namorados. Mesmo que apenas eu pense isso.

   Eu desci as escadas até a sala de estar e me sentei no sofá para esperar enquanto eu assitia alguma coisa na tevê.

   Liguei a tevê e comecei a procurar algum canal que preste. Tentei usar Netflix, mas "havia gente demais usando", eu tenho um pouco de raiva quando isso acontece. Porquê é que não pagam a Netflix para 6 pessoas? Aí fica difícil pra eu assistir.

   Eu coloquei num canal de culinária para eu me distrair e começar a morrer de fome pelos pratos que eles fazem. Eu sempre pensei nesses canais como uma tortura boa. É difícil de explicar.

   Enquanto eu assistia ao programa a campainha tocou. Eu virei a cabeça muito rápido, estampando um sorriso na cara, eu apaguei a tevê e fui abrir a porta.

   Keith estava com uma roupa despojada, mas estilosa demais para dizer que era roupa do dia a dia.

   -Hey, Lancey! - Ele disse e acenou para mim.

   - Faz isso de novo. - Eu disse e fechei a porta na cara dele.

   Eu esperei alguns segundos em silêncio e depois Keith tocou a campainha de novo, e eu abri a porta animado.

   -É... Hey, Lancey? - Keith falou sem entender nada.

   Apesar dele estar confuso não tinha como eu ficar mais feliz, eu nunca pensei que eu fosse namorar um cara tão gato. E meu santo voltron! Sorte é o que não me falta!

   -Olá, Keith! - Eu saí e dei um abraço lento e demorado nele, eu senti ele queimando na minha bochecha.

   Depois que nos afastamos ele me olhou meio desorientado.

   - Vamos?... - Keith se virou e andou parecendo um robô vermelho. Eu dei uma risada da situação em que ele se encontrava.

   Eu segui Keith pelas ruas, prestando bastante atenção no caminho, e como Keith já tinha se acalmado eu decidi perturbá-lo um pouquinho.

   Cheguei perto dele por trás, e segurei a sua mão. Como eu previ, ele corou. Eu ri de novo da sua situação.

   Nós passamos por algumas lojas locais até chegar ao centro da cidade, infestada de prédios altos e sem uma casa a vista.

   Eu sempre admirei a cidade com a grande beleza futurística dela, mas parece meio barulhenta, então minha família decidiu morar em uma área residencial um pouco afastada desses prédios todos.

   As pessoas passavam tão apressadas que nem sequer notaram a mim e a Keith de mãos dadas. Por sorte Keith veio preparado com um óculos de sol e um gorro, assim ninguém o reconheceria.

   Keith pode andar normalmente em áreas menos movimentadas, mas quando se trata do centro da cidade é quase que obrigatório o disfarce.

   Nos aproximamos de um prédio alto, tipo, muuuito alto mesmo, com no mínimo 20 andares.

   O prédio era feito de pedra com janelas espelhadas, uma mistura perfeita de uma vibe antiga com uma atual. A porta era de vidro fosco, com dois seguranças ao seu lado.

   Ao entrarmos no prédio eu levei um susto ao ver o quão bonito era por dentro, parecendo uma recepção de hotel, só que ainda assim parecendo um escritório, era confuso de descrever.