Capítulo 1

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Oii espero que vcs gostem dessa fic, ela é um amorzinho meu, lembrando que não é minha 😊
Boa leitura x

É o primeiro dia frio do ano, Rye puxa seu suéter em torno de seu pescoço enquanto ele se apressa para o trabalho. O pequeno café não é tão longe de seu apartamento, oque dá a ele uma boa meia hora de descanso entre sua última aula e o início de seu turno. Diferente de Mikey que só tem tempo de correr pra casa, trocar de roupa e correr para o trabalho, e ainda assim chega atrasado na maioria das vezes.

Já tem pessoas dentro da cafeteria no momento que ele chega lá. É a correria da tarde, pessoas como ele, prestes a continuarem com o resto do seu movimentado e importante dia, e cada uma dessas pessoas precisam de cafeína. Mas não é para as pessoas dentro da cafeteria que Rye sorri. É para o cara na frente dela.

Rye realmente não sabe o nome dele pra ser sincero, mas ele conhece o cara, sabe que gosta de café preto e de mergulhar rosquinhas cobertas de açúcar dentro dele e que ele tem olhos que, ás vezes, são tão azuis que parecem não ter fim, ele tem uma risada rouca e verdadeira que raramente deixa alguém ouvir. Ele tem longos e magros dedos que usa para arrancar acordes de um violão e ele tem a voz mais adorável que Rye já ouviu, não que ele afirme ser um bom juiz nisso ou em qualquer coisa.

Ah, e ele é um mendingo. Não é como se essa parte fosse explicitamente dita em voz alta, mas é perceptível. Ele está usando o mesmo jeans imundo que ele usa sempre agora, aquele com buraco nos joelhos, bainha desgastada e manchas que nunca vão sair, não importa quantas vezes ele o lave. A camisa é nova. É branca e parece ter acabado de sair da fábrica, mas a jaqueta jeans que ele está usando por cima não é. Está tão necessitada de uma lavagem quanto seu jeans. Ele toca aqui as vezes, do lado de fora da loja, o estojo do violão aberto para o dinheiro e sua voz saindo melodiosamente. Ele pegou no sono, acidentalmente, aqui mais uma vez, vulnerável do lado de fora com o violão nas mãos, espremendo a mochila mas costas e com um suéter sob a cabeça como um travesseiro. Mikey o enxota toda vez, Rye não.

"Ei" Rye diz, parando de frente a porta. "Boa tarde"

O garoto abre e fecha os olhos para ele, quase como se estivesse dormindo, oque não seria tão surpreendente. "Rye" ele diz lentamente.

Rye inspira e corre para dentro. É como se- ele sabe o nome do Rye, e ele sabe faz semanas, mas toda essa merda de turno, Rye para do lado de fora, diz oi pra ele e tudo que ele fala de volta é o nome de Rye, e toda essa merda de vez, sem falta, Rye cora e corre para dentro em vez de fazer alguma coisa. Mesmo que ele não saiba exatamente oque fazer nessa situação.

"Sem meninos de rua bonitos" Mikey diz assim que Rye está abaixado atrás do balcão, puxando seu avental e a viseira estúpida que é o uniforme deles. "Não importa o quão bonitos"

"Eu não tava-"

"Você tava" Mikey diz firme. "Você tem essa coisa de querer ajudar todo mundo e isso é legal e magnífico enquanto você estiver dando para ele algumas rosquinhas envelhecidas no fim da noite, mas eu vejo a forma com que olha pra ele, tá? Não pense que eu não vejo"

Rye sorri com ar sonhador para fora da janela, assistindo enquanto um pedestre atrás do outro para pra ouvir o garoto do lado de fora cantar. "Ele sabe o meu nome" Rye diz rapidamente, voltando ao trabalho. Ele pega um pano e limpa o balcão, tentando agir como se não fosse grande coisa, quando para ele é, de qualquer maneira, porque isso realmente não deveria ser grande coisa, ou deveria?

"Só porque você vai lá fora com seu uniforme ás vezes" Mikey o lembra "E, literalmente, seu nome está nele"

Rye abaixa o olhar para o crachá no seu peito "Ah" ele não sabe porque isso importa, porque isso faz diferença, mas faz "Eu não sei o nome dele"

only place | versão randy Onde histórias criam vida. Descubra agora