Capítulo 3: Aalis

23 4 3
                                    

         Avistamos não muito longe, uma ave majestosa a chegar em seu ninho, cujo o qual tinha três pequenos pássaros. A tal ave era uma águia de rapina que, por conseguinte, seus três filhotes também. Viviam os quatro em um bosque não muito longe do maior vilarejo de Nîmes, que era extremamente povoado. 

          Certo dia, como de costume a águia mãe foi buscar alimento para suas crias e seu ninho foi deixado à mercê de terceiros pois ela obviamente não poderia protegê-lo no momento de sua caçada. Sem sua mãe por perto, os filhotes acordaram com um certo barulho estranho em sua árvore. De certo algum infeliz ser estava cortando a árvore onde os pequeninos estavam, pois talvez não soubesse que haviam três famintas criaturas a espera de sua mãe, duas dessas muito sortudas pois já aprenderam a voar, e não teve outra, as duas voaram para longe, deixando a filhotinha mais nova sozinha. E isso tudo em questão de segundos antes da árvore em questão ser derrubada! Pobre ave… Era o seu fim, assim pensara pois, a pequena caiu junto com a árvore se ferindo bastante, principalmente na região da asa, a qual agora se apresentava defeituosa. Mesmo com sua maré de azar, a coitadinha continuava lutando pela sua vida, gritando por ajuda e esperando ser ouvida. Eis que um homem aparece na mata, não o qual cortara a árvore, mas sim, um belo moço alto que exalava gentileza e compaixão, estava passando justamente por aquele caminho e por sorte ouviu a pequena águia caída ao chão e foi socorrê-la rapidamente. Levou-a para sua casa em Roussillon, sempre temendo que a pobrezinha não aguentasse a viagem. Chegando lá, aliviou-se que a pequena continuara viva e colocou-se a analisar o quadro da ave, não era certo, mas ele sabia que podia salvá-la…

         Passasse algum tempo, todos da família estavam ansiosos para a melhora da ave desde que ela chegou em casa. Ela melhora, mas sua asa infelizmente com os danos causados pela queda e pela própria árvore, não melhoraria completamente porém, não significava que ela não poderia voar, só não suportaria bater vôo por muito tempo ou por uma longa distância. E sabendo que a ave não poderia mais sobreviver sozinha na natureza por conta de sua condição, o pai de família deu a ave para sua filha mais nova, Trea.

         Trea cuidou com muito amor e carinho, deu o nome para a ave de Aalis. A águia já crescida é muito grata pelo pai de Trea e por isso sempre tenta protegê-la como pode. Agora nos dias atuais em que ambas vivem, a ave sempre acompanha a camponesa em suas aventuras, e esta não foi diferente, ela sempre está ao lado de quem lhe estendeu a mão e a ajudou, mesmo nos tempos mais difíceis. Aalis é realmente, uma majestosa ave.

A lendária TreaOnde histórias criam vida. Descubra agora