Vimos que depois de muito andar, Trea achara um lugar para descansar ela e Aalis, sua ave de rapina.
De manhã, já haviam recuperado suas forças, entretanto agora estavam
famintas já que ambas não se alimentam a horas. A jovem decide então comprar pão e leite em um comércio local com as moedas que sua mãe havia lhe dado.-Bonjour, eu gostaria de dois pães e um pouco de leite, seria possível?- Perguntou
Trea, tentando ser a mais educada possível.
-Claro… O pão já está assando, espere mais um pouquinho e lhe dou o leite.- disse o
barbudo padeiro, que certamente viveu sua vida inteira naquele vilarejo.Depois de um tempo, assa-se o pão e o padeiro local passa dois pães e um copo de leite a camponesa:
-São três libras senhorita
-Aqui estão, merci.- Trea paga o comerciante, agradece e vai direto ao encontro da fonte onde ficava a praça que se hospedara por um curto período de tempo.Ambas já bem alimentadas resolvem partir, pois Trea estava ali por um motivo e não era a passeio. Quase saindo do vilarejo, a donzela se lembra de sua mãe, percebe que
ainda sobrara muito dinheiro e decide comprar tecidos para fazer um vestido para sua mãe. Só havia um problema, Trea não conhecia o vilarejo e provavelmente ficaria
perdida se procurasse uma costureira por conta própria. Ela vê um grupo de pessoas juntas conversando, então decide pedir a informação à eles:-Dizem que ela fugiu de sua casa pois era uma ladra!
-Pois eu tenho certeza de que ouvi dizerem que ela fugiu pois sua família roubava e
tão bela moça repudia tais ações.
-Ouvi gente que ouviu por ela mesma que não tinha casa para morar e por isso estava
em nossa praça.
"Ora… Estou aqui não faz nem dois dias e já estão a fazer boatos sobre mim, que sorte a minha ter vindo perguntar a eles, agora já tenho noção do que falam. "- Pensou Trea,
espantada pela inocência dos aldeões que ali estavam.Trea se aproxima da roda de amigos, fingindo que não ouvira nada ainda, pois mesmo sabendo que estavam a fofocar sobre ela, precisava de ajuda para procurar uma costureira local- Bonjour cavalheiros, poderiam por gentileza me indicarem uma boa
costureira que faça belos vestidos e um comércio que venda tecidos?Os três aldeões se assustaram com a presença de Trea que mesmo ouvindo suas conversas parecida serena e calma como uma madame:
-E-eu conheço uma que faz vestidos inigualáveis, tão belos como aqueles nunca vira antes, ela mora no centro do vilarejo senhorita- diz o rapaz ruivo apavorado, pensando justamente o do porque a jovem não foi rude com os rapazes, já que estavam a difamá-la.
- Eu lhe agradeço imensamente, agora vou a encontro dela, perdoe-me por atrapalhar
suas conversas cavalheiros, já estou de saída.- Mesmo sendo muito impulsiva, seu pai
a ensinou a sempre ter paciência com terceiros, e orientá-los para o caminho correto, o
que não significava ser rude com eles, talvez com gentileza já aprendessem a lição.
-ESPERE!- Imediatamente quando vira Trea partindo, o jovem já percebendo seu erro
grita, torcendo para que a camponesa misteriosa o corresponda.- PERDOE-ME POR
SER ESSA PESSOA RUDE E TER FALADO BALBÚRDIAS DE TI MAS TENHO
QUE TE AVISAr que…!!Trea recua ainda mais e não retribui o pedido de perdão do moço, não por maldade, mas sim por não tê-lo escutado. A nossa heroína então vai ao encontro da tal costureira, mas infelizmente ela não estava em sua residência. Frustrada por não conseguir o vestido, Trea volta à praça, onde só se encontrava o ruivo de mais tarde que parecia estar a espera dela. Ele chega perto dela, pedindo perdão pelos seus atos passados e talvez futuros, tenta lhe arrancar um beijo, o qual Trea recua.
-MAS ???? O QUE ESTAVA A PENSAR?- Grita Trea indignada.
-ME PERDOE POR FAVOR, FOI MOMENTÂNEO EU JURO.- E ele não estava errado, com a beleza de Trea e a atmosfera que se tornara estranhamente romântica, os seus impulsos le guiaram para uma péssima decisão.Mesmo não o conhecendo, Trea novamente aceitou seu pedido de desculpas, pois aquele jurava nunca mais tentar algo do tipo. Conversaram bastante depois do ocorrido, o ruivo explicou o do porquê gritara com Trea, a costureira que estava procurando realmente mora onde ela foi, mas estava viajando faz dois dias e só voltaria no dia seguinte em que estavam.
Passado todo o transtorno, ambos se despediram um do outro, mesmo passando um dia inteiro com o rapaz, Trea não teve a oportunidade de perguntar seu nome, mas sentia que fizera um amigo. Conversa vai, conversa vem, o dia já estava ao fim novamente e a jovem, sem ter muito o que escolher, foi dormir novamente na praça, onde ficara Aalis o tempo todo que Trea passeou. Pois então, que as duas durmam bem.
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A lendária Trea
AventuraUma jovem camponesa chamada Trea sonha entrar para a ordem "secreta" da cavalaria, a Ordem do Olimpo. Como ela mora em Roussillon ( no sul do Reino da França) precisa ir à Domrémy ( no nordeste do Reino da França ), onde fica a base da Ordem, para s...