Black Widow • Dahmo

Precisa de ajuda para matar seu marido?

— Como? — perguntou-me Dahyun, parecendo chocada com a minha pergunta, a mesma chegou até mesmo a balbuciar outras palavras mas nada específico havia saído de seus lábios, uma pena pois Momo havia amado a maneira como sua voz soava como uma boa melodia para seus ouvidos.

— Bom, eu preciso explicar seu trabalho ou-

— Não. — me cortou e eu rapidamente me calei, havia dito aquilo apenas por dizer, como sempre, Hirai Momo sempre dizia as coisas por dizer e isso lhe tornava uma das pessoas mais persuasivas que conhecia, não conseguia disfarçar minha expressão totalmente intrigada com aquela situação, Kim Dahyun não era o tipo de garota que me atraía, vemos isso se lhe colocassemos ao lado de Jihyo, que faz totalmente o meu tipo físico de garota.

Mas Dahyun tinha algo diferente, algo que nenhuma outra garota daquele lugar tinha e não era seus cabelos loiros, poucas palavras e ações da mesma já haviam me deixado intrigada o suficiente para querer explorar cada pedacinho da vida daquela garota que mesmo com pouca idade, seus olhos diziam que já havia passado por muito, o lugar onde ela vivia comprovava isso.

Minha falecida avó, dona de um bordel fechado no Japão sempre me dizia que num bordel era onde você encontraria as histórias mais barbáries. Nenhuma garota ali merecia, muito menos estava ali por que queria, cada uma tinha uma história diferente para contar e a de Dahyun me atraía de uma maneira inexplicável.

A garota não se pronunciou para nada, apenas segurou meu braço me puxando para o rolo de escadas que havia no centro do bordel, levando para os andares superiores, ou, os quartos, eu nem precisava dizer para que eles eram usados não é?

Durante todo o nosso percuso senti diversos olhares, alguns de nojo por sermos duas garotas que aos olhos deles iriam se relacionar sem ser para fetiche de um homem, olhares raivosos, provavelmente por não terem chegado em Dahyun antes de mim e até mesmo olhares maliciosos, alguns soltavam comentários nada agradáveis sobre mim e a garota, sentia a garota apertar cada vez mais meu pulso á cada comentário e isso fazia meu sangue ferver, ela não se sentia segura ali, isso não deveria ser uma surpresa, mas foi.

Assim que adentramos ao quarto, me acomodei na macia cama, observando a garota que aparentava ser um pouco mais nova do que eu, trancar a porta lentamente, parecia doloroso para ela ter que se virar para mim e por um sorriso no rosto, fingindo estar feliz por fazer seu trabalho.

Momo nem teve muito tempo para explicar a situação para a menina, que já foi começando um beijo com a japonesa que fora apreciado pela mesma obviamente, mas ele não tinha fervor algum, não era quente, muito menos apaixonante.

Primeiramente porque virar a noite transando loucamente uma com a outra não fazia parte dos planos de nenhuma delas.

Segundamente, primeiramente.

Hirai afastou Kim de seus lábios, deixando a garota confusa e levemente preocupada, fazia isso á alguns anos, não era possível que havia feito algo de errado ou era?

— Eu quero te pagar, mas é para outra coisa.

— Uh?

— Sei que isso vai parecer estranho mas, eu queria passar a madrugada conversando com você e não transando. — fui direta, a cabeça de Dahyun havia entrado em pane total, primeiro que seu ilustríssimo marido não havia passado por aqui, não que isso fosse ruim, porém era suspeito e ela temia por isso.

Dahyun sentiu seu rosto ferver, quando Momo riu fraco devido à aproximação do rosto de ambas, a Kim havia se dispersado tanto de seus pensamento que esqueceu de se afastar da morena. A mesma suspirou cansada, pondo as mãos em seu rosto, já lutando para que as primeiras lágrimas não tomassem em cair, nem ela entendia o motivo daquilo tudo, sentia como se um artifício de sentimentos dos mais diversos tivesse explodido dentro de si, o principal deles era gratidão, gratidão á Hirai por passar ao menos um dia em paz.