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Uma amizade colorida;
E na amizade encontrava alguém...
E minha mente se entregou aos poucos
a ilusão.

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Graças a Deus acabou a aula e isso indica que agora é o meu momento de chegar em casa e maratonar minhas séries.

Saio da escola caminhando com meus fones de ouvido, ouvindo minha música favorita do momento.. Love Again - New hope Club.

- BEA ESPERA - Alguém grita. Olho para trás e vejo Noah correndo em minha direção. Tiro por uns instante meus fones e paro para saber o oque ele queria comigo.

- Oi? - pergunto.

- Final de semana irei aproveitar que meus pais vão ficar fora da cidade e vou da uma festa lá em casa. - ele diz. - aparece lá, vai ser legal. - diz passando as mãos pelos meus cabelos.

- Claro Noah. - digo e logo depois volto a andar sem ao menos da tchau.

Não curto muito festas. Eu vivo reclamando de que fico em casa vinte quatro horas, mas quando alguém me chama eu logo trato de inventar uma desculpa para ficar em casa.
As vezes eu acho que sou uma adolescente muito estranha. Não sei se estranha soaria bem, mais não me sinto confortável nesse tipo de ambiente.

Bruno não me esperou, foi embora com a vaca da Milena. Espero que essa idiota morda aquele pau dele na hora que estiver fazendo um boquete, ou que nem saiba fazer direito. Bruno e suas idiotices, tenho que colocar juízo na cabeça desse tonto.

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Chego em casa e vejo meu irmão mais velho deitado no sofá da sala assistindo tv.
Meus pais vivem viajando, e mal param em casa. Às vezes eu me sinto a adulta, enquanto meus pais são adolescentes problemáticos.
Já faz um tempo que não vejo nenhum dos meus pais, os mesmos viajam o mundo a trabalho. Todo mês eles depositam pra mim e meu irmão, uma merreca para sobrevivemos. Como se isso bastasse. Eu só os quero aqui comigo, meu pai é um pouco exigente e não desiste nunca daquilo que quer. Vocês iram conhecê-lo depois.

- Sai da frente palhaça. - Clystoff diz. Percebo que parei bem na frente da tv, adoro irritar o meu irmão.

Fico parada de propósito para o mesmo prestar atenção em mim.

- Deixa de ser ridícula Bea. - completa.

- Peça por favor. - digo.

- Não! Sai logo da frente dessa porra. - fala calmamente.

- Não e nãoooo. - respondo por fim.

O vejo se levantar e correr pra cima de mim, fui mais rápida e subo correndo as escadas pra entrar para meu quarto. Tento abrir a porta e vejo que a mesma estar trancada. Droga!

- Bobinha, eu tranquei a porta. - Clystoff diz com um sorriso diabólico no rosto. - não me pergunto por que a tranquei.

- Ok, você ganhou. - respondo com medo do que estava por vir.

Ele me segura pelas pernas e me coloca sobre suas costas, fazendo-me ficar de cabeça para baixo.

- Me solta. - grito.

- Peça por favor. - murmurou ele repetindo minhas palavras de minutos atrás.

- Por favor. - digo sendo derrotada.

Clystoff me coloca no chão e volta para sala no mesmo estado vegetativo que estava no sofá.

Meu irmão mais velho é mesmo um mala, alguém aí quer ele de presente?

Amizade ColoridaOnde histórias criam vida. Descubra agora