Registro de viajem 17, Eleasias: "Então chegamos em Mahakan depois de alguns dias em viagem, junto caravana de um velho amigo. A cidade está bem movimentada por causa da guerra que vem por aí. Como os ensinamentos de Bahamut, não tomarei lado até entender o que acontece, mas fui com Arthanis a biblioteca, saber mais sobre esse "tirano" e nada nos disseram. Espero que meus companheiros não decidam qual caminho seguir sem discutir isso, pois terei que seguir por caminhos diferentes, se assim for o desejo de Bahamut. De todo modo, era evidente que seria necessário passar um tempo na cidade de Mahakan, afinal, decidimos que veríamos para cá, a fim de realizarmos alguns estudos. Eu tenho dúvidas que preciso descobrir o quanto antes, aquela moça que enterramos, a humana, há algo de errado com ela. Seu corpo estava intacto, apesar da aparência de morte. Por isso, com minha alma e mais profundo desejo de protege-la, desejei a meu deus, que aquele gelo no qual fiz sua cripta, a mantivesse segura. E se for verdade, mantê-la ali, fora uma boa ideia, mas minha incompetência não pode ser negada. Subestimei aqueles seres malignos, pedindo ajuda aos meus amigos e mais uma vez, pus suas vidas em risco. Então teria que passar um tempo estudando sobre elas. Terei que estar preparado para a próxima vez e eu sei, haverá outro confronto com elas. Sinto isso. De todo modo, não esperava que o motivo que manteria a "Companhia do Dragão" em Mahakan seria um pedido inusitado de alguém inesperado, Belfik, o arquemago da cidade. Isso me deixou receoso. Não entendo as motivações dele, muito menos o que aquele livro que a Ia carregava, pode conter. Mas o que foi feito, está feito. Só me resta aguardar que ela retorne com boas notícias."Registro de viajem 20, Eleasias: "Hoje é o terceiro dia que fico com Arthanis, a meia elfa, pois os outros decidiram se separar e decidi acompanha-la para saber sobre a guerra que acontece. Porém, confesso que me foquei mais em procurar livros sobre o estado da moça. Isso ainda tem perturbado minhas meditações, minha calmaria. Creio que amanhã visitarei o templo de Bahamut. Preciso de orientações. Meu ki esta inquieto e minha mente turva. A culpa me corrompe. Sinto minha honra manchada. Tenho que saber se ainda sou digno de pedir proteção ao deus do vento norte."Registro de viajem 21, Eleasias: "Fui ao templo de Bahamut bem antes mesmo do amanhecer. Precisava estar presente em seu domínio, precisava estar uma vez mais com aqueles iguais a mim. Um dos sacerdotes, me convidou para um chá. Me explicou a situação dos Dragonborns neste continente. Discutimos por horas, o que descobri neste pouco tempo que estou aqui e as diferenças em nossas terras. E eles nada sabiam de Faerun. Ainda assim, terras tão distantes, creio eu, e o mesmo jeito de pensar. Este dragonborn, de escamas douradas e velhas, marcadas com o tempo, escritas de experiência e inúmeras batalhas, me instruirá a esvaziar a mente. "Em águas turvas, é impossível ver com clareza o que está a sua frente.". E é isso que vou fazer. Estou indo agora para um jardim nas montanhas atrás da cidade, para meditar. Eles já me explicaram como chegar. Creio que será um dia de viajem. Avisarei a todos."Registro de viajem 27, Eleasias: "Faz 7 dias que não escrevo. Passei 4 dias em meio as montanhas, para meditar. Encontrei um senhor que parecia ser de Mahakan. Em uma conversa que parecia ser sem importância, ele me contou que estava cortando arvores para lenha. Era seu trabalho. Não o ignorei, mas achei que também não dei tanta atenção, pelo menos não enquanto terminava minhas rezas e meditação. Mas foi nesse momento que encontrei minha paz. Vi o senhor, de braços pequenos e finos, que mal podia se manter em pé, colocar uma arvore no chão com uma única machadada. O mesmo sorriu, percebendo minha cara de surpresa e num pequeno gesto, enquanto se arrumava para fazer seu trabalho, pediu para eu me aproximar e estão disse 'Se quer cortar uma arvore na metade do tempo, deve se gastar o dobro do tempo se preparando', e isso foi suficiente, sabia o que tinha que fazer. Ajudei aquele senhor a cortar a toras para lenha e a carregar uma pesada carroça, caminho abaixo. Nos tomou o dobro do tempo. A algumas horas, me despedi do senhor, deixando o em frente à sua casa. Estranhamente, ele me desejou paz... em dracrônico. Contei isso a meu semelhante de escamas douradas e descobri aquele senhor vem muito ao templo. Senti uma aura pura vindo dele. Que Bahamut o proteja."Registro de viajem 27, Eleasias: "São 6 da manhã. Vou procurar por informações novamente, agora com mais calma. Próximo ao anoitecer, pretendo procurar meus companheiros na taverna. Quero saber o que fizeram e o que pretendem ao amanhecer. Se decidirem ficar, creio que vou me afastar por um tempo. Quero conhecer as partes baixas da cidade. Foi em um lugar assim que conheci Irilath e talvez ele esteja por lá. Talvez eu possa ajudar aquela igual a ele, assim como meu mestre um dia fez."
----
Registro de viajem, 7 de Eleint: " Logo ao amanhecer, fiz minha meditação diária e aprontei minhas coisas. Desci com meus pertences e pedi a um serviçal da pousada que me trouxesse pães e poções de frutas e carne magra. Sabia que todos estariam exaustos pela viajem e acredito eu, isso fora bom. Escolhi uma mesa próxima a uma das janelas, onde a fraca luz do sol que ainda se levantava, cobria a mesa e mantinha o ar em uma temperatura agradável. O primeiro que vi fora Thorin, que desceu a escada ainda bocejando, já vestido com sua armadura. Curioso como alguém conseguia viver desse jeito, mas acho que sem ela, ele provavelmente se sentia pelado, como se o ferro fosse sua própria pele. Ele resmungou algumas poucas coisas e logo que a comida foi servida, ele pediu que lhe servissem uma grande caneca de cerveja e um porco. Preferi não dizer nada, não era diferente de outras manhas. Os outros logo chegaram. Estou escrevendo enquanto espero que todos terminem de comer. "Registro de viajem, 7 de Eleint: " Uma infeliz notícia. Khalid nos informou que um mensageiro viera lhes informar que os suprimentos haviam sido destruídos ou perdidos. As chuvas dos últimos dias estragaram os mantimentos que seriam enviados, mas que outras medidas já estavam sendo tomadas. Ainda seria necessário que fossem escoltadas, mas isso só será feito daqui a 15 dias. Me ofereci para ajudar em qualquer coisa que fosse necessária no templo, afinal, todos já se decidiram sobre o que faram nesses 15 dias. "Registro de viajem, 8 de Eleint: "Na falta de serviçais ou sacerdotes, Khalid me pediu para ajudar com a organização do templo. Também me disse que em troca, e por ser sempre bem-vindo, posso ficar no templo. Como sempre, vou avisar a todos e voltar aos meus afazeres. "
Registro de viajem, 9 de Eleint: "Durante as refeições, decidi falar com Khalid sobre minha experiência com bruxas e lhe contei sobre minhas suspeitas. Ele se ofereceu a ajudar, assim que a situação se estabilizar no templo. "
Registro de viajem, 13 de Eleint: " Com os passar dos dias, percebo que as folhas ficam mais secas e frequentemente vejo os pátios do templo cheio delas. Logo teremos a chegada do outono. Hoje, durante a comunhão dos que estavam no templo, me sentei ao lado de Khalid e ele me disse que andou pensando e o estado da garota poderia ser uma magia de preservação de corpo. Se realmente fosse, ela realmente estaria morta, mas ele estranhou, depois que contei que a suposta morte acontecera a mais de um mês. O mesmo disse que estudaria melhor o caso e que talvez ele poderia intervir junto a Bahamut se Ele assim quisesse. Descobri também que Khalid serve aos domínios da cura e que ele e Bjorn adquiriram conhecimento para produzir remédios para o povo. Assim que Bjorn voltar, creio que devo mostrar o livro que achamos nas cavernas dos Duergars. "Registro de viajem, 24 de Eleint: " Esta manhã, acordei com o toque de uma folha seca, alaranjada sobre meu ombro. Provavelmente entrara com o vento. Depois de arrumar as coisas, fui ao templo, onde existe um vitral mostrando um grande dragão prateado, iluminado, cercado por outros dragões de todas as cores. Ao fundo, o céu, preenchido por uma nebulosa. Ao chão, na terra, nós, os dragonborns. Enquanto observava os detalhes, senti uma mão sobre meu ombro e um leve movimento com a cabeça me permitiu ver que era uma mão coberta de escamas douradas, seguidas por um manto na altura do punho, que cobria todo o resto do braço. Sabia que era Bjorn, o ancião. Me virei e fiz uma leve reverencia com a cabeça. Bjorn me convidou a ir ao seu escritório, onde Khalid nos esperava. Conversamos por horas