Capítulo 4 - O Homem da Sua Liberdade

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Nem posso dizer que meu dedo tenha culpa nessa escolha, pois Elly Hill era dono da sua própria liberdade. E eu amava isso nele.

Carmem tinha tentado me apresentar muitos homens, eu estava tentando abrir a mente, mas as coisas só começaram a fluir depois de algum tempo.

Passei a frequentar mais vezes os bares com algumas meninas da Denishawn. Tínhamos achado um barzinho super tranquilo, com no estilo country em plena Los Angeles.

Eu tinha ido algumas vezes com Linda, umas das meninas que tinha me identificado na escola. Ela tinha um humor muito leve e tinha vindo do Texas para conquistar seu sonho. Seu namorado morava com ela, e ele não se importava que ela fosse tomar algumas cervejas comigo, por algumas vezes.

- Clark não liga amiga, alias ele até gosta que eu beba um pouquinho porque quando chego em casa amiga, seguuuuuuuuuuuuura peãoooooooooooooo! – ela era super alto astral e seu sotaque arrastado a fazia mais engraçada. Isso me contagiava.

- Quem bom Linda, ele parece ser super apaixonado por você, acho lindo quando ele vem te pegar.

Ela olhou pra mim com seu sorriso doce. Ela parecia muito apaixonada por ele também.

- Ele é um arraso, quer dizer todos os homens da família Hill são. Precisa ver meu cunhado amiga, que pedaço de perdição.

- Estou bem sozinha amiga, obrigada! – ri a sua citação.

Por mais que sentisse falta de um braço forte e peludo, como dizia minha prima, estava levando bem a vida de pega e desapega. Tinha dado uns beijinhos em alguns carinhas em duas baladas que tinha ido com Carmem e Trisha.

Mas nada que me valesse a pena levar pra casa ou ser levada. Queria me sentir mais firme pra não me machucar de novo. Tony tinha sido uma página virada, pois nem ele e nem eu estávamos pronto para nosso relacionamento.

- Lana, mas não é você que decide se quer ficar com ele amiga, os homens Hill é que escolhem!

Nossa falando assim Linda estava me deixando curiosa. Eles eram o que? Os eleitos?

- A é? Então esta me dizendo que Clark te escolheu? - Olhei para ela desafiadora.

- Sim. E não tenho vergonha disso. Eles são homens que não se prendem fácil, mas quando escolhem fazer isso, eles escolhem alguém para a vida inteira, e não tem jeito.

Minha cabeça foi longe com as suas palavras. “... Para a vida inteira”. Era algo que toda mulher queria, o que eu queria. Mas estava me afastando desse pensamento, por hora. Pois todas as vezes que eu tinha alguém que meu dedo podre escolhia, ele tinha algo que me impedia de ficar com ele.

Talvez essa coisa de escolha fosse diferente do que ela dizia. Ele ficava com algumas, até ter a certeza que fez a escolha certa. Era assim que eu estava tentando imaginar os fatos. Porque era assim que eu queria, nada de me envolver e me machucar, apenas curtir, talvez assim pudesse não me ferir mais.

- Então você e Clark são para a vida inteira. Ele simplesmente te escolheu? - fiquei mais curiosa do que eu esperava.

- Sim – ela tomava sua cerveja distraidamente. – Ele e eu já tínhamos ficado juntos, mas foi muito antes de decidir vir para Los Angeles. A família deles tem um Rancho, que esta começando a fazer alguns negócios aqui. Depois de algum tempo, tinha escolhido me mudar pra cá, e Clark tinha me pedido que ficasse com ele lá, antes dos negócios. Eu não tinha aceitado ficar, então nos separamos.

Ela estava pensativa, cheia de brilho em seus olhos.

- Então seguimos rumos diferentes, tive alguns homens e ele algumas mulheres, mas não nos prendemos em ninguém, pois depois de um Hill minha amiga, não tem mais ninguém.

Eu, e Meu Dedo PodreOnde histórias criam vida. Descubra agora