Capítulo 3

2.3K 459 94
                                    

Alejandro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Alejandro

Honestamente, eu estava em dúvidas sobre diversas coisas desde que comecei a conhecer um pouco mais da vida e da família da Blue. O sorriso gracioso estampado no rosto da senhora Estela foi reconfortante, assim como o abraço verdadeiro que ela ofereceu a filha quando chegamos. Esse detalhe foi a única coisa que não me permitiu levar Blue para longe dali e salvá-la de, talvez outro episódio de desaprovação do seu pai e a costumeira aquiescência da mãe ao: "Minha palavra é lei" de Konrád Adamec. As únicas coisas boas que Blue pareceu receber de seu velho pai foram a sua força e inteligência, embora eu ainda não tivesse conhecido o tão temido homem.

— Amálie! Obrigada por ter vindo, querida irmã — O olhar curioso da quase cópia da Blue encontrou o meu. — Oh, eu não sabia que você traria alguém.

Antes que Blue pudesse falar, ou dar quaisquer desculpas, eu me atravessei:

— Eu sou o namorado dela.

As sobrancelhas da garota se enrugaram em confusão.

—... É um pouco surpreendente. — Ela voltou sua atenção para a irmã dela, mas antes desceu os olhos sobre mim com um interesse peculiar. — Valentim ficará feliz em revê-la, Amálie. Você sabe... — ela levou as mãos em seu próprio peito e espremeu. — Ele se sente culpado pelo que aconteceu no passado e... — se calou por um instante. — Eu espero, honestamente, que você tenha superado, irmã. Espero que você esteja feliz por mim.

Encarei a Blue, que estava com o rosto impenetrável, esperando por alguma reação. Qualquer coisa.

— Não se preocupe com nada. Apenas desfrute do seu noivo, querida. Pois, certamente foi um presente dado por Deus.

Antes que eu pudesse circular a cintura dela — apenas para dar-lhe uma linha de suporte — sua irmã se agitou para o burburinho de pessoas na outra parte da enorme casa; logo algumas mulheres surgiram em seus típicos trajes conservadores, e um homem de olhar presunçoso também. Deduzi de imediato que aquele deveria ser o tal Valentim.

Eu alcancei e agarrei a mão da Blue novamente.

A mãe dela logo se juntou a nós, e me apresentou como namorado da filha para várias pessoas, para em seguida avisar que o marido havia chegado. Imediatamente o corpo da Blue estremeceu e, ela parou de conversar. Observei o momento que ela olhou por sobre meu ombro e pareceu petrificar no lugar. Konrád parou quando viu a filha e pareceu estudá-la. Abaixou o seu olhar para nossas mãos unidas, e algo escuro piscou em seus olhos.

— Amálie? — Seu tom traiu sua autoconfiança, demonstrando seu espanto.

— Meu pai.

O silêncio era sepulcral.

— A filha perdida encontrou o caminho de casa? — ele perguntou, rude, sem qualquer preocupação em magoá-la.

Blue estremeceu um pouco mais. Notei a umidade querendo se formar em seus belos olhos. Meu coração doeu.

A REDENÇÃO DO CEO - Livro 3 da série (Irmãos Gonzalez) DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora