Capítulo 2

61 6 0
                                    

          Depois do meu ocorrido com Thomas, fui para casa encontrando com Raquel jogada no meu sofá desajeitadamente, fazia tempo que não vinha em minha casa, jogo minha bolsa no chão e pulo no sofá.

-Eu quero demiti-lo. –Digo sem humor na voz.

-Mas já? Ele tá há quanto tempo no cargo, quatro meses? –Raquel se senta no sofá.

-Exato! Quatro meses e ele já deixou uma publicidade importante sair, deixou uma bagunça de arquivos se juntarem e além de tudo, não comparece em nenhuma reunião.

-Você sai do trabalho, mas o trabalho não sai de você! Que droga, Carol. –Pega o celular- Vou ligar para a Bruna

        Ela some pela cozinha, aproveito a deixa e subo para o meu quarto. Seis anos atrás eu criei a Arfax com o intuito de me reerguer, mas consegui bem mais que isso, quem diria que eu já consegue uma empresa de publicidade grande, outras empresas com os mesmos intuito tentam me derrubar por eu estar conseguindo os melhores contratos. Céus, está no poder é muito bom.

       Bruna e Raquel me ajudaram tanto financeiramente como emocionalmente, graças a elas tenho meu império do qual ninguém sabe que eu sou a dona. Isso foi ideia de Raquel, que disse que quanto menos as pessoas soubessem quem está no poder, melhor para minha privacidade, saúde mental e poderia está lá dentro para ver quem trabalha para mim, para não cair novamente.

       Mas com isso eu esperava ter um cargo tranquilo, não uma maldita secretaria que tem que levar até cafezinho para um maldito CEO de bosta.

         Entro no banheiro, coloco a banheira para encher, que demora alguns minutos, tiro minha roupa e entro na água quente que relaxa meus músculos.

         Essa semana na Arfax foram tensos, começando com o surto de Thomas por saber do vazamento e logo depois o meu, que tive que escrever um maldito e-mail para a imprensa explicando o vazamento e outro para Thomas por sua falta de responsabilidade, do qual irritou bastante ele e ele foi descontar em quem?

         A maldita secretaria.

         Saio da banheira, coloco meu roupão e vou para o quarto, dando de cara com Raquel com o celular na mão e um sorriso sacana.

-Vamos sair hoje, para um barzinho mesmo, sei que não gosta de ir para pubs nas sextas –faz careta enquanto entra no meu closet.

-Qual bar? –sento na cama para passar creme nas minhas pernas.

-Um novo que abriu por aqui perto, de luxo-Ouço sua voz abafada pelo closet –Você vai gostar.

-Sei que vou. –reviro os olhos

        Entro no closet, expulso Raquel de lá que sai sobre reclamações e avisando que iria em casa se trocar.

        Coloco minha roupa íntima da cor preta, enrolo uma toalha nos meus cabelos molhados enquanto procuro uma roupa agradável para sair hoje. Coloco um vestido vermelho, realçando minha pele negra, o vestido é cinco dedos acima do joelho, com um decote discreto na frente e ele é rodado. Nos pés coloco um salto branco, alto, fechado e confortável, vou para frente do espelho, solto meus cabelos e cacheio-o mais, passo creme, óleos e finalizadores, termino tudo com o cabelo maravilhoso.

        Faço uma maquiagem bem básica, passo apenas um delineador, rímel e um batom vermelho, minha pele me ajuda bastante em questão de maquiagem. Passo perfume, pego o meu celular e vejo que tem várias chamadas de Raquel e Bruna, vejo uma mensagem avisando que estão no bar me esperando.

         Ingratas, nem vieram me buscar, desço as escadas, encaro meus saltos e tiro. Que merda, eu mato essas garotas, pego as chaves do carro, vou até a garagem e entro no meu carro e vou para esse bar.

         Passando alguns minutos, consigo achar uma vaga, coloco meus saltos e desço do carro. Entro no estabelecimento que tem quase tudo de madeira rústica, luzes amarelas, dando um ar agradável, vejo as meninas no bar e sigo até elas atraindo olhares, não é normal ver uma mulher tão cheia de si em um bar.

-Finalmente você chegou –Bruna me abraça.

-Você demorou em- Raquel me passa uma bebida.

-Eu não tive culpa, oras essa. –dou um gole, caipirinha.

          Me sento no meio delas, bebemos várias caipirinhas, run, gin, no final, estávamos bêbadas e com dois caras dando em cima de mim descaradamente.

-Caroline? –Ouço uma voz rouca perto do meu ouvido.

           Quando viro, dou de cara com Thomas me olhando de cima a baixo e com um sorriso sacana.

          Merda, eu realmente não me livro desse cara.

INOCENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora