Back to you

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Sor Davos parecia surpreso com a resposta que o lorde de Ponta Tempestade havia lhe dado, o pergaminho foi jogado na mesa e os dois se encararam.

– Como assim, Gendry? – o mais novo se ajustou na cadeira e tocou os lábios com a ponta dos dedos. – Você está negando o pedido de seu Rei e da Rainha do Norte?

– Eu não irei até Kingsland apenas para me certificar se é realmente o barco de Arya Stark que vai chegar. – suspirou, uma rápida lembrança passou em sua mente.

– Gendry, não tente ignorar que em todos os setes reinos as pessoas falam que Arya passou sua última noite aqui. Não ignore que todos conseguem ver esse broche com um lobo estampado. Não ignore que ela pode voltar com uma criança de dois anos com o sangue Baratheon. – o lorde não conseguiu segurar a risada, ele sabia que tinha tomado cuidado para que isso não acontecesse.

– Ela não irá voltar com um filho meu. Nada aconteceu. – Davos levantou uma sobrancelha e se dirigiu a mesa de bebidas, pegando uma taça e despejando vinho.

– Então quer dizer que você passaram aquele dia e a noite apenas... Conversando, milorde?

Gendry entendeu o sarcasmo do lorde das cebolas e se levantou da cadeira.

– Sor Davos, não é de interesse de Ponta Tempestade ir até Kingsland. Diga ao rei que sinto muito, diga a rainha Sansa que sinto muito, diga a Jon Snow se ele der o ar da graça que sinto muito. – ele chegou mais perto para encarar de perto o homem mais velho. – Se tivermos terminado aqui, eu peço que se retire, seu cavalo deve estar com a sela pronta.

O lorde saiu do salão e foi em direção a forja onde encontrou alguns homens trabalhando e assim ao tirar sua camisa de couro ficando apenas com a roupa de baixo, pediu um martelo e pegou um pedaço de ferro que logo, logo se transformaria em um machado, ou uma espada, ou em qualquer outra coisa que o homem pensasse.

Era aquilo, ou a cabeça de Sor Davos, porém o homem tinha o ajudado muito. Não queria sua cabeça rolando pelo chão do salão.

– Você tem certeza de sua decisão, rapaz? – Davos ainda estava ali, era quase noite e todos os seus vassalos esperavam sua ordem para ir embora.

– Sim, espero que tenha uma boa viagem de volta. – ele entregou um pacote e o homem apenas assentiu e subiu em seu cavalo desamarrando o nó daquilo. – É uma bela adaga.

Adaga essa, tinha o simbolo da casa Baratheon em sua ponta. Para Gendry, aquilo servia para que Sor Davos nunca esquecesse quem ele prometeu ser leal antes de toda a loucura acontecida.

Meses se passaram após a visita de Sor Davos, após isso Gendry já havia sentido a ira de Sansa Stark que havia lhe um corvo com palavras não muito gentis, lhe acusando de saber da existência de alguma criança não querer aparecer no porto para que não possam apontar o dedo em seu rosto. Ele apenas riu do pedaço de papel e juntou aos outros que haviam ali.

Se levantou silenciosamente e fez seu caminho, parou um de seus homens e o avisou que passaria o restante do dia em seus aposentos. Os passos pesados serviam como tempo para que sua roupa fosse ficando mais frouxa para finalmente trancar a porta e se sentir à vontade em seu quarto enquanto ouvia o barulho do mar.

– Eu sabia que você não iria. – ele se virou para onde a voz vinha, não estava surpreso, não sabia o que sentia.

Arya parecia um pouco diferente, talvez um pouco bronzeada, talvez a diferença deve estar na cicatriz na parte inferior de sua bochecha ou talvez a diferença seja a vontade que o lorde estava de tomar a loba em seus braços e nunca mais deixa-la ir embora.

Ele se aproximou dela, checou se havia alguma arma ali e estranhou ao ver nenhuma.

– Por que não está com sua espada?

A mulher umedeceu os lábios.

– Não acho que precisaria dela pra vir conversar com você.

"Eu senti sua falta" "Eu te amo" "Não vá embora novamente", são três frases que Gendry falou de uma só vez ao sentir a boca daquela loba que tanto atormentou seus pensamentos, uma mão em sua cintura e a outra apoiando em sua bochecha passando a ponta do dedo na cicatriz. Eles deram alguns passos e chegaram até o macio da cama, lugar onde estiveram dois anos antes que o barco com um grande lobo chegasse na costa de Ponta Tempestade levando-a embora.

As unhas de Arya não economizavam em distribuir arranhões pelo peito de Gendry, as mãos seguiram até as calças, enquanto ele tentava tirar sua camisa para ter a mesma visão de um tempo, parecia sujo de sua parte, mas o mesmo estava faminto por aqueles seios que tanto desejava ter e quando conseguiu, beijou com tanta intensidade que a pele da loba logo ficou marcada com alguns vermelhos, o que não era um incomodo porque a mesma não ficava muito atrás da fome que sentia para tê-lo dentro de si.

A boca do touro foi descendo junto com o tecido das calças e as botas, a pele foi ficando marcada pelos lábios do homem, da boca dela podia se ouvir alguns sons já se libertando, nesse momento ele não a impediu, queria que todos soubessem que ele era o único que estava com ela naquele momento.
Quando sua boca atingiu o ponto mais sensível da moça, ela soltou um suspiro de prazer e o mesmo ficou satisfeito continuando o trabalho até sua parceira se satisfazer antes dele. As mãos dela procuraram por ele e quando encontrou seus cabelos sentiu seu corpo tremer com força, o suor já estando presente em seu pescoço a loba o puxou para beijar sua boca e assim sentir o gosto que ele tanto provou para pouco tempo depois ter a penetração completando seu corpo.

Gostos salgados, o suor descendo, pele com pele, os sons que saíam da garganta dos amantes eram baixos, não iriam incomodar ninguém naquele fim de tarde, raios de sol os iluminavam naquela cama, os suspiros de prazer eram quase palpáveis quando os corpos se satisfizeram um após o outro.

– Eu quero cumprir minha promessa. – um fio de voz saiu de Arya, seu rosto estava bem próximo do de Gendry. – Eu quero ser sua família.

– Não me deixe. – ela negou e respirou pesadamente. – Nunca mais.

– Nunca mais. – a pequena mulher repetiu.

Ele se retirou dela, pensando no que havia feito, no que terá de ser feito.

– Eu quero ter filhos. – a loba falou como se adivinhasse o que o lorde pensava e assim se virou falando. – Eu quero ensiná-lo como manusear uma espada, eu quero que ele tenha uma família, eu quero... – Gendry não podia deixar aquelas palavras continuarem, se não ele iria querer tudo novamente e tinha consciência do quão cansada ela estava, então apenas beijou seus lábios devagar para parar e encarar os olhos cinzas.

– Nós teremos tempo. – falou. – Eu quero quantos filhos você quiser. Um, dois, três... vinte. – brincou e ela entendeu. – Fico feliz por ter voltado para mim Arya.

O lorde passeou os olhos pelo corpo daquela mulher e a puxou para perto beijando sua boca, sua bochecha, seu pescoço e estava feliz ao ver que ela sorria com seu toque, que segurava em sua nuca enquanto sentia sua boca beijar o corpo.

De repente, Arya o afastou ficando séria, olhou para baixo e franziu os olhos antes de voltar a encarar a imesão azul.

– Me pergunte de novo. – passou os dedos pela boca do mesmo. – Do jeito certo, agora.

O Baratheon, suspirou, afundou a mão nos cabelos escuros da Stark e olhando bem fundo em seus olhos cinzentos fez a proposta.

– Arya Stark de Winterfell, você aceita ser minha família? Deste dia até o nosso último dia?

– Se eu pedisse para morar além do castelo?

– Eu iria com você. – ela sorriu antes de responder a pergunta.

– Eu aceito. – os lábios se misturaram novamente, a garota puxou o lorde para mais perto mais uma vez, envolvendo-o em um abraço para esquentá-la. – Eu senti tanto sua falta. – suspirou e o encarou. – Eu amo tanto você, Gendry Baratheon. – ela voltou a beijá-lo com força, mas o homem precisava responder.

– Eu amo você, Arya.

>> and that's the tea.

>> xoxo.

I can't be with you nowOnde histórias criam vida. Descubra agora