Love Yourself

Oficialmente Seu

Jade Varguezes.

Estávamos sentados a mais ou menos uns cinco minutos, seus olhos tinham um dos mais claros tons de azul, e ele me estudava como se tentasse achar a coisa certa para se dizer. Abaixei a cabeça sentindo minha pele do rosto esquentar. Matthew usava blusa branca de manga curta que deixavam suas tatuagens do braço totalmente à mostra, seu cabelo em um tom dourado estava bagunçado e caía de forma graciosa em seu rosto. Levantei o rosto e ele sorriu. Deus!

— Já decidiram o que irão comer? — o garçom perguntou, provavelmente impaciente.

— Ah sim. — puxei o cardápio e o encarei. — Vai querer o que?

— Me surpreenda. — É isso, a voz daquele homem não era desse mundo.

— Uma sopa de mariscos e um Beef Wellington com bastante bacon. — o entreguei o cardápio e sorri. — Obrigada.

— Jade, posso chamá-la assim? — murmurei um "sim". — Precisa de mim por quanto tempo?

— Preciso dia doze de abril.

— É mais que um mês — murmurou — Não posso prometer que estarei disponível.

— Como isso funciona? Só posso ter um contrato de uma semana?

— O contrato é seu, pode decidir o que quiser. — passou uma de suas mãos em seu cabelo, o bagunçando ainda mais.

— Então posso ter você por dois meses, certo? — me ajeitei na cadeira.

— Claro, o único problema é o cust...

— Dinheiro não é o problema, me fale o seu preço e você terá. — Matthew pareceu surpreso, mas logo sorriu.

— Preciso de dinheiro para pagar um novo apartamento. – disse divertido.

— Tudo bem, deixe comigo. — ele me olhou confuso. — Te dou o que quer e no final dos dois meses te dou a outra metade em dinheiro, pode ser?

— Como quiser. — olhou para o garçom que vinha em nossa direção.

— Obrigada.

— Bebidas?

— Suco de laranja e o seu melhor vinho. — o homem se retirou. — Onde preciso assinar?

— A senhorita que faz o contrato, pode ter o que quiser. — Matthew sorriu malicioso o que quase me fez engasgar com um pedaço de camarão.

— Oh, Deus. — sussurrei. — Vamos jantar, amanhã você pode ir ao meu trabalho? – ele assentiu. — Conversamos sobre o contrato amanhã, pode ser?

Mexeu em seu bolso tirando de lá um cartão.

— É só me falar o lugar. — peguei o pedaço de papel e o coloquei em minha bolsa.

O garçom trouxe as bebidas e o resto do jantar foi tranquilo, minha insegurança gritava e minha pele queimava a cada vez que ele me lançava um olhar diferente. Ele estava se referindo a sexo? Claro que não! Todavia, não é isso que acompanhantes de luxo fazem?

Matthew era o tipo de homem que nunca me olharia, me sentia tão desesperada por está o comprando por dois meses, tudo me dizia para apenas ir embora, entretanto, algo me prendia ali, não só o fato dele ser maravilhoso, sexy ou ter uma voz dos deuses, mas sim sua maneira de falar, ele fazia piadas do nada, nem todas eram engraçadas, mas sim a forma que eram ditas. O sorriso que ele dava quando as contava era algo genuíno. Ainda não havia citado nada em relação ao meu corpo, claro que eu estava esperando uma piadinha ou outra escapar, porém nada aconteceu.