Moral

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- Moral

Moral é o estudo do bem e do mal.

Indivíduos cometem erros no seu julgamento de meios e fins da ação, pois sua inteligência é limitada.

Bem é o fim que um indivíduo teria se sua inteligência fosse infinitamente eficiente. Mal é o estado que seria menos desejado por esse indivíduo.

Como o critério de um fim da ação é um estado mental causado por esse fim, o bem e o mal são estados mentais.

Uma ação é boa na proporção em que ela causa o bem e evita o mal, e má na proporção em que causa o mal e evita o bem.

Toda inteligência é limitada pela escassez intrínseca à ação, que implica no limite de energia disponível para seu uso.

Logo, um estado plenamente bom é impossível.

A moral é ontologicamente subjetiva, pois existe baseada em sujeitos (indivíduos), e epistemicamente objetiva, pois o bem e o mal não dependem da opinião, gosto pessoal, ou cultura de pessoas.

Mesmo que o gosto pessoal, opinião e cultura possam influenciar no impacto que certos tipos de ação causam em um indivíduo, e portanto no bem ou mal que essas ações causem a ele, isso não é a mesma coisa que basear a moral em elementos subjetivos do pensamento.

O critério do bem e do mal se baseia no indivíduo, e se aplica universalmente a todos os indivíduos.

Logo, o critério moral é natural, e logo não pode haver autoridade moral.

-- Dever

Todo dever depende de uma finalidade. Para alcançar um certo resultado, deve-se usar certos meios. Não faz sentido dizer que haja um dever sem uma finalidade como critério. Ideias como "dever absoluto", "dever incondicional" ou "imperativo categórico" são, portanto, erros de linguagem.

Para se determinar um dever moral, é preciso primeiro definir o critério moral. O critério moral é a base do dever moral, e não o contrário.

"Dever moral" significa apenas a ação que se adequa ao critério moral. Não existe algo fundamental na realidade, em adição à substância e suas formas físicas e mentais, que possa ser chamado de "dever".

Em um determinado momento, a ação que o indivíduo possa identificar racionalmente como aquela com maior tendência de causar o bem é um dever moral.

-- Boa Vontade

Boa vontade é a intenção de fazer o bem. Boas intenções nem sempre garantem bons resultados. Muitas vezes, uma pessoa pode fazer o mal com boas intenções. Isso acontece porque falta conhecimento sobre o que é moral e sobre as consequências das próprias ações.

Logo, a boa vontade não é intrinsecamente boa. Ela depende de conhecimento e inteligência para gerar o resultado desejado.

-- Conhecimento Moral

Para identificar o dever moral, o indivíduo precisa entender o que é a moral a priori, e precisa de conhecimento a posteriori que o permita prever o máximo possível o resultado das suas ações.

O melhor motivo para buscar conhecimento é o motivo moral. A moral depende de conhecimento e boa vontade.

-- Amor e ódio

Amor é um sentimento vinculado ao desejo. Amor é o que se sente quando se deseja uma coisa.

Ódio é o sentimento oposto ao amor. Há repulsão pelo que é odiado.

Se há o dever moral de se desejar aquilo que é bom e se desejar a ausência daquilo que é mau, então há o dever de se amar o que é bom e se odiar o que é mau.

--- Refutação do Utilitarismo

Segundo o utilitarismo, o bem é idêntico à sensação de bem-estar. Quanto mais bem-estar resulta de uma ação, mais essa ação seria boa.

Como os desejos de seres existentes estão sujeitos a falhas, e a moralidade é definida como o resultado de um desejo que não fosse falho, logo o utilitarismo é falso.

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