cap.7

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As meninas vão em bora e eu decido que vou colocar as coisas de volta no lugar, pego um pano, limpo a bancada, estante, enfeites, quando vejo estou limpando o escritório

Encaro a prateleira alta cheia de livros e poeira, pego uma cadeira e subo na mesma indo limpar a prateleira

Meu celular vibra na mesa e vejo de longe que é London, tento alcançar o celular

Mas  me desiquilibro e caio, tento me levantar mais não consigo pela dor e meu pé dói muito, merda!, Fico alí deitada pensando em quanto fui idiota em tentar pegar o celular ainda em cima da cadeira

O telefone toca e logo não atendo, claro, na situação que estou é mais fácil eu morrer aqui do que levantar

Como não esperava o telefone toca mais três vezes e o silêncio domina, continuo deitada e penso em mil e uma possibilidades de levantar, alguém toca a campainha e eu apenas ignoro.. mas depois um barulho alto vem em seguida e eu me assusto

meu deus.. é um ladrão? sei lá

-Cecília! - escuto a voz de London ao longe, pelo jeito esta na sala 

- Estou aqui! ultima porta do corredor a direita - seus passos rápidos são o único barulho na casa

ele chega e se depara com uma garota no chão e uma cadeira caída ao lado e mais alguns produtos de limpeza, em um passe rápido verifica se estou bem

-onde está doendo? - ele diz e seu olhar de preocupação percorre meu corpo

seria excelente esse olhar me percorrer em outros momentos, mas ali não era ora nem lugar para pensar nisso, digo onde dói e falo onde está a caixa de primeiros socorros ele sai mas antes me pega no colo me levando até o sofá da sala, ele passa um bandeide cuidadosamente, estávamos em silencio, ele mordia a boca nervoso e quando terminou se sentou ao meu lado respirando fundo

- não sei o que é pior, o fato de você ter arrombado minha porta ou ser pediatra e estar cuidando de uma adulta - encaro ele - vai me dar um pirulito de bom comportamento?

- mesmo machucada não perde a íronia, vamos vou te levar ao hospital, provavelmente torceu o tornozelo e vai ter que injesar 

- o que! vou ficar com aquela coisa branca comigo quanto tempo?

- lembra, sou pediatra não médico de adultos, eu só dou pirulitos sra. Evans - ele levanta e me ajuda a ficar de pé

dentro do elevador culpa me pesa, e me sinto culpada por ter falado aquilo pra ele, deveria pedir desculpas até porque se não fosse ele estaria plantada naquele chão até agora


[...]

ja estou em casa e London e eu não falamos mais que o necesário no hospital, ele se certifica que estou mesmo bem e se despede, antes de ir eu o chamo 

- me desculpe pelo que falei mais cedo, não foi a intensão te machucar

-tudo bem, e amanhã mando alguém consertar sua porta, boa noite Cecília

ele se vira e vai embora e fico ali me sentindo culpada, talvez falar as coisas sem pensar seja um defeito?

meu amor entre as estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora