Cap.15

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o fato que London dormiu aqui, ainda me assombra um pouco

Mas, ele me achou bebada e me trouxe de volta, e ainda dormiu aqui para se certificar que não iria sair de casa. Eu devo que agradecer ele por isto. 

Estava com meu casaco velho e cabelos despenteados, indo em direção ao apartamento do London, nunca fui lá. Falo com o porteiro e subo

Aquele homem alto, loiro, e elegante, abre a porta e me encara surpreso

- sr.a Evans - ele me encara e percebe que obiviamente não tinha me arrumado - Gostei da roupa, é moda?

- Sim, e se chama ' não estou com nenhuma vontade de me  arrumar' - rimos - então... eu vou ficar aqui na pota mesmo..?

- ah ah, desculpa, anda entra, eu estava assistindo série então.. a sala está um pouco bagunçada - ele vai pegando algumas roupas que estavam espalhadas pela casa enquanto fala - se senta aí, eu vou colocar essas coisas no quarto e já volto

fico olhando para a casa, é bem arrumada e decorada a bom gosto, eu diria que não esperaria uma casa assim de um médico solteiro, é linda até, varios tons de cinza e preto ao mesmo que tempo que se mistura com o quartzo e madeira 

- Demorei? - ele diz 

- estava quase ligando pra polícia para denunciar um abandono - falo e rimos

- então, ao que devo sua ilustre visita?

- vim agradecer por aquele dia - ele da uma risada e me encara

-esta falando sério? - balanço a cabeça que sim - na quele dia voce faltou me jogar pela sacada do prédio Cecilia - me seguro pra não rir - mas, ok, de nada

- que serie é essa? - pergunto olhando pra TV com algo pausado, mudando de assunto

eu acabei passando o dia na casa dele, vendo TV, conversando, as vezes discordando um do outro, cozinhamos algumas coisas pelo tédio e quando vi já eram 20:00 

- eu preciso ir - digo me levantando da mesa 

-a não, fica - ele se levanta também 

- eu tenho que tomar banho, olhar algum papéis de processos e dormir London

- não é nada de mais, amanhã voce não trabalha, nem eu, olha se quiser pode até tomar um banho aqui 

- esta querendo que eu durma aqui? - entorto a cabeça pro lado

- seria mais do que justo, eu dormi na sua casa e agora voce pode dormir aqui - penso um pouco e ele está certo, além que Brena e Sol vão adorar saber disto

- tudo bem eu fico, mas vai ter que comprar morangos para mim

- quando eu penso que vai parar de ser rabujenta... - ele diz

saímos e fomos no mercado mais próximo comprar meu morango, estávamos olhando as patreleiras 

- London sua casa não tem caldo de galinha 

- Tem sim - ele cruza os braços 

- não tem não - minha vez de fazer o mesmo 

-oh que casal fofo voces são - uma senhora diz, fazendo a breve discusão do caldo de galinha acabar 

- ah nós não somo. - tento dizer mais London me interrompe

- obrigada senhora, aliás, fofa mesmo é a senhora - ele alisa os cabelos brancos da senhora que sorri pra nós 

- eu concordo - sorrio

- voces são lindos juntos, tem filhos? - ela continua 

- é que agente. - mais uma vez London me interrompe 

- é que nós ainda não pensamos nisso - olho com um olhar furioso 

- já deveriam ter tido, oh filhos é um presente voces vão ver - a senhora diz - vou  terminar de fazer minhas compras, colicença - ela sorri mais uma vez e vai em bora 

- A nós ainda não pensamos nisso!? - digo indignada para London, que ri da minha cara

- não podia falar a verdade pra ela que parecia encantada com a gente - ele pega o caldo de calinha da prateleira tranquilamente

- era só ter falado a verdade - digo pausadamente - a verdade - tento chamar atenção dele - London, não é dificíl

- tudo bem Lili, não faço mais isso, agora será que dá pra voltarmos a brigar sobre as compras - ele diz brincalhão - aposto que na minha casa tem alho

- o que! lógico que não, aquele armário de temperos deve tá morando uma aranha lá dentro - ele sorri

- Essa é a Cecília que eu conheço - me viro pra ele 

 por um instante ficamos tão perto, que se eu ficasse na ponta dos pés conseguiria beijar ele

- Vamos pegar logo o alho e ir embora - me viro saindo do transe 

[...]

nós cozinhamos o jantar, era frango assado no forno com arroz, feijão e batata frita ( escolha do London

- por que sempre está na defensiva? - ele pergunta 

- eu estou na defensiva? 

- sim, sempre está

- ah.. sei lá, só.. não gosto das pessoas se aproximarem muito de mim - dou de ombros

- Deixe eu me aproximar de voce Cecília? - ele me olha nos olhos 

estávamos sentados na mesa de quatro cadeiras que ficava na cozinha, estava um de cada lado da mesa

- por que?, qual seu interesse em querer se aproximar de mim?

- voce é um mar profundo e como uma mata fechada, cheia de coisas para descobrir e desbravar

- bela frase, achou no Google? - ele ri 

- Voce está na defensiva de novo

- ah, foi mal, é automático - rimos - tudo bem, vou ser mais legal com voce 

- não vai se arrepender senhorita Cecília



meu amor entre as estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora