o fato que London dormiu aqui, ainda me assombra um pouco
Mas, ele me achou bebada e me trouxe de volta, e ainda dormiu aqui para se certificar que não iria sair de casa. Eu devo que agradecer ele por isto.
Estava com meu casaco velho e cabelos despenteados, indo em direção ao apartamento do London, nunca fui lá. Falo com o porteiro e subo
Aquele homem alto, loiro, e elegante, abre a porta e me encara surpreso
- sr.a Evans - ele me encara e percebe que obiviamente não tinha me arrumado - Gostei da roupa, é moda?
- Sim, e se chama ' não estou com nenhuma vontade de me arrumar' - rimos - então... eu vou ficar aqui na pota mesmo..?
- ah ah, desculpa, anda entra, eu estava assistindo série então.. a sala está um pouco bagunçada - ele vai pegando algumas roupas que estavam espalhadas pela casa enquanto fala - se senta aí, eu vou colocar essas coisas no quarto e já volto
fico olhando para a casa, é bem arrumada e decorada a bom gosto, eu diria que não esperaria uma casa assim de um médico solteiro, é linda até, varios tons de cinza e preto ao mesmo que tempo que se mistura com o quartzo e madeira
- Demorei? - ele diz
- estava quase ligando pra polícia para denunciar um abandono - falo e rimos
- então, ao que devo sua ilustre visita?
- vim agradecer por aquele dia - ele da uma risada e me encara
-esta falando sério? - balanço a cabeça que sim - na quele dia voce faltou me jogar pela sacada do prédio Cecilia - me seguro pra não rir - mas, ok, de nada
- que serie é essa? - pergunto olhando pra TV com algo pausado, mudando de assunto
eu acabei passando o dia na casa dele, vendo TV, conversando, as vezes discordando um do outro, cozinhamos algumas coisas pelo tédio e quando vi já eram 20:00
- eu preciso ir - digo me levantando da mesa
-a não, fica - ele se levanta também
- eu tenho que tomar banho, olhar algum papéis de processos e dormir London
- não é nada de mais, amanhã voce não trabalha, nem eu, olha se quiser pode até tomar um banho aqui
- esta querendo que eu durma aqui? - entorto a cabeça pro lado
- seria mais do que justo, eu dormi na sua casa e agora voce pode dormir aqui - penso um pouco e ele está certo, além que Brena e Sol vão adorar saber disto
- tudo bem eu fico, mas vai ter que comprar morangos para mim
- quando eu penso que vai parar de ser rabujenta... - ele diz
saímos e fomos no mercado mais próximo comprar meu morango, estávamos olhando as patreleiras
- London sua casa não tem caldo de galinha
- Tem sim - ele cruza os braços
- não tem não - minha vez de fazer o mesmo
-oh que casal fofo voces são - uma senhora diz, fazendo a breve discusão do caldo de galinha acabar
- ah nós não somo. - tento dizer mais London me interrompe
- obrigada senhora, aliás, fofa mesmo é a senhora - ele alisa os cabelos brancos da senhora que sorri pra nós
- eu concordo - sorrio
- voces são lindos juntos, tem filhos? - ela continua
- é que agente. - mais uma vez London me interrompe
- é que nós ainda não pensamos nisso - olho com um olhar furioso
- já deveriam ter tido, oh filhos é um presente voces vão ver - a senhora diz - vou terminar de fazer minhas compras, colicença - ela sorri mais uma vez e vai em bora
- A nós ainda não pensamos nisso!? - digo indignada para London, que ri da minha cara
- não podia falar a verdade pra ela que parecia encantada com a gente - ele pega o caldo de calinha da prateleira tranquilamente
- era só ter falado a verdade - digo pausadamente - a verdade - tento chamar atenção dele - London, não é dificíl
- tudo bem Lili, não faço mais isso, agora será que dá pra voltarmos a brigar sobre as compras - ele diz brincalhão - aposto que na minha casa tem alho
- o que! lógico que não, aquele armário de temperos deve tá morando uma aranha lá dentro - ele sorri
- Essa é a Cecília que eu conheço - me viro pra ele
por um instante ficamos tão perto, que se eu ficasse na ponta dos pés conseguiria beijar ele
- Vamos pegar logo o alho e ir embora - me viro saindo do transe
[...]
nós cozinhamos o jantar, era frango assado no forno com arroz, feijão e batata frita ( escolha do London
- por que sempre está na defensiva? - ele pergunta
- eu estou na defensiva?
- sim, sempre está
- ah.. sei lá, só.. não gosto das pessoas se aproximarem muito de mim - dou de ombros
- Deixe eu me aproximar de voce Cecília? - ele me olha nos olhos
estávamos sentados na mesa de quatro cadeiras que ficava na cozinha, estava um de cada lado da mesa
- por que?, qual seu interesse em querer se aproximar de mim?
- voce é um mar profundo e como uma mata fechada, cheia de coisas para descobrir e desbravar
- bela frase, achou no Google? - ele ri
- Voce está na defensiva de novo
- ah, foi mal, é automático - rimos - tudo bem, vou ser mais legal com voce
- não vai se arrepender senhorita Cecília
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meu amor entre as estrelas
Novela JuvenilCecilia luta todo dia com seus monstros internos, luta contra a depressão, mas será que ela vai conseguir? este é um livro curto para mostrar a realidade de sentimentos de algumas pessoas apreciem