Carol se vê perdida quando o seu pai morre em um acidente de trânsito, com pouca experiência, pouca sanidade e uma gata para cuidar a sua solução é a ajuda de um grande amigo de seu pai, que apresenta riscos e mistérios....
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- Era para eu te ajud...
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— Bom dia — Sente-se.
Caminhei até a sua mesa onde havia duas cadeiras, sentei-me, ele tinha em mãos um pedaço de papel, avaliava o que eu achava que seria meu currículo, ou não, já que o Francisco não chegou a enviá-lo.
Resolvi observar o ambiente, era composto por uma mesa, um sofá mais ao canto com uma mesinha de centro, havia duas portas, uma eu imaginava ser a do banheiro, tinha também um refrigerador pequeno ao lado do sofá, aposto que continha os melhores e mais caros drinks, no momento queria um.
A janela era de tirar o fôlego, cobria um lado todo da sala, era do tipo espelhado, vejo tudo, mas quem esta lá fora não vê. Olhei a mesa e observei os porta-retratos, tinha ele com a nojentinha e outro com uma criança muito bonita, um menino com seus cinco a seis anos.
Comecei a reparar em sua aparência, um cabelo preto com um redemoinho na frente, que me deu uma vontade enorme de puxar e alinhar, mesmo sabendo que não adiantaria, uns olhos verdes com um toque de azul, ou uns olhos azuis com um toque de verde; não importa, pois o combo azul+verde dava ao fim um olhar indecifrável, uma boca em linha reta que parecia macia.
Fui interrompida dos meus devaneios pela voz rouca.
— Antes de qualquer coisa, meus pêsames ao seu pai.
— Obrigada — Nesse momento seu olhar estava em mim, fixei o meu olhar nos seus — Mas... isso tudo está estranho; conhece meu pai? Como tem o meu número? E meu currículo?
Ele me ergueu uma sobrancelha, com certo ar de descontentamento.
— Não estou reclamando, só que é meio estranho, e se era para outra Carolina estar aqui? Eu não quero roubar a vaga de ninguém e ela com certeza não gostaria de perder um...
— É você mesmo, e isso aqui não é o seu currículo — Atira o papel sobre a mesa, percebo que é uma tabela de valores, nada sobre mim — Seu pai era um grande amigo meu, sei que esta desempregada, gostaria de lhe ajudar, seu pai me ajudou muito.
— Ele te ajudou em que?
— Isso não e assunto do seu interresse, desrespeita a mim e ao seu falecido pai.
— Ok... Me desculpe.
Voltou seus olhos para os papeis e esboçou um sorriso de lado.
— Já que não tenho em mãos o seu currículo, me conte sobre a sua carreira profissional.
— Trabalhei com o meu pai, não com carteira assinada, mais como uma aprendiz. — O que é meio verdade, porém ele não precisava saber ao fundo.
— E aprendeu?
Ele quer jogar, então vamos jogar.
— Me contrate para descobrir — meu sorriso era notável até do outro lado da rua.