Às 08h em ponto ouço a campainha desenfreada tocando. Tenho total convicção de que é o motorista da família que veio me buscar, e estou totalmente certa. Peço para aguardar um pouquinho para que eu termine de me arrumar.
Já de banho tomado, termino minhas higienes matinais, coloco um vestido longo florido.
Irei deixar para tomar o desjejum na minha nova moradia.
Tranco a casa, pego a caixinha com a Fal, que vai passar um tempinho com a tia Sarah e desço carregando as malas.Assim que chego no térreo, um senhor forte vem ao meu auxílio.
— Bom dia, sou o Israel, motorista da família.
— Bom dia, é um prazer conhece-lo.
— Vamos?
Aceno com a cabeça, não tenho outra escolha.
***
Após deixar a minha gatinha na casa da Sarah, seguimos caminho para a casa dos Steele.
A mansão é linda, não tem como negar, a sua fachada é alternada entre tons claros, o que a deixava fenomenal.
Ao entrar pela porta me deparo com uma enorme sala, também com detalhes claros e pastéis. Num canto está uma senhora mais de idade que me encara ao entrar, mas logo abre um sorriso terno.— Bom dia, sou a Carolina — Dou meu cumprimento á senhora.
— Essa é a moça que o senhor comentou que viria Graça. — Israel intervém, colocando as minhas malas ao meu lado.
— A muito bem, então somos colega de profissão. — Ela estica a mão em forma de cumprimento e eu retribuo — Sou a babá do Marquinhos.
Qual a necessidade de eu estar aqui, a criança já tem uma babá; possivelmente contratou a Graça após ponderar sobre a minha escolha, seria gentil se pelo menos avisasse e eu não teria o trabalho de vir até aqui.
— A sim, entendi.
— Sou a babá desde que o Marcos nasceu, criei ele como um filho, você irá adora-lo. No momento ele está se aprontando para ir à praia.
Menos mal que ela já está a mais tempo e o emprego ainda está garantido.
Já percebi de cara que ela gosta de falar, emendando uma palavra atrás da outra.— Virou festa aqui? — Uma senhora aparece vindo, do que eu acreditava ser da cozinha.
Era alta, impotente, um olhar gelado, porém, perdia a credibilidade devido ao pijama de lacinhos e os incontáveis rolinhos na cabeça; pelo apertar dos olhos demonstrava que acabara de acordar.
— Bom dia dona Rejane, essa aqui é a babá que o senhora falou que viria, a Carolina. — Graça me dá um empurrãozinho e vou te encontro a senhora. Que me olha de esquela e depois vira o olhar a Graça.
— Leve ela ao quarto, ainda não estou me sentindo bem, ela será só mais um enfeite aqui mesmo. — e se retirou.
— Liga para ela não, é só a governanta que é metida a dona da casa e está com um resfriado mais insuportável que ela mesmo.
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O Meu Quase Tutor
RomanceCarol se vê perdida quando o seu pai morre em um acidente de trânsito, com pouca experiência, pouca sanidade e uma gata para cuidar a sua solução é a ajuda de um grande amigo de seu pai, que apresenta riscos e mistérios.... *** - Era para eu te ajud...