Layken Reed sabia que estava dançando com o diabo no momento em que o deixou entrar.
Ele era real.
Esplêndido.
E enganoso.
Porque Mason Callahan nascera com um apetite insaciável de destruição. E, como um animal faminto, ele não descansaria até a...
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"Oh, aquele garoto é um cafajeste o melhor que você já teve." Arctic Monkeys | Fluorescent Adolescent
MASON CALLAHAN
A onda de adrenalina correndo em minhas veias era algo que eu apenas costumava sentir quando estava ali, em frente a uma multidão que me encarava como se eu fosse a porra de um deus do rock. E, embora eu fosse um cara até que bastante humilde, em cima daquele palco era inevitável não me sentir como um.
Mason Callahan, vocalista da Broken Crown.
A porra de um deus do rock.
Geralmente eu não levava aquela merda toda a sério. Eu e os outros garotos da Broken Crown Band sabíamos que o intuito da banda era nada mais que apenas permitir que fugíssemos da realidade durante nossos ensaios e apresentações, imergindo na nossa música e esquecendo qualquer outro fator que estivesse ao nosso redor.
Ah, claro, e uma forma de conseguirmos mais garotas em nossas camas. Mas isso claramente havia sido ideia do Colton.
No entanto, aquele era um dia muito esperado; a clássica despedida das férias de verão e um belo olá para o início de mais um ano letivo na New York University. Não era algo do qual eu estava muito animado, mas era o tipo de evento que movimentava o bar 171 e nos rendia uma grana do caralho. E era só por esse motivo que eu estava fazendo um esforço ali.
Alec Austin, o baixista da banda, gritou algo de trás e eu soube que ele não estava feliz, mas contive a vontade de revirar os olhos.
Quando Colton Reed, meu melhor amigo e guitarrista da banda, nos arrastara para um bar e nos obrigara a virar nove shots de tequila antes de propor que formássemos uma banda com a única intenção de trepar com mais garotas, nós fizemos um pacto que aquilo seria meramente um hobby. Não nos estressaríamos com aquela banda, porque jamais imaginávamos um futuro com aquilo, mas o primor de Alec Austin falara mais alto e ele passara a se tornar o cara que nunca estava satisfeito com nada desde o primeiro ensaio.
E, escutando os últimos acordes da última música que havíamos planejado para o show de hoje, sorri, ignorando a insatisfação de Alec em algum lugar atrás de mim. Os gritos empolgados do público me diziam que haviam adorado o que escutaram e, no final das contas, aquilo era tudo que importava.
Diverti-me um pouco mais com a atenção da galera e peguei o número de algumas garotas antes de acompanhar o resto da banda para uma pequena sala onde normalmente ficávamos esperando o público se dispersar. Não era como se fôssemos famosos nem nada do tipo, mas as garotas caíam matando em cima de nós, e era claro que os caras que estudavam conosco também queriam um pouco de atenção.
E quando finalmente entramos na pequena sala – que eu, particularmente, achava podre demais para ser considerada um camarim –, joguei-me satisfeito no sofá, apreciando um pouco o silêncio que não durou muito tempo, já que Alec adorava usufruir daqueles momentos pós-shows, em que estávamos todos reunidos, para apontar todos os nossos erros enquanto Colton, Chase e eu fingíamos que escutávamos o que ele tinha a dizer.
