Layken Reed sabia que estava dançando com o diabo no momento em que o deixou entrar.
Ele era real.
Esplêndido.
E enganoso.
Porque Mason Callahan nascera com um apetite insaciável de destruição. E, como um animal faminto, ele não descansaria até a...
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"A tentação te cumprimenta como um amigo safado Aquele que costumava te encher o saco Mas aquele que você nunca conseguiu odiar." Temptation Greets You Like Your Naughty Friend | Arctic Monkeys
LAYKEN REED
— E a faculdade? Está gostando? — perguntou minha mãe.
Eu balancei a cabeça, apesar de saber que ela não me via, e assenti com um murmúrio enquanto procurava pelas chaves do apartamento na bolsa.
— Os professores são muitos bons — disse, destrancando a porta. — E a faculdade tem uma estrutura incrível. Estou gostando bastante.
— Fez algum amigo?
— Fiz sim, ele se chama Ben. Você o adoraria.
Senti ela sorrir do outro lado da linha.
— E Colton? Como ele está? Esqueceu que têm pais?
Automaticamente apertei meus lábios, porque nunca gostei do nome Colton e da palavra "pais" na mesma frase. Meu pai e ele nunca haviam se dado bem. Desde sempre, eu estive acostumada com a gritaria que acontecia entre Colton e meu pai no quarto ao lado do meu.
E agora que ele finalmente havia fugido de Boston para vir morar em NY, Colton dava seu máximo para se manter longe da minha família. Ou melhor, do meu pai.
Minha mãe não tinha absolutamente nada a ver com aquilo, mas meu irmão também evitava falar com ela porque sabia que, dando notícias a ela, papai consequentemente acabaria tendo notícias dele também. E aquilo era a última coisa que ele queria.
Não o culpava. Sabia o quanto Howard Reed poderia ser o próprio demônio quando queria, e era triste saber que meu gênio forte vinha dele. Porque longe de mim querer parecer com o cara que Colton e eu chamávamos de pai.
E era então que eu entrava naquela confusão toda: sendo a única a sempre ter notícias de Colton, eu era obrigada a mentir para a minha mãe com o único intuito de não a chatear pelo fato de seu filho não querer ter qualquer tipo de interação com eles.
— Ele está corrido, você sabe... com as coisas da banda e a faculdade — disse, jogando minha bolsa na mesa de jantar. — Mas está tudo bem, vou pedir para que ele te ligue.
Mamãe ficou em silêncio por um momento. E eu sabia que ela sabia que eu estava mentindo, mas assim como ela preferia fingir acreditar no que eu dizia, eu preferia fingir acreditar que minhas palavras amenizavam a dor no seu coração.
— Vocês virão para Boston pro aniversário do seu pai?
Apertei os lábios novamente e fui em direção à cozinha.
— Não sei ainda, mãe. Preciso ver se vamos estar perto da... — minha voz morreu no momento em que meus pés invadiram a cozinha para dar de cara com Mason Callahan encostado no balcão. Sem camisa. E me forçando a ignorar as memórias da noite passada, continuei: — ...época de provas.
