Layken Reed sabia que estava dançando com o diabo no momento em que o deixou entrar.
Ele era real.
Esplêndido.
E enganoso.
Porque Mason Callahan nascera com um apetite insaciável de destruição. E, como um animal faminto, ele não descansaria até a...
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"Você consegue sentir o calor? Enquanto meu beijo te envolve como um doce álcool De onde estou vindo, sim É o meu lado mais escuro que te faz se sentir tão entorpecido."
Hotter Than Hell | Dua Lipa
LAYKEN REED
O bar 171 estava cheio naquela noite de sexta-feira. As aulas haviam começado no início dessa semana, mas – a julgar pelo fato da NYU inteira parecer estar ali –, aparentemente ninguém estava muito disposto a abrir mão das noitadas para se tornar um aluno exemplar.
Eu não era uma exceção.
E mesmo se fosse, eu estaria sendo obrigada a estar ali de qualquer maneira, visto que era a primeira vez que eu iria ver Colton tocando desde que ele se mudara para Nova York, e ele jamais me perdoaria se eu optasse por ficar em casa, comendo salgadinhos sabor cebola enquanto assistia a alguma série na Netflix.
— Estou tão cansado de babar em cima de caras héteros todos os dias da minha vida — Ben gritou por cima da música, soltando um suspiro inaudível quando eu o encarei segurando um riso.
— Já te disse que meu irmão está disponível.
Ele revirou seus olhos.
— E eu já disse que não acredito em você — resmungou, encarando Colton em cima do palco. — Já ouvi muitas histórias nos corredores da faculdade que envolvem seu irmão para acreditar em uma palavra do que está me dizendo, Layken Reed.
— Poxa — fiz um bico —, é uma pena, porque seria um momento realmente icônico na vida de uma irmã caçula ver o amigo gay dando em cima do seu irmão mais velho, vulgo o cara mais hétero da NYU.
Ben semicerrou os olhos na minha direção.
— Você é uma péssima amiga, Lake.
— Eu sei.
Então eu ri e, levando meus olhos até o palco para encarar Colton, não pude evitar que um sorriso típico de uma irmã caçula e orgulhosa se esgueirasse por meus lábios. Eu sabia que existia toda aquela baboseira de que Colton só havia sugerido a ideia da banda para conseguir mais garotas em sua cama, mas acima disso, tinha certeza de que aquilo era apenas uma desculpa esfarrapada que meu irmão contava para todos com o maior orgulho do mundo.
O que, por sinal, era patético.
Quem, em sã consciência, acha descolado criar uma banda apenas para trepar? Aquela era uma atitude quase tão ridícula quanto comprar um carro apenas para exibi-lo para mulheres bonitas e interesseiras pra cacete.
E, obviamente, eu não perdi a oportunidade de caçoar com Colton quando ele me lançou essa desculpa.
— O quão frustrado sexualmente você estava quando fez essa proposta estúpida para os seus amigos ainda mais estúpidos? — eu perguntei por telefone, no dia em que ele me contou sobre a formação da banda, e então arfei teatralmente, fingindo ter finalmente ligado os pontos de algo que estava diante dos meus olhos esse tempo todo: — Meu Deus, Colton! Você é virgem?!
