Capítulo 5

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E tempo passa depressa e apesar de odiada pelo povo ainda sou a futura rainha. Minha coroação será em breve mas hoje em meu aniversário escolhi comemorar em um local simples, em um restaurante comum.

Apesar de todas um dia ja terem sonhado em ser princesa e ter nascido na família real, com direito a coroa, diamantes e joias nem se quer imaginam o fardo que ha por tras de todos esses aparentes luxos.

Conheci a pouco tempo Nikolai Navarro, ele é o futuro chefe de seu povo, em outras palavras um príncipe e parecia muito interessado em unir nossos países.

Pela primeira vez coloquei uma calça era comum mas elegante. Uma blusa de manga três quartos num tom rose, salto carretel, uma maquiagem marcante e cabelos soltos.

Estava tudo pronto. Minha mãe a rainha ainda não se conformava com meu pedido. Enquanto meu pai o rei achava que era uma estratégia para que o povo me visse com outros olhos, mas na verdade tudo o que eu queria era ser normal.

O passeio de carro durou um pouco mais do que eu espera, acho que so estou anciosa pois ja havia combinado com Maxwell para que ele também estivesse lá.

Nos sentamos a mesa reservada e afastada de quase tudo, apesar do descontentamento dos meus pais ao ver o jovem Alvo eu estava feliz e insisti para que ficássemos.

Meus pais sempre foram atenciosos para comigo mas sei que nunca aceitariam que sua filha estivesse apaixona pelo inimigo. Concerteza apoiariam ainda mais uma aliança com Nikolai.

Tudo o que eu faço é ganhar tempo até descobrir uma forma que me permita casar por amor. Deve haver uma brecha, uma lei, qualquer coisa.

-Atenção todos, se querem permanecer vivos sugiro que mantenham a calma e passem o que tiverem de valor.

-Ei Vitor! É nosso dia de sorte. Não é a família real? Imagine seriamos os auto-proclamados reis!

-Emilly, preste atenção não pode deixar que assumam o comando. Eles destruiram tudo o que construimos. Não importa o que aconteça corra. - Meu pai sussurou para mim.

-E não olhe para trás filha, nos te amamos. - Minha mãe completou sussurando

-Mais mãe, pai. - Eu não sabia o que iria acontecer mas não queria sair sem eles.

-Sem mais é seu dever. Ali é a porta para a cozinha, tem uma saida que leva aos fundos do restaurante. Quando eu der o sinal.

-Amo vocês. - Digo antes de começar a correr com o sinal.

Ouço disparos e gritos, e sinto uma dor latejante em minha perna mas continuo correndo, sai em um beco e corro pela noite escura. Deixo meus sapatos para trás não irão me ajudar na corrida.

Por não ter preparo físico estou ofegante, casanda e com dor. Passo a andar sem um rumo definido. A sensação é de estar andando a horas, o chão esta frio. Me sinto perdida.

Não aguento mais, paro na praça e me sento, vejo uma moça passando. Ela me olha assustada. Somente agora percebo minha perna esta sangrando. Devido a adrenalina não notei mas agora a dor piorou.

-Poderia me emprestar seu celular? - Ela apenas assente e tira o aparelho do bolso do casaco para me entregar.

Disco o número que decorei, mesmo não tenho um, nada me impediu de pedir o dele.

-Alô?

-Max! Sou eu. - Digo baixinho.

-Emy? Você esta bem? Estou tão preocupado, onde conseguiu esse celular?

-Max preciso de você. - Não consigo controlar o choro.

-Calma me diz onde você está?

-Eu...eu não sei, é uma praça mas eu não sei onde fica. Me ajuda por favor.

-Vou rastrear esse celular, estou indo não se preocupe. A polícia está te procurando também. Vai ficar tudo bem.

-Não, vem apenas você, eu não sei mais em quem confiar

-Estou indo, vou te encontrar, sej onde for. - A ultima parte ele disse em sussuro como se garantisse isso a si mesmo.

Encerro a ligaçao e devolvo o celular a moça. Ela se afasta ainda assustada mas não diz nada. Faço pressão no ferimento com intuito de que para de sangrar.

Pouco tempo depois vejo um carro em alta velocidade com farol alto acesso. O mesmo estaciona, vejo Max descer e deixar o carro ligado.

-Vai ficar tudo bem agora Emy, estou aqui com você. Está ferida? Vou leva-la ao hospital.

Max me pega no colo e me coloca no carro.

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