5.

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-POV HARRY-

Segui Mary até um canto da enorme cozinha. Esta olhava-me com algum receio, mas mantendo um sex-appeal digno de nota. Era bonita a rapariga de cabelo azul. Diferente de qualquer ser do sexo feminino que eu alguma vez tivesse conhecido, ela tinha personalidade, a roupa preta apertada realçava tudo o que podia realçar, e apesar de não apreciar preto, na rapariga pequena à minha frente era uma boa cor. Mary era uma rapariga atraente, sem qualquer dúvida.

-Okay, então é assim Styles, eu sei que não sou muito a tua onda, e sei que não somos propriamente amigos já, mas eu queria que tu viesses comigo a uma festa.

Carreguei uma sobrancelha, e encarei a pequena rapariga olhando para baixo.

-Uma festa?

Ela acenou afirmativamente.

-Um amigo meu, o Zayn, vai dar uma festa, e eu quero mesmo muito ir, e adorava que viesses comigo.

Cruzei os braços à frente do peito e encarei-a, duvidoso.

-Mary, tens noção que é o certo?

Ela fez beicinho e começou a abanar-se levemente.

-Eu sei, Harry, eu sei, mas por favor vem comigo…

Pensei por segundos. Era quinta-feira. Eu sabia muito bem para que tipo de festa a rapariga me queria arrastar e não tinha 100% certeza se deveria apostar nisto. Quer dizer, eu jurara nunca mais ir a nenhuma destas festas, mas olhando para os lindos olhos verdes da rapariga de cabelo azul que se impunha à minha frente, senti-me fraco. Senti-me fraco ao lado dela, como se aquela cara, aqueles olhos, aquele corpo, toda Mary Jason fosse o suficiente para me controlar e fazer-me ir onde ela quisesse.

-Eu vou.

Eu disse, com a voz fraca e o corpo mole. Era como se estivesse preso num feitiço, um feitiço que Mary me lançara. Esta sorriu e levantou-se em pontas de pés para me dar um beijo carinhoso na bochecha. Aproximou a sua boca da minha orelha, e deixou a voz deslizar, num sussurro.

-Não te vais arrepender, Styles.

Deixei-me ser arrastado por ela até à mesa, sentando-me ao lado dela. A comida chegou em enormes travessas, com pratos feitos por chefes profissionais. Foi-me posto no prato uma posta de salmão, batatas cozidas e uma salada elaborada. Olhei para aquilo estupefacto, dirigindo depois o meu olhar a Mary que simplesmente encolheu os ombros.

A minha mãe levantou os olhos para ela e encarou-a por segundos, séria.

-Então… Mary… A tua mãe disse-me que tinhas muito boas notas…

Mary pousou o garfo e levantou a cabeça sorrindo abertamente para a minha mãe.

-Sim, é verdade. Estou no 3º ano de medicina.

A minha mãe franziu a sobrancelha da mesma forma que eu costumo fazer.

-Mas não tens a idade do Harry? Ele está no 2º ano de economia…

Ela assentiu e sorriu.

-Sim, tenho, mas passei um ano à frente.

A minha mãe abriu a boca, surpreendida e sem saber o que dizer.

-Bem, deves estudar muito Mary…

Ouvi Susan soltar uma pequena gargalhada, mas esta escondeu-a. Mary também se riu.

-Por acaso Anne não estudo muito. Simplesmente tenho uma inteligência acima da média normal.

A boca da minha mãe voltou a ficar aberta, mas desta vez não disse nada e recomeçou a comer. Um silêncio estranho invadiu a mesa e eu sabia que tinha que dizer à minha mãe que ia sair com Mary, mas eu não sabia como. Nunca tinha saído ou ido a uma festa, e por isso, não tinha a mais pequena ideia de como o dizer à minha mãe. Mary lançou-me um olhar encorajador e por isso levantei a cabeça para a minha mãe.

Dependent //h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora