O Renascimento de Isabela Ventrue

Cap5 Novo lugar nova vida

         Cap5  Novo lugar nova vida.

Então é hoje. Para ser sincera não consegui dormir bem, fiquei pensando em tudo que avia acontecido e que poderia acontecer.

Ontem no meio da noite, escultei  minha mãe conversando com alguém pelo telefone. Não consegui intender bem oque eles falavam. Mas era algo a respeito dela ir. Não sei para onde ela falava muito baixo. Acho que não queria que eu escutasse, mas pela maneira que falava seus planos não deram certo. Para onde será que ela queria ir?

- TOC TOC

-Sim?

-Querida está quase na hora, venha tomar café da manhã.
Era minha mãe. Ela me chamou com uma voz triste e angelical, quase fúnebre. Acho que para ela era como se perdesse uma filha, eu não estava morta, mas as saudades que iriamos sentir nós colocaria nesse estado de espírito.

- Na verdade não.
Não conseguiria mentir para ela nem se quisesse.

-Posso entrar?

-Claro.

-Bela não se vestiu até agora.

- Eu não quero ir.

Os olhos dela se encheram de lágrimas, dava para perceber que estava se contendo o máximo possível. Ela se aproximou de mim passou a mão pelo meu rosto enxugando minhas lágrimas.

- Vamos, eu te ajudo, você vai ficar linda.

Desde criança ela sempre me ajudava com minhas roupas, nunca fui muito boa com isso, mas ela por sinal era incrível.

- Deixe-me ver, que tal esse look?

Era uma calça jeans cós alto preta, rasgada nos joelhos bem apertada, que realçava todas as minhas curvas, uma blusa soltinha branca sem mangas de alças finas, feitas de cetim. Para complementar uma jaqueta de couro preta, e um colar delicado dourado com brincos pequenos de pedrinhas únicas combinando.

Meu cabelo que era preto de tão com algumas ondas, foi colocado por ela para o  lado, fazendo uma trança entrelaçada em sua lateral deixando o outro lado todo solto.

- Esta fabulosa.

Naquele momento nada fazia sentido, nada me fazia bem.

- Sorria mocinha, você deveria estar feliz, vai  conhecer sua outra mãe.  - Vamos descer? Seu pai já está nós  esperando.

Então peguei minha mala cinza metálica, desci as escadas, e a deixei por um canto da sala. Fui até a cozinha onde tinha um lindo café da manhã me esperando, pelo visto meu pai caprichou. Em nossa casa quem cozinhava era sempre ele, mamãe não era muito boa com isso, última vez que ela tentou quase botou fogo na cozinha inteira. Infelizmente eu estava sem fome.

Mesmo assim peguei uma panqueca, mas parecia que tinham um nó em minha garganta, nada descia. Porém fiz de tudo para comer um pouquinho. Meu pai teve tanto trabalho, não queria decepciona-lo.

Alguém tocou a campainha. Me levanto imediatamente, mais do que satisfeita para ver quem era.

- Você já chegou?

Era o senhor Jerik, estava na porta com um olhar sério, confirmando com a cabeça.

Acabou Bela, diga adeus a sua vida.
Minha mãe e meu pai me abraçaram bem forte mesmo, todos nós estávamos com os olhos cheios de lágrimas.
O senhor Jerik foi para fora, acho que ele viu que precisávamos de um minuto a sós.

- Seja feliz querida, viva sua vida.

- Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, ligue para mim e seu pai, esta bem.

- Saiba que sempre vamos te amar muito, muito mesmo.

Meu pai me olhou nós olhos e colocou as mãos em meus ombros.

- É uma nova jornada de aventuras e descobertas, então aproveite da melhor maneira.

Nós separamos e eles me acompanharam até o automóvel que era tão lindo quanto uma pintura, brilhava como um espelho no sol quente.

Assim que entrei no carro, não aguentei, as lágrimas se derramaram. Minha mãe que estava abraçada ao meu pai, me deu um tchauzinho, logo em seguidase se virou e aninhou-se ao homem que sempre que eu estava triste me recolhia da mesma maneira em seus braços. E eu forcei um sorrisinho dando uma última olhada para minha velha e boa casa.

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