Epilogue

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DEZ MESES SE PASSARAM DESDE QUE DAENERYS FOI NOMEADA RAINHA DOS NOVE REINOS. A Fortaleza Vermelha havia sido completamente desmoronada e os escombros retirados. Sobre ela, uma nova formação estava a ser construída: o Palácio da Ressurreição, marcando o retorno da Casa Targaryen às Terras da Coroa e ao domínio de Westeros. Toda a arquitetura se fazia baseada em Vidro de Dragão, que estava sendo trazido de Pedra do Dragão para a construção. Daenerys queria que o Palácio fosse como um dragão de três cabeças rompendo o chão pronto para levantar voo.

Seu trono também seria produzido a partir de obsidiana, o Trono de Vidro; e enquanto a construção não estivesse pronta, Dany habitava entre o povo de Porto Real. Possuía uma pequena casa na cidade, fazendo parte do estilo de vida humilde da grande população. Todas a tratavam com respeito e prestavam alguma forma de reverência ou expressão de gratidão quando ela passava. Daenerys, com um sorriso no rosto, cumprimentava seu povo e acompanhava as crianças.

"Onde vais com um vestido tão bonito?" ela cumprimentou uma de suas cidadãs.

"É muita gentileza sua", agradeceu.

Caminhava em direção a morada do Assessor da Coroa, relembrando os meses passados como uma época distinta. Estava começando a se acostumar a caminhar livre por aí sem seu exército de Imaculados cercando-a e a protegendo a todo momento; sem o medo de que, a qualquer instante, alguém saltaria para cortar sua garganta. Mesmo querendo confiar em seu povo, Daenerys ficou paranoica com isso nos primeiros meses, algo que foi cessando com o tempo.

Os cidadãos ajudavam a construir o Palácio de bom grado. Até mesmo Drogon estava envolvido, cuspindo fogo de vez em quando até atingir o ponto de fusão necessário do ferro que estava sendo usado para estruturar e fortalecer a construção. Daenerys esbanjava tamanha satisfação.

Missandei e Verme Cinzento haviam retornado há poucas semanas de Naath. Possuíam uma casa juntos e também aguardavam a construção do Palácio, pois viveriam lá com Daenerys, sendo Missandei sua Criada e Verme Cinzento, seu Lorde Comandante da Guarda Real. Outros cômodos também seriam reservados aos demais Mestres e ao seu Assessor, a quem agora visitava.

"O que você viu para me contar?" perguntou Dany ao interrompeu o warg de Bran.

"Os Dothraki terminaram a construção do portão da nova cidade. Fizeram uma estátua em sua homenagem, montada em um animal que eles chamaram de Hrazef Zhavvorsa".

"Hum", Daenerys riu e ajeitou a calda do vestido branco para poder se sentar diante de Bran. "O Dragão Equino. Parece-me apropriado".

"Eles estão felizes".

"Era somente o que eu queria ouvir".

Daenerys I cedeu os campos de Pedra do Dragão para servir de morada ao seu exército de Dothraki, sua tribo, seu clã. Ali foi criada a segunda cidade Dothraki, esta chamada de Qile Dothrak – ilha dos Dothraki. Ela segue as mesmas regras de conduta que se tem em Vaes Dothrak e também são solícitos a Coroa, assim que devem produzir rebanhos que servem para alimentar Drogon.

"Eu irei ter com eles quando tiver a oportunidade. Agora, me diga, e quantos aos demais reinos?" Daenerys pediu por um relatório, como faz toda semana. Já que Bran possui a habilidade de wargar, é comum que ele informe com precisão o que acontece nos outros reinos. Dessa maneira, ela ficou sabendo que Winterfell decidiu expandir seus domínios antes mesmo da carta deles chegar. O Norte é vasto, mas grande parte das terras não é ocupado.

"Não há tempo para isso agora. Um velho amigo está chegando", avisou Bran.

"Quem?" Dany estranhou a urgência.

"Lorde Tyrion, da Casa Lannister".

"O que ele deseja?"

"Informar sobre um perigo iminente", Dany cerrou o cenho ao ouvir as palavras de Bran, mesmo em sua voz calma e tênue. "O Príncipe Renegado almeja ser coroado".

Game of Thrones: Reescrevendo a Última TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora