.Sweet Home Alabama.

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Então Deus, quando eu te pedi um bichinho de estimação, você pode ter certeza que eu não estava falando dessa ANTA.


— Caralho, Mark. — Lucas ainda ria como se não houvesse amanhã — Na próxima vez que você ver ele, avisa que não adianta nada preparar o prato se não for comer depois. — Agora, de brinde, Jaehyun ria junto, ainda mais com a cara de panqueca que o famoso eu acabei fazendo.


— Eu não acredito que você quase transou com o seu vizinho depois de um mês mandando ele tomar no cu. — É o que faz Jae se surpreender tanto, pelo menos é o que parece, com o tom de voz chocado que usa.


— Aparentemente ele quase conseguiu fazer o menino tomar no cu. — Lucas argumenta e sinto que estou morrendo aos poucos quando escuto suas risadas exaltadas de novo.


Entrei no estabelecimento como se apenas uma força mística me arrastasse, morrendo a cada passo e me amargurando com cada memória da manhã de hoje. Sinceramente, só umas quicadinha. Era só o que eu queria.


E de brinde, como a mula que eu sou, acabei contando tudo aos meus amigos... Pra que. Sinto que essa história vai me perseguir pelo resto da minha vida, mas tento ao menos pensar positivo: se for me aterrorizar, que eu pelo menos tenha a chance de sentar nesse menino alguma vez. E é nisso que me foco enquanto pego meu prato e começo a me servir na mesa que antecede a balança.


Era um restaurante simples, a decoração consista em alguns quadros de bandas e grupos famosos pela parede, mas passava bem longe de ser sofisticado, já que era voltado à estudantes da faculdade ali próxima.


— Vocês vieram na hora certa. — Johnny aparece ao nosso lado, nos comprimentando um a um. Ele é dono do restaurante, mas antes de tudo é meu parceiro há anos, já que nossas famílias são amigas.— Hoje vai vir uma banda tocar no almoço.


— O Mark curte umas pessoas que tem banda. — Jae zomba e eu não consigo não revirar meus olhos. Parabéns Jae, você é um lixo de amigo.


— Ih... Que foi que eu perdi, hein Mark Lee? — E foi nesse momento que eu suspirei. Eu torcia tanto para que ele não perguntasse nada, apenas e unicamente pra não precisar ouvir as pragas falando sobre isso de novo.


Tarde demais.


— Mark nunca te contou do vizinho gostoso dele que não o deixa dormir? — Xuxi questiona com um pleno duplo sentido e eu apenas pego minha comida e sigo para a mesa. Não rápido o suficiente para conseguir escapar de o ouvir dizer "essa noite ele tentou métodos diferentes de deixar o Mark acordado". Parabéns, nota zero.


Devo dizer, agora que Johnny disse sobre a banda no restaurante, me pego pensando para onde exatamente o garoto havia corrido hoje pela manhã. Não consegui ouvir direito a conversa dele com o garoto ao lado de fora, mas pelo jeito iriam se apresentar ainda hoje. Morria de vontade de perguntar onde, de verdade, mas a coragem me foi pouca.


Havia outra coisa que estava fraca, além de tudo: minhas pernas.


E meu coração.


Eu tinha um total de zero estrutura para em um minuto estar revirando os olhos e me perdendo em pensamento sobre a manhã de hoje, e do nada, no outro minuto, Lee Donghyuck — mas conhecido como o vizinho mais insuportável do mundo e infelizmente o mais gostoso também — simplesmente estar passando pelas portas do restaurante segurando um cubo amplificador em uma mão e tendo sua guitarra nas costas.


Parecia uma porcaria de um desfile, porque é assim que parece quando Donghyuck faz qualquer coisa: seja ele estando apenas parado de cueca na porta, seja ele passando pelo corredor ou apenas parado no corredor. Donghyuck parece estar trabalhando como modelo a todos os momentos. Ele usava uma jeans preta com rasgos no joelho, uma regata super cavada cinza e uma jaqueta de couro.


Desgraçado maravilhoso vontade de meter um socão.


Acho que meu amigos notaram que eu estava paralisado com alguma coisa, pois vejo uma mão balançar na frente de meu rosto e só então acordo para a realidade. Finjo apenas que estava desligado e começo a comer, ignorando o olhar confuso que Donghyuck me lança uma hora, assim como os olhares curiosos de meus amigos.


Mas é ao som de Sweet Home Alabama que Lucas finalmente segura meu braço e me pergunta baixinho se algum dos meninos era o famigerado vizinho gostoso. E eu estava pronto para negar, estava mesmo, juro. Mas certas coisas eu simplesmente não consigo esconder.


Por isso apenas concordo com a cabeça e olho novamente ao garoto que cantava e tocava guitarra ao mesmo tempo. Sua voz era suave e doce como mel, parecia extremamente hipnotizante... Ou pelo menos, tão hipnotizante quanto seus olhos que se recusaram a desviar dos meus.


Sweet home Alabama, Where the skies are so blue. Sweet home Alabama, — Sua voz melodica cantarolava.— Lord, I'm coming home to you.


E foi ao som de uma música sobre Alabama que eu tive completa e total certeza de que Donghyuck é um conquistador de meia tigela; mas que mesmo assim tinha um talento desgraçado de foder com minha vida, meu coração e minha estabilidade mental.


E eu finalmente entendi o significado do famoso "Puta falta de sacanagem"... Por que foder da forma que eu queria o bonito não fode, né? Vou xingar muito no twitter, sério.


--|FIM DO CAP|--

oie gente, eu sei que eu demorei, mas foi por uns probleminhas emocionais ai... eu nao queria deixar vcs sem att, por isso ela ta mais simplezinha, mas eu prometo trazer algo melhor na proxima.

 se puderem deixar comentários, me ajuda muito.

eu to desenvolverndo mais uma fic, chamada Bad Influence, é Noren, quem quiser ta no meu perfil.

espero mesmo que tenham gostado, tenham paciencia eu to tendo uns bloqueios esses tempos e acabo n conseguindo escrever, mas eu juro que eu tento. É isso, beijinhos <3

Guitar Player ✧ MarkhyuckWhere stories live. Discover now