.You Really Got Me.

218 28 63
                                    


Era demasiado confortável aquela cama que não me pertencia, ainda melhor era aquelas cobertas que não eram minhas, mas me agradam mais do que seria devido. Aquele corpo quente ao meu lado, me abraçando e me mantendo com a cabeça sobre o peitoral… Era tentador demais, como se me convidasse a ficar para sempre.

E eu aceitaria ficar, sem nem pensar duas vezes.

Sequer pretendia levantar, queria poder ficar deitado nos braços de Mark pelas próximas horas, olhando seu rosto e me lembrando das vezes em que transamos na madrugada, nos gemidos que escutamos um do outro e no calor que tinha se tornado aquele pequeno apartamento e em como o seu rostinho fofo, agora adormecido, entrava em contraste com o que eu havia visto durante a noite. 

E é quando volto a fechar meus olhos, me acomodando novamente no peitoral do canadense, que escuto um estrondo na porta do apartamento do garoto.

— MARK LEE! — Escuto um berro, mas não sei como reagir. Mark acordou e rapidamente nos cobriu melhor. — Seu irresponsável de merda.

— Johnny Hyung! — Ele parece muito assustado, mas não mais que eu…

Que trabalho para esse cara.

E ele acabou de me flagrar com um cara na cama, mas beleza…

— Muito legal que você tá pegando alguém, mas faltar nas aulas pra ficar dormindo com ele, Mark Lee? — Ele reclama e enfim olha para meu rosto assustado. — Ah, oi Hyuck. 

— Hyung eu tenho vinte e dois anos, por que você tá agindo assim? 

— Talvez porque eu fiquei te esperando na biblioteca por horas e você nem pra me atender! — Ele reclama e eu juro que ele quer descer o coitado no soco.

— Desculpa, Hyung. Ok? — Ele fala coçando os olhos.

— Ok. Mas você vai pra aula. — Ele aponta para nós e começa a juntar nossas roupas em um montinho.

— Não tô afim.

— Não foi uma pergunta.

— Johnny

— LEVANTA AGORA! — Ele diz bravo jogando uma calça em nós e começa a sair.

— Vou levantar… — Mark responde alto e deita ao meu lado, me abraçando. — não vou levantar coisa nenhuma… 

— MARK LEE! — O escutamos do corredor e Mark levanta em um pulo.

— VOU LEVANTAR.

(...)

A brisa fresca deixa o dia bem menos quente e eu ando pelas ruas em busca de novas cordas para minha guitarra, aproveitando que minhas aulas pela tarde foram canceladas — minhas rezas finalmente funcionaram —.

Em meio ao caminho, paro em frente a uma apresentação de rua, escutando uma garota desconhecida cantar alguma música romântica.

É realmente muito belo e eu me pego imaginando que Mark adoraria ouví-la cantar. E é em uma parte mais suave da música que eu me pergunto como a voz do canadense ficaria nessa melodia. E acabo sorrindo — mais do que gostaria —, querendo a mão alheia aqui comigo, entrelaçada na minha.

Chacoalho a cabeça e sigo meu caminho, não pensando muito nisso — ou pelo menos tentando não pensar, mas parece impossível até mesmo parar de sorrir.

Entro na loja e esqueço das cordas, me perdendo pelas guitarras e babando em suas diversas cores e modelos. E é nesse meio tempo que reparo em um casal perto a mim, se divertindo em um dos teclados na sessão ao lado… sorrindo e brincando, fazendo piadas e trocando olhares.

Por um momento me imagino fazendo o mesmo com Mark e sinto vontade de ligar pra ele. Mas felizmente não tenho seu número, o que me impede de cometer uma loucura… mesmo que não seja o suficiente para me ajudar a me preocupar menos com tais pensamentos.

Me apresso em comprar logo minhas coisas, saindo apressado daquele lugar e me dirigindo a alguma sorveteria, tentando driblar o calor.

Mas foi enquanto tentava saborear meu doce em paz que me peguei observando os casais pelo local. Eu normalmente já os observava, mas com um certo nojinho e por mais assustador que isso seja, hoje, apenas consigo lembrar do meu vizinho estressadinho demais.

Porque, por mais difícil de admitir, eu sei que quero…

Quero sair com Mark. Só que pra valer mesmo.

(...)

Me arrasto, depois do ensaio, pelos corredores do prédio e me aproximando aos poucos de minha porta. Entro e jogo minhas coisas na cama, abro a janela e nem me dou trabalho de tomar banho.

Paro em minha janela e respiro fundo. Quero chamar Mark pra sair… mas o levaria onde?

Cinema? Muito chato, não vou pagar pra beijar na boca. Patinação? Seria legal, mas eu ia muito cair e quebrar a perna. Restaurante? Comer é legal, mas além de eu não ter modos eu acho meio monótono sair assim, então deixa queito. Poderia levá-lo para jogar em algum fliperama, quem sabe…

É, já é um começo.

Saio de meus devaneios ao ouvir a campainha tocar, sinto todos os meus órgãos revirando, mas corro abrí-la.

— Oi, Hyuck. — Mark diz com aquele sorriso bobinho dele.

— Oi, Mark. — Eu respondo, com um sorriso é um tom perfeito de flerte que tanto amo usar com ele.

E que é tão eficaz, já que logo estamos aos beijos em meu apartamento. O jogo em minha cama e aproveito para tirar mais umas casquinhas dele, enquanto tomo coragem para chamá-lo à um encontro.

— Hyuckie? — O garoto me chama e eu enfim tiro minha boca de seu pescoço, o olhando nos olhos. 

— Eu acho que estou gostando de você, de verdade… O que você de sairmos qualquer dia? 

É o que ele diz e foi o suficiente para quebrar de vez.

--|FIM DO CAP|--

Oikkkk olha eu sei que eu demorei demais pra att e eu peço mil desculpas por isso

A faculdade tá tomando todo meu tempo e eu n tô sabendo lidar com isso :(

Espero mesmo que vocês tenham gostado é que estejam gostando de como estou levando o relacionamento deles... Enfim é isso.

Twitter e Curiouscat caso queiram falar algo em anônimo ou mandar mimos: yerisaheart

Guitar Player ✧ MarkhyuckWhere stories live. Discover now