Ziam Should Be Real

Capítulo lV

Liam: Que fazes aqui?! – levantei-me do lado de Louis encarando aquela figura. Os meus olhos desviaram-se segundos para Louis para ver como este estava a reagir a esta estranha situação.
Louis: Hum... Acho melhor ir...- disse começando-se a levantar. Pousei a minha mão no seu peito, ao mesmo tempo que abanava a cabeça, impedindo que ele se movimenta-se vendo a sua expressão insegura mudar para uma mais confiante.
Liam: Acho que te fiz uma pergunta... –afirmei voltando a encarar Zayn que olhava para o lado com aquela sua postura habitual, mãos nos bolsos com uma expressão de pouco interesse, até que este me encarou... Os seus olhos... Nunca me olharam da maneira que o faziam agora... Com tristeza, raiva, confusão, húmidos, com um tanto de loucura...
Zayn: Pelos vistos não estou aqui a fazer nada... – dito isto começou a encaminhar-se para a porta de saída que ele tão bem conhecia.- Ah! Ia-me esquecendo... Aqui tens a tua chave, nunca te cheguei a dar.- virou-se para trás atirando a chave na minha direção, a qual apanhei num mero reflexo.
Os meus ouvidos ouviram o ruido da porta a bater, mas os meus olhos fitavam a minha mão ainda fechada, a qual continha o objecto metalizado que Zayn me atirara... Eu nunca lhe tinha pedido a chave... E ele nunca me a tinha dado.... No fundo sabia que a chave significava que o que existia entre nós podia voltar, como se aquela chave fosse a única coisa que nos unia, a única coisa que representava que o que existiu entre nós fora real e não uma simples experiência...
Foquei as forças que me restavam em abrir a mão para ver aquela chave ao mesmo tempo que, uma pequena lágrima traçava o seu caminho pela minha face, sozinha, sem saber o seu destino, magoada, desiludida... Tal como eu...
Umas mãos acariciaram os meus ombros para depois darem lugar a um suave abraço por trás. Não era um abraço de sedução, era como se Louis me disse-se para não me preocupar que ele estaria sempre ali para mim, para o que eu precisasse, era como se me acalmasse, me confortasse.
Louis: Liam, não fiques assim... – puxou-me para o sofá fazendo-me sentar, sentia o meu corpo pesado, rigido sem se querer mexer.- Liam por favor, para de olhar para essa chave! Reage por favor! – disse agitando-me fazendo, finalmente, o meu corpo movimentar-se. Elevei a cabeça para o encarar.
Liam: Eu... Eu... Eu...- era tudo o que conseguia balbuciar. A lágrima deixara de estar solitária, agora tinha outras a delinear o seu caminho com os mesmos sentimentos.
Louis: Shhhhh Liam, calma eu estou aqui...- sentia-me uma criança nos braços de Louis, ele segurava na minha cabeça contra o seu peito enquanto embalava ambos.- Eu sabia que ainda gostavas dele...
Nada lhe respondi, eu sabia que gostava dele mas como o que esteve prestes a acontecer com Louis não sabia o que fazer. A verdade é que Louis sempre esteve presente para o que precisei, Louis nunca me magoara, Louis nunca me fizera chorar, Louis nunca me tratara como um objecto substituivel, Louis nunca me tratara como uma simples experiência...
Desencostei a minha cabeça do seu peito de maneira a que as nossas cabeças ficassem à mesma altura, olhava aqueles olhos azuis, de novo, que me olhavam com compreensão e tristeza... Comecei a aproximar-me dele, pronto a beijá-lo. Estava decidido a esquecer Zayn, nunca mais iria deitar uma lágrima por ele... Porém Louis, para minha surpresa, impedira-me de tal fazendo um esboço de sorriso.
Louis: Não tens de provar nada Liam...
Liam: Mas eu quero! – insisti ao qual ele respondeu afastando-me de novo.
Louis: Não Liam, tu queres provar que o Zayn não te afeta mais. Tu queres provar-lhe que não queres saber mais dele. E eu não sou um boneco Li.- disse passando a mão suavemente na minha face quando as lágrimas voltaram a escorrer.- Eu vou estar aqui, eu vou ficar aqui, todo o tempo que quiseres. Enquanto precisares e quiseres eu estarei aqui...
Impeli-me na sua direção agarrando-o o mais junto de mim que conseguia, encostando a minha face no seu peito de novo encharcando-lhe a blusa com as minhas lágrimas enquanto Louis me segurava e confortava. 
Não sei quanto tempo estivemos assim, mas eventualmente acabamos por adormecer no sofá, comigo por cima de Louis enquanto este, nem mesmo dormindo, me soltava dos seus braços...