2°- "Happy Day"

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    ~MIAMI, Flórida  19/01/31

     Angelina J. Wollytharies

                     2:55 pm
 
  Acordei com dores na região dos ombros por dormir sentada. Olhei em volta ainda acordando cocei os olhos e levantei. O meu extinto estava me guiando até meu banheiro no andar de cima, quando me lembrei do Castiel e parei subitamente no meio das escadas.

  E se ele ainda estiver aqui? Não, não, não ... ele deve ter ido embora não é muito a cara dele de ficar esperando alguém acordar.

  Desci as escadas e fui à cozinha quando vi o prato que antes estava cheio de batata frita agora se encontra vazio, ao lado os dois copos, também vazios, e um bilhete escrito:

  “Boa noite Bela Adormecida, fico te devendo um whisky porquê aquele é meu agora. Te vejo mais tarde.
               By: De seu gatinho.

  Bem a cara dele fazer isso. Sorri ali mesmo e peguei as louças para lavar. Depois isso subi até meu quarto temendo uma pegadinha por parte do Castiel, mas que foi um alívio ver que estava tudo intacto e o banheiro limpo... Mas é melhor dar uma boa lavada com água sanitária. Sem demora depois de fazer minhas higienes acabei lavando o banheiro inteiro, que por sinal tinha o cheiro dele, de duas maneiras: o perfume e o outro que não convém citar. Eca!

   Estudos e mais estudos, passei o resto da tarde estudando um pouco mais sobre a anatomia humana, não diria uma revisão e sim um estudo mesmo. Eu preciso de encontrar varias respostas sozinhas, e uma delas que mais me atormenta neste momento é: como fazer um determinado órgão humano funcionar depois de uma morte cerebral?

  Há varios estudos sobre isso, mas nenhum deles têm o que eu preciso faz quase uma semana que procuro à respeito desta questão. Um paciente em estado de coma é considerado medica e legalmente vivo, portanto seus órgãos ainda funcionam dentro de si, mas se um paciente que está com morte encefálica há algum tempo e seus órgãos não estão funcionando corretamente , como fazer com que eles ainda possam ser reutilizados?

                                ...

        6:10 pm

  Estou pronta para o meu plantão, ala da pediatria aí vou eu. Hoje é o dia em que nós da Oncologia do Hospital Central de Miami Jhonn Petter fazemos uma pequena quebra em nossos regulamentos médicos. Os pacientes que estão em tratamento e que passam a maior parte de seu tempo no hospital ficam entediados e sem nada para poder fazer, organizamos um dia de diversão no Centro de Oncologia assim hoje dia 31 de janeiro haverá o nosso “Happy Day”. Cada um que faz parte do centro médico vai vestido de uma maneira diferente, e eu sem ideia alguma apenas troquei uns tênis da Vanz  e coloquei cada um de uma cor: um rosa e outro azul, meias arrastão e meias ¾  ambas pretas, uma blusa de manga comprida rosa e saia branca. No cabelo dois coques e a franja solta com uma bandana azul. A maquiagem de sempre: delineador e o meu famoso batom vermelho.

   Hoje mais uma vez meu irmão virá aqui pra casa, não sei o que realmente ele sempre vem fazer aqui. Mas as regras são sempre as mesmas: deixar tudo arrumado antes de sair e se comer alguma coisa deixar o dinheiro ou repor o que pegou. Meu irmão sempre me diz que vai fazer uma festa ou algo do tipo, mas ele sempre deixa tudo como estava e é estranho, como se nada houvesse acontecido ou se ninguém estivesse na casa.

  Estava arrumando a comida e água de Ryuk quando ouço tocar a campainha. Vejo quem era e abro revelando o meu irmão com um monte de malas. Olhei pra ele confusa:

  - O que foi que aconteceu Patrick? – seu rosto expressava desgosto. Desde que me conheço por gente ele nunca demonstrou tais sentimentos:

  - Briguei com a mamãe, dessa vez papai me colocou pra fora de casa. Antes ele me defendia agora está do lado dela. – Mesmo sendo mais velho meu irmão sempre foi muito apegado com meus pais, por isso até hoje morava com eles, isso mesmo: morava , porquê agora essa responsabilidade vai ser minha.

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