Two Dads, One Love - Destiel (Completo)

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                       Dean Winchester on

Ficar ansioso já pela manhã com certeza não era meu habitual, mas eu estava, totalmente nervoso ao receber Castiel. Voltei pra cozinha, depois de deixar o homem que carregava meu bebê num quarto na minha casa. E respirei fundo pensando que em poucos meses eu teria meu bebê em meus braços. Me servi de ovos com bacon que havia preparado, e abri o notebook em cima do balcão, pronto para começar o dia de trabalho, em casa dessa vez, mas uma ligação de vídeo apareceu assim que fiquei online.

- Dean... - meu irmão sorriu ao me ver - E aí, é hoje que chega seu futuro bebê?

- Sammy, você não vai acreditar. Ele já está aqui...

Sammy me olhou assustado, e entusismasmado ao mesmo tempo.

- Sério?

- Sim. Ele chegou bem cedo... - olhei para a porta onde podia ver a escada que dava no segundo andar - Está no seu quarto na verdade.

- Como assim? - Sammy cruzou os braços e se recostou na cadeira - Onde vou ficar quando voltar pra Lawrence?

- Até lá ele já vai ter saído... - ele me olhou confuso - Castiel vai ficar até ter o Jack, e depois vai embora.

- Simples assim? Não sei não, Dean... Isso tá estranho.

Sammy e sua mania de desconfiar de tudo e todos, eu era o irmão mais velho, mas ele sempre tentava cuidar demais de mim.

- Não tem nada de estranho Sammy. Ele só é um cara simples, e precisa de ajuda.

- Tá bem... Se você diz... - Sammy olhou para o lado, onde eu não poderia ver, e sorriu para alguém - Tenho que desligar, Dean. O trabalho me chama.

- Sei que é trabalho... Com esse sorrisinho?

Sammy me deu uma piscada com aquele sorriso ainda no rosto e desligou. Ele sempre viajava a trabalho, e isso não deixava que ele tivesse um relacionamento sério com alguém, ou ele mesmo não queria nada mais sério... Mas ele era o tipo que nunca estava sozinho, e se ele estava bem com isso, eu também estava.

Acabei meu café da manhã e decidi começar a trabalhar depois de me vestir. Subi para meu quarto e tomei um banho, vesti uma roupa mais formal, afinal o que o pai do meu filho pensaria se me visse de pijama o dia todo, uma camisa preta e jeans estava ótimo para um dia de trabalho em casa. Fui até o escritório, liguei o computador de lá e abri as cortinas, deixei o sol entrar pela sala, a vista para o jardim me acalmava.

Acabei ficando muito tempo trabalhando, e quando parei finalmente, sentindo meu estômago roncar, olhei e vi que já passava bem da hora do almoço. Sai do escritório e estranhamente senti um cheiro delicioso pela casa, fui até a cozinha de onde vinha o cheiro, e o que vi colocou um sorriso em meu rosto, Castiel estava com fones de ouvido e um avental florido preparando algo no meu fogão enquanto cantarolava. Entrei e tossi para chamar a atenção dele, mas foi em vão, então me aproximei mais e encostei em suas costas, Castiel deu um pulo e sorriu ao me ver.

- Dean... - ele tirou os fones - Que susto!

- Desculpe, - eu me afastei novamente e me sentei num banco do balcão - Não queria te assustar.

- Eu que peço desculpas, vi que você estava trabalhando, e queria preparar um almoço pra gente.

- Bom, o cheiro está ótimo.

- Já está quase pronto, é simples, mas acho que vai gostar.

- Okay então... - me levantei - Vou por a mesa.

Comecei a pegar o que precisava e arrumei as coisas na mesinha da cozinha mesmo, afinal para apenas dois homens não precisaríamos da sala de jantar.

Logo Castiel levou a mesa um espaguete com uma cara deliciosa, e nos servimos.

- Isso está uma delícia... - acabei falando de boca cheia mesmo - Desculpe... Hum, mas tá muito bom.

Castiel corou no mesmo instante.

- É uma receita de família... Que bom que gostou.

Ouvi a campainha tocar mais uma vez antes que pudesse dar outra garfada ou continuar nossa conversa.

- Está esperando alguém?

- Não. Ninguém sabe que estou aqui...

Achei aquela resposta de Castiel um pouco estranha, mas não ia ficar questionando ele sobre sua vida pessoal. Me levantei e pedi licença, fui até a porta e para minha surpresa, minha mãe estava a minha frente.

- Mãe?

Ela entrou e me abraçou.

- Dean! Soube da novidade e vim correndo! - ela me soltou e olhou pela casa - Quero conhecer esse tal Castiel.

- Sammy não guardar as coisas, não é?

Claro que eu não poderia culpar Sammy,  quando Mary queria tirar alguma informação de alguém, conseguia, foi graças a isso que ela e meu pai estão separados.

- Vai me apresentar ou não, Dean?

- Claro... Vem comigo.

Levei ela até a cozinha, e Castiel se levantou quando chegamos.

- Cas... Essa é Mary Winchester, minha mãe queria muito te conhecer.

- É um prazer senhora Winchester.

Ele apertou a mão dela.

- Que isso, só Mary querido. Estava louca pra ver o rosto do gerador do meu netinho.

- Mãe... - foi minha vez de corar, minha mãe às vezes não sabia o significado da palavra "limites" - Desculpe Cas.

Ele me olhou de um jeito estranho, talvez por eu te-lo chamado de um jeito mais íntimo, não sei por que fiz isso, foi espontâneo. Fui até o armário e peguei um prato para Mary que se juntou ao nosso almoço, e tivemos uma conversa normal e agradável, até quase o final.

- Então Castiel, eu não quero ser indiscreta, mas tenho que saber...

- Claro, - Castiel - Pode perguntar qualquer coisa.

- E o pai do bebê?

Eu e Cas nós olhamos e eu soube que não era um assunto que ele queria falar sobre.

- Mãe, isso não é da nossa conta...

- Tudo bem, Dean. - Castiel - O pai me deixou assim que soube que estava esperando um bebê. Então, não tem com que se preocupar.

Castiel se levantou da mesa.

- Eu sinto muito... - Mary - Mas temos que saber essas coisas.

- Claro, - Castiel - bom, se me dão licença, - ele colocou a mão sobre a barriga - Vou descansar um pouco agora.

Vi Castiel indo até a porta da cozinha, mas algo me parecia muito errado, ele não parecia se sentir bem, e isso me deixou mal.

- Cas... - ele me olhou - Posso falar com você?

- Pode ser mais tarde, Dean?

- Filho, deixa ele descansar, não sabe como é estar carregando um bebê de sete meses...

- Tudo bem, depois falamos então, Cas.

Ele me deu um leve sorriso concordando e saiu, me deixando sozinho com Mary.

- Você precisa saber de tudo mesmo?

Ela se levantou começando na tirar os pratos.

- Se for sobre minha família, Dean, claro que preciso.

 Não achei bom minha mãe perguntar aquilo para Cas, mas na verdade agora eu também estava curioso, principalmente pela sua reação ao assunto. Será que Castiel tinha a mesma sorte, ou melhor, azar, que eu no amor?