Fidel

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Era pra ser só um selinho mas sem querer a língua foi junto.
Admito eu queria um beijão mesmo.
Foi muito bom estar colado ao Ernesto por alguns segundos antes dele me empurrar pra trás com cara de...nojo.

-Você enlouqueceu? -perguntou ele.

-Sim. Sou louco por você desde a primeira vez que o vi.

Não tenho papas na língua.

-Se isso fosse lá na Serra di maestria que só tem mato eu até entenderia. Mas veja você está no topo e pode pegar quem quiser.-ele disse se acalmando.

-Então posso te pegar? -sorri maliciosamente.

-Claro que não!

-Achei que você estivesse à fim. Tu andava tão preocupado...-fiz beicinho.

Quando perto de pessoas intimas costumo ser carinhoso.

-Eu sou médico e esse é o meu dever.
Fidel qual o seu problema? Você sabe que se alguém te pegar com esse tipo de tara vai ser ruim.

Lá vai ele com os discursos...

-Ernesto eu sou gay. Só te coloquei no 26 de julho porque me senti atraído. Sei que isso é contra a nossa religião Comunismo mas isso é mais forte que eu. Você não poderia ser mais bonzinho comigo?

-Sabe quantos gays Lenin e Stalin mataram no holocausto soviético?

-Ninguém precisa saber disso. Coloca a culpa toda no Hitler.

Ninguém precisa saber os podres do partido. Do jeito que as coisas são é capaz de no século XXI os grupos sociais que nós matamos serem os primeiros a nos defender.

-Fidel você não está facilitando as coisas pra mim.

-Che eu gosto de você.

Ele suspirou antes de dizer as palavras que me destruíram.

-Eu sou hetero.

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