Único

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Estava próximo do Natal, a data que todos aguardavam em Hogwarts.

Ir pra casa, visitar a família, ganhar presentes, voltar para a escola com o fôlego renovado e muitas novidades.

James Sirius Potter amava essa data como qualquer outra, mas uma coisa em especial estava o deixando nervoso.

Na verdade, não uma coisa, uma pessoa.

Desde que Teddy e Victorie brigaram feio perto do Salão Comunal da Lufa-Lufa (do qual James vigiava algumas vezes, na esperança de ver uma certa cabeleira azul), James teme como Teddy vai estar, se vai pedir-lhe conselhos ou falar diretamente (e sozinho) com ele.

Quer dizer, Teddy sempre estava junto dos Potter nos feriados, mas James evitava conversas, ainda mais quando o mais velho falava de Victorie, pois não sabia como agir por conta dos seus sentimentos.
E o pior é que Teddy sempre pedia conselhos a ele. Todo mundo pedia, é claro, mas dessa vez James não queria que ninguém o pedisse conselhos, pois ele mesmo não sabia o que fazer.

— James! — Chamou uma voz atrás dele.
James estava no Salão Principal, sentado na mesa da Grifinória esperando pelos seus irmãos.

— Oi, Al. — James sorriu para o irmão, que trazia um Scorpius com ele. — Como vai, Scorpius?

— Não me chame de Al. — Albus fez uma careta.

— Estou bem, James, obrigado por perguntar. — Scorpius sorriu gentilmente. — Vou passar o Natal com vocês!

— Só não façam como da última vez. — Brincou James. — Papai e Tio Draco não vão gostar nada de ver os dois se pegando de novo.

— James! — Exclamou Lily, que chegara agora. Scorpius ficou vermelho, mas Albus sorriu maliciosamente. — Pare de deixá-los envergonhados!

James deu de ombros.

— E onde estão Rose e Teddy? — Perguntou Lily, olhando em volta para procurá-los. A simples menção do nome fez o coração de James acelerar.

— Rose disse que ia passar o Natal com Victorie na casa do Tio Bill. — Explicou Albus. — E eu não vi o Teddy.

— Quem não me viu? — Teddy andou até eles, com seu inconfundível cheiro de caramelo e um grande sorriso no rosto sendo direcionado diretamente para James, que ficou desconcertado, mas sorriu de volta involuntariamente.

— Finalmente. Podemos ir? — Albus perguntou, animado.

Eles andaram até o trem conversando animados. Sentaram os 5 juntos em uma das cabines, Scorpius e Albus de mãos dadas.

— Ficaram sabendo? — Perguntou Teddy, rindo. — Esse ano vai ter o teste da Amortentia!

— Ah não! — Lily exclamou. James ficou em choque.

— Teste da Amortentia? — Scorpius franziu o cenho.

— O teste da Amortentia, Scorp, é uma das brincadeiras ou tradições de Natal que nossos pais e agora o seu insistem em inventar. Eles vão pegar a Amortentia, a poção, e dar pra cada um, e todos têm que dizer o cheiro que sentem. — Albus explicou. Scorpius riu.

— E por que tanto desespero? — Perguntou ele.

— É fácil pra vocês — James disse suspirando. — que já têm alguém que amam. Mas quando não é recíproco ou é pra ser segredo, não é nada legal passar por esse teste.

A bomba foi solta. Todos olharam para James e ficaram em silêncio, enquanto ele olhava para fora, tentando arrumar um jeito de fugir da situação.

O Natal e a AmortentiaOnde histórias criam vida. Descubra agora