O Náufrago

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Eu costumava pensar que o tempo cura tudo, mas em alguns momentos tenho a sensação de que as nossas feridas nunca se cicatrizam, pelo menos não por completo.

Os nossos medos antigos e inseguranças do passado às vezes simplesmente batem na sua porta, e como velhos amigos, lhe fazem uma visita pela madrugada.

Quanto ao buraco que tenho no meu peito, tento preenche-lo com as ocupações do dia a dia, mas quando o tédio vem de encontro a mim, ele se torna mais profundo do que nunca e nada além do vazio consegue preenche-lo.

É como uma tempestade, a chuva cai impiedosamente sobre sua cabeça, as ondas batem com violência em seu barco e lhe atiram de um lado para o outro, mas ninguém é de ferro ou pelo menos eu não sou, e chega o momento que meu barco se parte.

Você se sente perdido, sem barco, sem rumo e sem nenhuma terra a vista. E quando tudo parece perdido, com sorte uma boia vem a ti, uma boia com o nome de esperança, quando você se agarra a ela percebe que talvez haja como sobreviver afinal.

A vida é essa tempestade, e eu sou um náufrago, sem rumo e perdido no infinito do mar

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