O toque humano...O toque do amor.
Eu nunca achei que iria precisar disso, até eu perder ele.
O amor...eu nunca pensei que dentro de um hospital eu iria me apaixonar.
O pior é saber que nunca mais vou
Vê-lo outra vez.
Até a última vez que o vi, foi a 5 meses atrás. Will ainda estava com fibrose, isso só provava a minha teoria de que ele não havia achado um pulmão compatível para o transplante.
A enfermeira Julie já estava com o seu bebê que iria fazer 1 aninho. Eu estava me sentindo totalmente feliz por conseguir toca-lo e beijá-lo.
Marcavam 16:30 no meu relógio de pulso, minhas amigas estavam comprando suas passagens de retorno para casa. Eu viajei o suficiente para dizer que minha missão para minha irmã foi totalmente cumprida. O sol estava quente, enquanto batia em nossos corpos, eu usava um vestido preto que havia ganhado da Barbie, após a minha saida do Hospital.(...)
Assim que cheguei em casa, meus pais estavam juntos no sofá, eu estranhei. Eles não estavam tendo mais discussões, nem pensamentos ou conversas irritantes sobre divórcio. Será que foi por que eu melhorei?...
- Já chegou filha? - Perguntou minha mãe com uma voz doce, Se levantando do sofá me ajudando a levar as malas para cima.
- A viagem foi ótima! O Sol! O mar! A brisa! Eu amei a Itália. - Tagarelei o mais que podia com uma certa empolgação.
- Que incrível, Querida. - Ela estava ficando meio séria.
- Oque houve? Está roubando meu visual de novo? - Brinquei sorrindo e ela riu para mim logo voltando a sua feição fechada.
- Tem uma carta...não abrimos...mas é para você Stella. - Ela estava séria demais para ser algo bom.
- Oque tem de errado nisso? - Perguntei confusa a observando com atenção.
- Veio em um pacote marrom.
Eu sabia! Sabia que a vida me mostraria alguma coisa para relembrar novamente minha motivação de cada dia que passei naquele hospital.
Desci as escadas em um pulo, a cada degrau era um salto, se meus pensamentos estavam certos, aquele papel, aquele pacote em cima da mesa da cozinha, era o que eu havia esperado depois do dia do aeroporto.
Peguei o papel rígido em minhas mãos, ele era da mesma forma em que Will me entregava os desenhos. Senti algumas lágrimas escorrer pelas minhas bochechas e logo as aquecendo.