Um Amor para o Morcego

Um cavalheiro adormecido.

A mulher na batcaverna que acessava o banco de dados do computador pesquisando os padrões de ataques do curinga, podia perfeitamente ouvir os passos que não passavam de um simples sussurros era realmente impressionante que depois desses últimos anos ele ainda tentasse pega-lá de surpresa, era quase como uma brincadeira docemente infantil que por mais "adulta" que ela fosse ainda gostava de brincar. Bem se levar em consideração que até pouco tempo era uma bebê, talvez não fosse tão estranho. Ela podia sentir o momento exato que ele daria o bote e não foi atoa que quando ele o fez ela simplesmente apareceu atrás dele.

- Você sabe que nunca vai conseguir me pegar de surpresa Dan.

- Você que pensa um dia com certeza irei.

- Você teria mais chances se pedisse ajuda a Ravena.

- Não seria minha vitória desse jeito.

- Se você diz.

- O quê está fazendo?

- Verificando alguns padrões.

- Curinga de novo?

- É.

- Eu já te disse ele é louco, não há padrões pra gente doida.

- Ainda assim, mesmo os loucos tem um sistema pra agir, só porque  não faz sentido para nós não quer dizer que não faça sentido pra eles.

- Tá, mais enfim eu tô aqui pra gente resolver sobre o noivado, Toddy disse que é importante pra família Wayne que demos um festa de noivado. Você acha que isso é realmente necessário?

- Infelizmente sou obrigada a concordar. A pesar do nosso trabalho, ainda temos disfarces a cumprir e seria muito deselegante com a sociedade se não fizermos nada - disse seca.

- Só não quero chatear a Ravena com isso tudo, as vezes eu me pergunto como ela pode me amar.

- Porquê são perfeitos um pro outro, você esteve lá pra ela desde aquela coisa com o pai dela, e a pesar de toda a desgraça que nos aconteceu acredite em mim irmão você não tem do que duvidar. Além do mais não vai ser uma festa de horores que vai atrapalha-lhos.

- Só quero que ela seja feliz.

- Acredito que como melhor amiga da noiva que ela está no sétimo céu.

- Vocês são duas fofoqueiras - os dois caíram na risada.

- Podemos fazer assim, um jantar íntimo com todos nós e os titãs. Para celebrar com amigos de verdade e depois um pouco de circo.

- Ou poderíamos chamar o Clark pra cobrir tudo, e fazer apenas um reunião íntima.

- Damyan você sabe que ele não vai vir.

- Talvez ele venha, dessa vez.

- Eu queria que você tivesse razão mais neste caso não tem como, ele não vai vir se estiver presente.

- Mais que merda! Nada do que aconteceu foi sua culpa e Clark e Lois sabem disso não entendo porque ainda crucificam você por algo que você jamais teria controle e nem eles.

- Isso não importa, Lois já foi mais do que clara em dá sua opinião sobre mim, e eu não quero trazer mais problemas a eles.

- E se ele vinher atrás de você no futuro? Vai simplesmente aceitar?

- Honestamente eu não sei.

- Droga. Isso não importa sempre vamos está aqui. - Disse pegando na mão dela.

- Eu sei, vocês são a melhor família que eu poderia querer acredite.

- Toddy quer levar Sara.

- É um direito dele.

- Você sabe que se não...

- Sei, mais é um dia pra família e se ele a escolheu que seja, posso tolerar o comportamento deles por umas horas.

Então a jovem mulher observou que Damyan estava olhando pro casulo, e sentiu compaixão ela sabia o que era perder os pais e saber que seu melhor amigo sentia isso era doloroso.

- Eu queria que ele estivesse presente.

- Eu também, ele me parece mais um homem mítico do que qualquer outra coisa.

- Acha que ele ficaria feliz por mim?

- Se ele for metade do homem que todos vocês me fizeram acreditar, então sim tanto por você quanto por Dick talvez o único arrependimento dele fosse o fato de não está presente nesses momentos.

- Acha que ele vai acordar um dia?

- Eu espero que sim. - ambos suspiraram.

- Bem eu já vou indo, passei só pra discutir isso com você. Você vai pra festa da Gaba?

- Infelizmente sim, ainda bem que não tenho que me comporta como uma estúpida.

- Sorte a sua meu pai precisou bancar o idiota por anos.

- Credo! - ambos riram de novo e Damyan se foi.

Ela levantou-se e foi em direção a cápsula de cura, ela não conseguia entender Bruce já deveria está acordado. Todos os ferimentos haviam sido curados, os exames mostravam que seu cérebro e os demais órgãos não possuíam nenhum dano que pudesse manter ele em coma por tanto tempo. E ainda assim ali estava ele como um belo cavalheiro adormecido, se fosse como nas histórias infantis ele só precisaria ser beijado, ela não se incomodaria ele era esteticamente lindo, mais quanto mais tempo passava ao lado dele o observando durante os últimos anos, ficava cada vez mais difícil pintar o quadro que todos falavam do cavalheiro de Gotham, vendo Bruce dormir ela podia imagina-lo de uma forma indefesa, indefesos eram isso que os humanos eram e ter ele desse jeito fazia ela se lembrar porque tinha que tomar cuidado o tempo todo, talvez se tivesse conhecido e vivido no que outrora era Krypton tudo tivesse sido mais fácil pra ela. Mas então ela não teria seus amigos e a família que ela formou e ela não se via mais sem eles. Isso fazia ela se sentir mais humana, - tocou em seu colar de Kryptonita azul cobalto, lembrandosse o porque de usá-lo - apesar de sua curta infância Damyan lhe contava histórias onde o Batman era o herói principal, um cavalheiro negro que agia a noite protegendo pessoas inocentes de monstros as espreita. E ali estava o herói de suas histórias infantis, dormindo em seu esplendor. Ela só conseguiu chegar a uma conclusão, se não era nenhum problema físico só o que  restava era a alma, pelo que Alfred a contou também Master Bruce como ele chamava carinhosamente sofreu perdas demais e ela chegava a conclusão que talvez essa era a razão de ele permanecer em inércia, sem dor em seu mundo de sonhos. A cápsula era programada para alimenta-lo e fornecer tudo que ele precisaria para se recuperar, também tinha um sistema de comunicação que permitia que Bruce os ouvisse, embora ela achasse que seria bem difícil ele se lembrar de tudo que ouviu e se ele acordasse ela resaria a Hera como diria Diana para que ele não se lembrasse das vezes que ela o usou como ouvinte contando tudo acontecia com todos e desabafando seus problemas. Mais apesar do risco de ele poder se lembrar, ainda assim ela queria que ele acordasse logo, não por ela que era uma desconhecida mais pela sua família que agora era dela também.

- Bruce por favor acorda logo - ela pediu com delicadeza - longe de mim querer apressar você mais sabe? Os meninos sentem sua falta, até eu sinto sua falta e olha que eu nem te conheço. Você já perdeu o casamento do Dick com a Bárbara por favor não perde o do Damyan também. Eu tenho que ir agora uma festa beneficente te conto tudo quando voltar.

- Senhorita El, seu vestido já está pronto e a cabeleireira a espera.

- Tô indo Alfred.

- Ah e Bruce? Se você quiser acordar enquanto eu volto, fica a vontade.

O que ela não sabia era que Bruce respondia em sua mente:

- Estou tentando.

ENTÃO O QUE VOCÊS ACHARAM? E QUAL SERÁ O MISTÉRIO ENVOLVENDO NOSSA PROTAGONISTA COM A FAMÍLIA KENT? ALGUÉM CHUTA? LEMBREMSSE NEM TUDO É O QUE PARECE COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS.