Era só mato e frio, sem câmeras, nem testemunhas, só eu vi um homem sem máscara entrar no quartel, será que eu piorei tudo? Oque eu devo fazer? Eu me perguntei isso por horas, porque só ele estava sem máscara? E porque ele veio até mim? Eram perguntas sem respostas, mais do que nunca eu queria fugir, mas eu não podia, eu tinha que ficar e proteger minha família, talvez eles estivessem em perigo. Depois do ocorrido uma operação foi montada pra tentar prender os ex presidiários que invadiram o quartel, todas que estavam ali foram ouvidos pelos políciais, eu não podia dizer a verdade porque eu não sei oque iria acontecer então não falei nada, um dos recrutas que estava sendo ouvido era o recruta Ramirez, o mesmo recruta que estava chorando porque queria se matar, ele não estava morto, mas estava sem metade do indicador direito, seu dedo foi cortado por um dos invasores, que segundo Ramirez, o fez de refém porque ele era o único que tinha visto eles entrarem sem ser pego de surpresa, uma história que eu achei muito estranha, mas pelo fato de ele não estar bem com seus sentimentos eu não liguei muito, ele estava meio desligado por conta de seus problemas então, eu acreditei. O comandante não deixou ninguém entrar ou sair do quartel até o dia amanhecer, enquanto a operação seguia nas ruas em busca dos ex presidiários, eu liguei para minha mãe e avisei sobre o ocorrido, disse que eu estava bem mas não sabia quando iria voltar pra casa.
No quartel todos se perguntavam como eles conseguiram tão facilmente entrar ali, foi tudo bem planejado ou nós que fomos burros? A verdade é que muitas perguntas estavam sendo feitas, uma semana depois nós teríamos a TAÇA ALVORADA para disputar, é uma espécie de "jogos olímpicos do quartel", e o comandante não viu outra opção a não ser manter a competição para tirar o foco do ocorrido. Na parte da tarde o comandante liberou os recrutas para irem embora, quando eu cheguei em casa a primeira coisa que eu fiz foi dar um longo abraço na minha mãe, nesses momentos onde as nossas vidas são postas em perigo, nós aprendemos a dar valor, e minha mãe criou eu e meu irmão sozinha, eu lembrei de tudo o que ela passou para sustentar nós, era minha vez de retribuir, mas a única coisa que eu estava dando a ela era mais preocupações, chegou a hora de mudar meu pensamento.
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ALVORADA
ActionMe chamo Bruno zuchinali, tenho 20 anos e em 2017, eu servi o exército por 11 meses, um ano que eu jamais vou esquecer, tudo foi culpa minha? Não demorou muito pra eu perder a cabeça depois da primeira morte. Em um lugar onde nada é realmente oque p...