Airplane

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     — Com licença, por acaso você seria a senhorita, ah- Para por um instante e verifica o papel em suas mãos- Senhorita Yanna Parkson ?
     — Sim, sou eu sim! Em que posso lhe ajudar? - Pergunto à aeromoça que se dirigia a mim.
     — Oh, certo! Gostaria de perguntar se a senhorita poderia desligar sua câmera fotográfica. Ela pode dar alguma interferência na hora do pouso do voo. Se a senhorita preferir, pode apenas colocá-la no modo avião. Poderia, por favor, me fazer esse favor ?
     — Nossa! Me desculpem mesmo. Não fazia ideia de que poderia atrapalhar vocês. Só estava tirando uma foto, a final de contas, a vista pela janela está muito linda com esse por do sol, não acha?
     — Não precisa se desculpar, e eu devo concordar, a vista está linda. Uma das mais lindas que já vi, e olha que estou nesse trabalho a tempo o bastante para ver vários.
A aeromoça segue seu caminho e eu fico com um sorriso um tanto quanto bobo nos lábios, apenas por saber que tive a chance de ver essa maravilhosa vista.
  Estou totalmente eufórica, estou realizando o meu sonho!

                Finalmente se tornará realidade

Nem sei direito por onde devo começar a visitar, se com o lindo rio, com as belas árvores, com as inúmeras e incríveis lojas...
  Mas eu acho que no fundo eu sei pra onde eu quero ir.
  Eu estou morrendo de fome !
  Não sou a maior fan de comida de avião, também preciso de um banho, e daqueles bem demorados pra poder tirar essas 24 horas de fedor acumulado.
   Já começo a sentir a leve turbulência que o avião da na hora de seu pouso, um pequeno frio se instala no pé de minha barriga. E não, dessa vez não é o nervosismo ou a euforia, e sim um belo resultado da comida do avião.
  Após um tempo o avião finalmente pousa, e já começo a pegar minhas malas de mão para poder sair dele.
  Assim que piso meus dois pés fora do avião, qualquer dor que eu tinha antes de esvai e o espaço é invadido pela felicidade, pelo orgulho de mim mesma por ter chegado até aqui.
  Não consigo controlar, dou um pequeno, mas mais agudo do que eu esperava, grito de felicidade. Sinto alguns olhares em mim, mas nem me importo.
Eu estou aqui.
                  Eu finalmente estou aqui!
Vou em busca de minhas bagagens. Demoro um pouco para achá-las mas acabo às encontrando mais rápido do que esperava.
  Me desculpem, mas, sinceramente, não sou obrigada a comer aqui no aeroporto em um McDonald, BK ou Bob's.
  Acho que depois de ficar tanto tempo em uma avião eu mereço uma comida maravilhosa e bem farta.
   Não conheço muito aqui mas fiz minhas pesquisas e sei alguns restaurantes que possam me deixar bem satisfeita e que não sejam tão caros, porque querendo ou não, meu trabalho só começaria mesmo daqui alguns dias, quase uma semana, para que pudesse ter tempo de conhece melhor a cidade e não me perder nela tão facilmente.
   Vou em direção à saída do aeroporto e peço um táxi. Pensei que fosse ser mais difícil mas acabou sendo fácil, as pessoas daqui são bem mais educadas que os brasileiros em certos portos.
   Peço para que me deixe no endereço de meu novo apartamento, que, por acaso, vou dividir com outra estrangeira. Achei melhor, assim não ficaria tão sozinha e teria alguém com quem dividir o aluguel. Sem contar que será uma forma de fazer uma amizade, ou não. So saberei quando chegar e a encontrar, o que não demorará muito tempo já que consigo ver a faixada do prédio um pouco mais a frente.
   Mal posso esperar, estou tão ansiosa, o que já não é muita novidade, não é mesmo ?
   Chego ao meu destino e o taxista me ajuda a retirar as bagagens do veículo então eu o pago.
     — Precisa de ajuda para levar as malas até seu apartamento, senhorita? - Pergunta-me e eu aceno gentilmente com a cabeça para os lados, indicando que não.
     — Muito obrigada, mas não. Consigo me virar daqui!- o respondo e dou um leve sorriso, voltando a seguir o meu caminho prédio a dentro.
   Adentro e vou direto na recepção para informá-los sobre quem sou e o que faço aqui.
   Mostro-lhes alguns documentos e pronto.
   Recebo um cartão para a porta, uma chave e uma senha, ambas essas últimas também para a porta.
   Sigo meu rumo aos elevadores e ele logo chega. Coloco minhas malas dentro e aperto o botão do meu andar.
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Logo o elevador para em seu destino e eu viro para o corredor a direita, seguindo caminho ao meu novo lar. Paro na porta de meu número a à olho por um tempo, apenas para decorar e não esquecer desse números.
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Decidi testar a senha, já que será a que mais usarei por saber que não sou muito boa em lembrar de pegar as chaves ou o cartão de acesso.
   Adentro o apartamento e abro um pequeno, mas singelo, sorriso.
    Olho em volta e antes de terminar sou surpreendida por um par de braços me abraçando.
     — Seja bem vinda ao seu, mas também meu, novo apartamento! Espero que possamos ser amigas! - Se afastando abraço, que eu tinha retribuído, e me olha. Ambas estávamos com um grande sorriso no rosto e eu fico mais feliz ainda por saber que ela também tem a intenção de ser minha amiga.
     — Olá! Muito obrigada mesmo! Acho q também deveria dizer bem vinda a você.- dou uma leve risada- Então: Seja bem vinda também!
   Ambas sorrimos
   — Meu nome é Yanna mas me chame de algo da sua preferencia. Eu vim do Brasil!
   Ela pra um pouco e depois da um grande sorriso e alguns pulinhos.
   — Ai meu Deus! Não acredito nisso! Eu também sou brasileira, posso não parecer por conta desses olhinhos puxados, mas eu nasci lá!
    Solto algumas risadas com sua animação e ela continua.
   — Meu nome é Yuka! Pode me chamar como quiser! Tenho 22 anos. E vc, qual a sua idade ?
   — Tenho 20, na verdade completei não faz tanto tempo. Estou aqui meio que como um presente para mim mesma.
   — Que legal! Uhm... Deixe-me ver de qual apelido fofo eu devo te chamar... - faz uma pausa e fica com uma cara pensativa, o que não poderia ser menos fofo. - Já sei ! Vou te chamar de Yannie! É fofo e combina muito com você.
   Dou um sorriso e uma pequena risada, realmente gostei do apelido.
   — Eu adorei ! E você, deixe-me pensar ... ah , vou te chamar de Unnie! Você é mais velha do que eu, nada mais justo.
   — Ah! Vou ser chamada de Unnie ! Sempre quis isso. - damos risada de sua própria cara - Vem, eu vou te mostrar o resto do apartamento e nosso quarto, também vou te ajudar a arrumar suas coisas.
   — Espera! Será que antes nós poderíamos ir a algum restaurante? Eu estou morta de fome, ou como alguns brasileiros dizem, " eu 'tô varada de fomi".
Ambas rimos com meu comentário e ela concorda dizendo que só iria trocar de roupa. Concordo e assim que ela chega saímos para poder matar o que tanto estava me matando.

Far Away From Home { JJk - BTS}Onde histórias criam vida. Descubra agora