Me queira, e queira ficar • pjm+jjk

[🦖] dinossauros

• antes de começar, tenho apenas alguns avisos importantes que não devem ser ignorados: nessa história jimin é bigênero, atende por pronomes tanto femininos quanto masculinos, mas tem um corpo biologicamente feminino; seios, xerereca e etc.

• short!fic. não vou abordar tópicos como disforia de gênero de ou transfobia, aqui gay apanha do amor, sofre pelo coração, não pela sociedade, se ligou? e outra, há conteúdo sexual explícito e linguagem inapropriada (palavrões e foda-se).

então é isso, basicamente. boa leitura, espero que gostem... e não esqueçam de deixar um votinho maroto e salpicar uns comentários aqui e ali ♡ aproveitem!

#PinhataDoAmor é a hashtag no twitter, caso alguém queira comentar algo por lá ❤🦖

capítulo 1
🦖

Jimin genuinamente gosta de crianças. Gosta de sua ingenuidade e curiosidade sobre o mundo, de como seus corações não possuem maldade e de como podem se divertir facilmente com qualquer coisa que as é dado, quando apresentado de maneira correta. Não era à toa que estava no quinto semestre de pedagogia, pretendendo se especializar em psicologia escolar.

Em sua rotina cansativa que se divide entre universidade e trabalho, por muitas das vezes são as gargalhadas dos pequenos pimpolhos que iluminam seu dia. Usava fantasias diversas, dependendo da temática da festa, podendo ser uma princesa num dia e um grande sapo no outro. E ele, sinceramente, adorava. Por algumas horas podia fugir da sua realidade e viajar junto com elas para um mundo novo imaginário, navegando em alto mar como um pirata, ou voando pela floresta, como as fadas.

Nesse dia em especial, era um dinossauro.

Usava uma fantasia que ficava um tanto larga em seu corpo, de pano fino e bem maleável, que permitia sua movimentação e não o fazia morrer de calor. Era mais como um pijama, com tons diversos de verde, tendo um capuz como a cabeça do dinossauro, e suas mãos tinham garras nada assustadoras com uma abertura na lateral das mangas, quase imperceptível, para que pudesse tirá-las da fantasia quando desejasse.

— Tio Dino... — Uma garotinha levanta a mão, sentada na grama bem aparada no quintal decorado para a festa, junto a outras crianças. Ela prossegue, assim que Jimin a permite, perguntando: — É verdade que todos os seus amigos foram mortos por um grande meteoro que caiu na terra, há milhares de anos?

Jimin congela por uns segundos, sem saber como responder a pergunta meio mórbida que faz as outras crianças, entre seis e oito anos, ficarem assustadas e começarem a perguntar se elas também morreriam esmagadas por um meteoro.

— Vou contar um segredinho pra vocês, tá bom? Mas não podem espalhar, certo? Não queremos que todos descubram o segredo dos dinossauros! — Jimin tenta contornar a situação, diminuindo o tom de voz como quem confidencia algo e se aproximando um pouco mais da plateia de crianças. — Nós não morremos! É isso que eles querem que vocês pensem. Estamos escondidos, num lugar bem, bem longe, para ficarmos protegidos e não atrapalharmos o trânsito. Somos muitos, e grandões! Precisamos de espaço. Podem imaginar um Brontossauro atravessando a rua?!

— Não! — Eles respondem em uníssono. Então, a mesma garotinha mórbida adiciona: — Ele poderia esmagar um ônibus com seus pés enormes e matar muitas pessoas.

— Bem... é uma possibilidade, mas não queremos machucar ninguém. Só não aparecemos porque preferimos andar livres e correr por um espaço beeem grandão, sem prédios no caminho e comida à beça. — Jimin diz, abrindo bem os braços debaixo daquela fantasia. — Eu e meus amigos somos muito felizes. E vivos. Mas os humanos não podem saber disso, senão, seremos obrigados a pagar impostos.