CAPÍTULO CINCO

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                           BEIJO
                            🌱05🌱

   Um tédio preenche o meu vazio. Minha mãe começa a se enturmar com algumas pessoas da nossa nova família.

— O seu filho é maior do que eu. — A mãe de Saara diz rindo com suas malícias.

   O papo começa a esquentar, o clima já era para maiores de 18 anos, resumindo picante... Até minha mãe interrompe completamente a conversa.

— Mia, vai brincar com seu novos irmãos e sua prima. — Minha mãe diz.

   Brincar?

     Estendo um sorriso falso em meu rosto e digo normalmente, como uma menina prendada, civilizada, e educada diz :

— Não quero. — Digo com um sorriso falso.

— OH, ela não quer, deixa ela aqui com a gente. — Diz Delayne.

— Não, ela quer brincar sim... Né filha? — Minha mãe me encara com seu olhar assassino.

— Acho que eu quero. — Digo e vou até a sala.

     Sento em uma poltrona do lado do sofá em que no meio estava a Saara e o Harry, já o Jimmy estava mexendo no celular com seus fones de ouvido.

— Harry isso é difícil. — Saara diz.

— Não é assim, eu já disse trezentas vezes. — Ele diz rindo e pegando o violão de sua mão.

— Violão bonito. — Digo tentando me enturmar.

— Sabe tocar? — Harry diz me olhando.

— Um pouco... Minha irmã me ensinou um pouco. — Digo.

— Quer tentar ? — Harry diz.

— Não Harry... Você não ia me ensinar a tocar? — Saara o interrompe.

— Desculpa te informar, Saara, mas você não nasceu para isso. — Ele diz em um tom de voz brincalhão, assim, ele me entrega o violão.

     Coloco o violão em meu colo, lembro da música em que eu e minha irmã tocava todas as noites, Home - Gabriela Aplin.

[...]

[...]

— Uau... — Harry diz aplaudindo.

Algumas lágrimas caiem sobre o meu rosto, a saudade é uma coisa que não tem medida, é um vazio que só pode ser preenchido por lembranças... Não consigo controlar as minhas lágrimas.

— Tão Sen-sí-vel... — Saara diz revirando os olhos enquanto eu ia para outro local no qual não existia gente.

Sento em uma escada onde dava de frete à uma sala de jogos e uma piscina imensa, realmente a casa da Delayne é super grande. Ah, irmã... Você não sabe a saudade que eu sinto de ti, e se soubesse ficaria com pena de mim.

— Mia? — Harry senta ao meu lado.

— Oi, Harry! — Enxugo minhas lágrimas.

— Está tudo bem? — Harry diz.

— Acho que não, né? — Digo brincando.

— É... Você tem razão, que pergunta idiota. — Harry diz. — Você canta bem.

— Obrigada. — Digo abrindo um sorriso em meu rosto.

— Se emocionou, né? — Ele diz e concordo com a cabeça. — Deixa eu ver... — Ele pensa um pouco e diz. — Sua irmã, estou certo?

— Sim... Ela morreu a três ano atrás, sinto falta dela. — Digo, minhas lágrimas surgem novamente.

— Ela se orgulharia de você. — Harry diz me animando.

— Eu a admiro, ela sempre quis ajudar as pessoas. — Digo tendo orgulho de minha irmã.

— Ela deveria ser uma ótima pessoa. — Harry diz e limpo meu rosto. — Bem, quer jogar sinuca?

— Ah, não sou boa. — Digo rindo.

— Você disse isso no violão também... Vamos, qualquer coisa eu te ensino. — Harry diz se levantando.

    Harry estende uma mão para me levantar e me levanto. A mão de Harry era macia, como se fosse uma mão de Bebê com locução hidratante.

— Olha, você vai se arrepender de querer jogar comigo. — Falo rindo.

    Harry organiza as bolas no devido lugar, pega um taco e me entrega.

— Você tem que acertar a cor azul. — Ele diz.

— Entendi. – Falo tentando mirar na bola preta até a bola azul, mas foi um fracasso, tento novamente, mas erro de novo.

— Deixa eu te ajudar. — Harry vem até mim.

— Eu não sei... — Harry pega o taco de minha mão. Ele se Posiciona atrás de mim. — Jogar. — Completo a frase.

       O corpo de Harry estava colado ao meu, um frio permanece em meu corpo, ele literalmente estava invadindo minha zona de "privacidade". Harry ajeita o taco em minha mão e mira na bolinha azul, fazendo um ponto.

— Olha, Conseguiu. — Digo comemorando.

— Você conseguiu. — Ele dá uma pequena risada.

    Harry continua com o corpo colado em mim, me viro para ele. Meu corpo é prensado contra à mesa de sinuca, Harry posiciona sua cabeça para mais perto de mim, nosso sorrisos vão diminuindo, até nossos lábios se encontrarem.

    Um beijo calmo e delicado, a cada segundo ia aumentando nossa velocidade, deixo cair o taco em minha mão. Harry me segura, me posicionando em cima da mesa da sinuca, nosso beijos vão se desencontrando, indo para outras estações do corpo.

      Solto um pequeno gemido após de Harry passar sua Língua em meu pescoço, Passo minhas unhas em volta de seu pescoço com delicadeza.

— Ah Mia... — Harry diz. — Esse é meu ponto fraco. — Harry acaba de dizer e escuto alguém abrindo a maçaneta do salão.

   Rapidamente se separamos e o pequeno Jimmy aparece sem notar que nós estamos lá, graça ao seu pequeno celular.

— Jimmy... — Harry diz com algumas marca de batom minha.

— Você está sujo de batom, Harry. — Sussuro.

— Ah estou? — Harry diz. — Sabe o que isso quer dizer? ... PISCINA. — Ele diz me carregando no colo e me jogando na piscina junto com ele, Jimmy vem correndo até nós, e entra também na piscina.

O filho do meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora