CAPÍTULO DEZESSETE

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                                 🌱17🌱
                    O  CasaFoda

    Peter havia combinado comigo para treinar, meu primeiro treino de futebol americano. Eu sempre assistia os jogos e percebia que sabia o que fazer, sentia raiva quando o jogador não sabia jogar corretamente.

— Mãe, tenho que ir. — Falo rapidamente.

— Vai correr? — Ela repara em meu visual esportivo.

— Vou correr com a Ravena. — Digo.

— Quero muito a conhecê-la. — Minha mãe diz secando os pratos.

— Você a conhecerá. — Digo fechando a porta até encontrar o jardim todo colorido.

— Que lindo. — Digo reparando para algumas mudas que provavelmente Jimmy e Harry havia plantado.

— Magnifico. — Jimmy faz um gesto como se fosse um italiano admirando sua própria obra.

— Oi... — Harry diz até mim.

— Oi. — Digo abrindo a porta do carro.

— Talvez nós não tínhamos conversados direito no quarto, peço desculpa pela minha ignorância. — Harry diz coçando a nuca.

— Você não foi ignorante, mas admiro seu respeito. — Digo ligando o motor do carro de minha mãe.

— Vai aonde? — Ele diz olhando para o parabrisa.

— Correr com a minha amiga, Ravena.

— Correr é sempre bom... — Ele diz e sai de perto do carro no qual eu dou a partida com o carro.

     Passo por uma casa e visualizo Harry com um sinal de "para". Estaciono o carro e ele vem correndo até a mim.

— Que tal nos saímos por aí. — Harry diz e concordo com a cabeça. — Só amigos...

— Pode ser. — Digo sorrindo.

— Então tá. — Harry diz.

••••••••••••

Bato algumas vezes na porta e Peter abre a porta rapidamente.

— Vamos logo! — Ele diz tentando sair de casa o mais rápido possível.

— Vamos a onde? — Digo entrando no carro.

— Vamos treinar, né? — Ele diz.

— Eu sei... Mas a onde? — Digo ligando o som do carro.

— Em um campo. — Ele diz e concordo com a cabeça.

Depois de alguns minutos, passamos por um bosque de carro.

— Nossa, minha bunda está ficando quadrada. — Digo com um tom de voz brincalhona.

— Quer dirigir um pouco?

— Dirigir... Eu? — Digo. — Eu não sei dirigir.

— Eu te ensino. — Peter diz e troco de lugar com ele. — Eu passo a macha e você fica no volante.

Consigo dirigir normalmente, toco no assunto.

— Você e a Jenny terminaram? — Digo e Peter solta um pequeno sorriso.

— Sim.

— Desculpa em te falar, mas ela era uma víbora. — Digo e ele cai na risada.

— Talvez sim, mas a amei muito. — Peter diz.

Confesso que fico com um pouco de raiva, como ele pode amar uma garota que o fazia de gato e sapato, o traia... Apesar que Peter também era um garoto "Galinha".

— Eu não gosto dessa garota. — Digo.

— Mia! — Peter diz.

    Até uma garota aparecer na frente do carro.

— Freia!!! — Peter diz encaixando seu pé no pedal do freio.

— Jenny? — Digo.

— O que você fez, Mia? — Peter sai do carro para ver se Jenny havia se machucado.

— Acho que torci o pé! — Ela gemia de dor

— Calma, vai ficar tudo bem. — Peter diz a carregando no colo.

— Não! — Ela grita para ele recuar.

— Foi sem querer. — Digo não acreditando o que havia ocorrido.

— Precisamos levá-la para o hospital imediatamente. — Peter diz preocupado.

     Dava para perceber que Peter ainda era apaixonado pela Jenny.

— Eu não tinha visto o carro, estava correndo como eu sempre fazia por aqui. — Jenny diz chorando.

— A culpa não foi sua. — Peter diz a  carregando até o carro.

— Eu... Acho melhor ir até minha casa. — Digo.

      O hospital era o lado oposto até minha casa... Seria bem longe andando a pé.

— Okay. Preciso levá-la o mais rápido possível até o hospital. — Peter diz deixando cair algumas mechas pequenas de cabelo em sua testa.

— Peterzinho, precisamos ir. — Jenny diz.

— Eu vou andando até minha casa, então. — Digo o encarando.

— Tá legal... — Ele diz agachando a cabeça e indo para outra direção com o carro.

     Peter sai com toda a velocidade possível do lugar com o carro deixando a poeira impregnar em meus cabelos e roupas.

     Confesso que fiquei um pouco ressentida por Peter nem ligar se eu iria a pé até em casa, mas fazer o que?

    Peter e Jenny, Jenny e Peter... O casal foda...

— E corta! — Amélia diz atrás da árvore.

— Aí que susto! — Digo. — O que está fazendo aqui, doida?

O filho do meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora