CAPÍTULO ONZE

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Uma conquista
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— Eu não acredito que você ficou amiga da Amélia. — Kiara diz me acompanhando no corredor da sala.

— E qual é o problema ? — Digo não desviando do meu foco; chegar ao banheiro masculino... é isso mesmo que vocês "escutaram".

— Calma, você está andando muito rápido. — Ela diz tentando entrar no meu ritmo. — Qual é o problema? — Ela diz com um tom de voz sarcástico. — Ela é esquisita. — A interrompo.

— Defina o que é esquisito ... — Digo e ela permanece em silêncio.

— Você vai ferrar com o nosso grupo. — Ela diz e paro no meio do caminho para dá uma basta nessa hiprocrisia.

— Que grupo? — Digo. — FALTA UM ANO PARA NÓS SE FORMAMOS. — Digo. — Você acha que depois disso vai existir a mais popular e a nerdzinha ... NÃO! Acorda, a vida não é assim, vê se amadurece um pouco. — Digo indo em direção ao banheiro masculino, mas retorno à falar. — Além do mais, você nunca fez parte do nosso "Grupinho". — Digo dando aspas.

     Entro no banheiro masculino, as reações dos garotos me encarando como se eu fosse uma " Doida ", era a melhor.

— Mia ? — Bryan, um dos melhores amigos de Peter diz.

— Mia, o que você está fazendo aqui ? — Peter diz sem entender nada.

— Eu preciso falar com o seu treinador. — Digo.

— E... falar o quê ? — Ele diz com uma cara não muito boa.

— Eu quero entrar no time de vocês. — Digo.

     Um silêncio entrava no banheiro, como se Jesus estivesse lá por alguns segundos, até os garotos caírem na gargalhada.

— Ah tá, Mia para mim Mia! — Um diz e Peter o repreende.

— Dá para calar a boca ! — Ele diz enfurecido. — Você ficou maluca ? — Ele diz segurando o meu braço. — Venha comigo. — Ele diz me retirando no banheiro.

— Não... Eu não vou sair do banheiro antes de falar com o treinador.

— Mia! Aqui é um banheiro masculino. — Ele diz perdendo a paciência.

— E você com isso? — Digo. — Até parece que tem algo de mais para ver aqui. — Digo e alguns garotos ficam ofendidos, bem ... É o que eu penso.

— Não vou pedir para você se retirar novamente. — Ele diz.

— Peter, quem você pensa que é ? — Digo e ele me encara de perto.

    Parecia que iria rolar algo ... Talvez uma briga, ou até mesmo um beijo. Nada é impossível.

— O que está acontecendo aqui ? — O treinador aparece no banheiro e me observa. — Mia ?

— Eu preciso falar com você. — Digo o encarando.

— Aqui não. — Ele diz olhando para os cantos. — Venha para minha sala.

•••••••••••••

     Na sala do treinador era tudo mobiliado com móveis velhos de madeiras, deixando a sala um pouco deselegante, mas ao mesmo tempo clássica dos anos 80.

— Eu ainda não entendi do Peter participar da nossa conversa. — Digo encarando o Peter que estava perto da porta.

— Licença, eu sou o sócio dele. — Ele diz com um tom de voz debochado.

— Verdade Mia, mas agora você pode falar. — O treinador no qual era um pouco gordinho diz se ajeitando na cadeira.

— Senhor... — Leio a placa que estava escrito o nome dele em que estava em cima de sua mesa. — Senhor Rogger ... Du... Dubhaun — Tento dizer o nome dele.

— Rogger  Dibahaun. — Ele diz com facilidade.

— Nome bonito. — Minto.

— Obrigada, Prossiga ... Eu não tenho todo tempo do mundo.

— Eu vim aqui fazer uma proposta ... Eu quero participar do time. — Digo.

— Ah, eu não sou o treinador de líderes de torcidas ... Isso é com sua amiga... — Ele tenta lembra o nome da garota que é responsável pelo time e Peter o interrompe.

— Jenny. — Ele diz e o treinador concorda.

    Solto uma pequena risada...

— É ... Ela não é minha amiga, mas isso não vem ao caso. — Digo e respiro profundamente. — Eu quero participar do time masculino, o Futebol Americano.

     A sala é preenchida pelos ataques de risos do treinador e Peter balança a cabeça negativamente, até alguém começa um diálogo.

— Você está de brincadeira, né ? — Peter diz.

— Então... Você vai deixar ? — Digo com algumas esperanças.

— Claro que não ! — Peter diz, mas o interrompo rapidamente.

— Não estou falando com você. — Digo impacientemente.

— Mas eu sou o sócio dele, tudo o que ele fizer eu tenho que concorda. — Ele diz me olhando fixamente.

— Olha... Eu quero muito entrar para o time masculino. — Digo olhando para o treinador, implorando.

Ele respira fundo e diz com uma mão na cabeça.

— Isso é uma loucura, acho que a resposta é não. — O treinador diz e Peter concorda.

— Mas treinador, não existe nada escrito nas regras que não Poderá ter a participação de meninas no time. — Digo. — E se você recusasse cairia muito mal para uma escola que apoia a justiça ... Imagina, Escola Puurple Machista. — Digo.

— Isso é uma chantagem ? — Peter diz com uma cara não muito boa.

— Peter, fica na sua... — Treinador me interrompe.

— Chega você dois ... Olha aqui Mia, ninguém me chantageia. — Ele diz dando uma pausa. — Eu deveria mandar você ir embora dessa sala, mas você me lembra muito a minha filha, Mandona. — Ele dá uma risada. — Peter pode treinar você por um mês, e se ele acha que seu rendimento está bom... Pensamos no caso.

— Então isso é um sim. — Digo feliz.

— Depende se você se esforçar. — Ele diz e vou até ele o abraçando.

— Isso é uma loucura treinador. — Peter diz.

— Tá bom Mia, chega! — Ele diz se afastando de mim.

— Peter, amanhã de manhã você vai treinar com a Mia, Mas ninguém pode saber disso. — Ele diz claramente. — Ou então tudo vai para água abaixo.

— Acho que vai ser difícil, Mia só anda ocupada. — Peter diz com uma cara não muito boa.

Parecia que ele estava irritado com alguma coisa.

O filho do meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora