CAPÍTULO DEZESSEIS

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      Sinceridade
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Entro no quarto e tento imagina, o que eu faria... Me pergunto, "O que a Jenny faria?"

— Você pode se deitar. — Digo.

     Ele dá uma risada intensa,

— Então, você é nova por aqui. — Ele diz pegando um drink e colocando em seu copo. — Quer? — Ele me oferece.

      Meu subconsciente diz para não aceitar e concordo plenamente com ele... Chega de fazer merda!

— Quero. — Respondo.

    Mia, mas que merda!

— Eu não quero fazer nada que você não queira fazer. — Ele diz sentando na poltrona. — Gostei de você.

— Mas nós nem conversamos direito. — Digo.

— Exatamente... Pelo seu simples "oi", já me agradou. — Ele diz e sento ao seu lado. — Eu sou policial, sabia?

— Mia, temos que ir. — Amélia bate na porta. 

— Não, você está me contando agora. — Digo e pego minha bolsa.

— Podemos nos encontrar mais vezes? — Ele diz me encarando. — Eu te pago uma bela fortuna só para te ver... Somente.

— Você estaria disposto? — Digo sabendo que nunca mais entraria naquele bordel.

— Mia! — Amélia grita.

— Eu faria tudo para te ver. — Ele diz com um sorriso no rosto.

    Aquelas palavras entraram em meu coração, como um homem consegue ser tão direto e tão seduzente ao mesmo tempo. Não que esteja louca por ele.

   Vou até ele correndo e o beijo rapidamente, eu só beijei por impulso nada a mais, até por que eu NUNCA MAIS IREI O VER DE NOVO. Talvez ele não tenha sentido nada naquele beijo. Bem... Eu não senti nada.

  Abro a porta e encontro Amélia parada com uma cara não muito boa.

— Ah desculpa se eu atrapalhei sua transa. — Ela diz com um tom de voz debochado. — Nossas mães estão ligando para escola desesperadas e querem saber aonde nós estávamos.

— Minha mãe não pode saber que eu estou aqui. — Corro até o carro de Amélia.

— Muito menos a minha. — Ela diz acelerando com o carro.

— E então, ele é bom na cama? — Amélia diz e sorrio.

— Ele não fez nada. — Digo sorrindo.

— Ah, que chato. — Ela diz.

— Eu o beijei. — Falo.

— Você o quê? — Amélia diz chocada. — Isso aí menina, atitude.

— Ele tem um cheiro bom. — Digo.

— Aquilo é um "homão da porra" — Amélia diz com toda certeza.

— Ele disse que daria uma fortuna só para me ver. — Digo.

— Menina, ele é um dos cara mais ricos da cidade. — Ela diz.

— Bom... Eu nunca mais o verei também. — Digo.

— Bom, isso nós vamos ver. — Amélia diz.

— Credo Amélia, ele tem quase o dobro de minha idade. — Digo exagerando.

— Quando se trata de amor, não tem idade nem hora. — Amélia diz.

       Chego em casa, tarde.

— Tenho que ir. — Amélia diz estacionando o carro perto de minha casa.

— Amélia, eu me diverti muito com você.

— Então podemos fazer mais vezes. — Ela diz.

— Ok, nada de bordel. — Sussurro e ela acena com a cabeça como se fosse um "Okay".

      Ela se retira com o carro e minha mãe aparece na porta me esperando com uma cara emburrada.

— Mia, o que você estava pensando? — Minha mãe diz. — Onde você estava? Eu liguei para escola e eles disseram que você havia brigado com uma aluna e não compareceram à diretoria. — Minha mãe suspira e passo por ela. — Não vire as costas para mim mocinha.

— Oi, mãe. — Digo exausta. — Me desculpa, isso não irá se repetir.

      Falo subindo até ao meu quarto, pego meu notebook e tento pesquisar tudo sobre essa montanha Wonderuh, equipamentos e tudo mais.

      Alguém abre a porta e fecho rapidamente o Notebook, não quero que minha mãe saiba que irei escalar a montanha Wonderuh no qual minha irmã morreu. Ela não gosta que toco nesse assunto.

— Harry? — Falo.

— Oi. — Ele diz se direcionando até a mim e com isso ele beija a minha nuca. — Que cheiro é esse?

— Que cheiro? — Digo.

— Esse cheiro de perfume masculino. — Ele diz e começo a digitar no Notebook. — Mia?

— O que foi? — Digo.

— Olha, eu... Não falo com nenhuma garota por você. — Ele diz e fico confusa.

— Mas Harry, nós não temos nada. — Digo.

— E com vocês senhoras e senhores... Mia, a mais sincera da turma. — Ele diz saindo do meu quarto e o repreendo.

— Harry.— Digo. — Você não está chateado comigo, né?

— Por que eu estaria? — Ele diz com um sorriso forçado e sai do meu quarto.

Harry, eu quero você... Mas não posso.

MINHA MELHOR AMIGA É COMPLETAMENTE APAIXONADA POR VOCÊ, e você é meu "meio" irmão.

     Recebo uma ligação, era o Peter.

— Alô? — Digo.

O filho do meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora