IX

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Mell correu para abraçar Matheus, ela ainda estava assustada com tudo que aconteceu.

— Fica comigo, pro favor! – implorou.

— Bem que eu queria. Mas eu vou ter que estudar no Internato de Minori. Infelizmente.

Mell abaixou o olhar e pensou em algo.

— Já sei!

Correu a procura da irmã, que estava comendo.

— MALUB! – gritou Mell.

— Que quê isso garota? Quer me matar?

— Desculpa. Preciso da sua ajuda.

Mell apoiou sua mão no ombro de Malub para recuperar o fôlego.

— Fala.

— Sabe o Matheus? Então... Ele vai pra Minori mas ele não quer e nem eu.

— E o que tenho que fazer mesmo? Que não me arranje confusão.

— Simples! Preciso que você abrigue Matheus aqui no nosso castelo.

Malub quase se engasgava com a comida.

— Está doida?

— Soube que tem um porão aqui... Também esse porão já foi usado para abrigar pessoas.

— Como soube disso?

— Digamos que eu andei explorando este castelo de cima a baixo. – falou com um sorriso cínico.

— Hum... Vou te ajudar. – Mell deu pulinhos de alegria. — Mas lembre, se alguém descobri você que é a culpada.

— Ninguém irá descobrir, te garanto.

Mell garantiu firme, só não sabia que estava errada quanto a isso.

* * *

Anna prometeu se vingar de Malub por ter destruído sua família e pra isso, sua única solução é ficar ao lado dos inimigos.

— Malub!

Malub se assustou novamente, colocou a mão no coração para garantir que ainda estava batendo.

— Hoje todo mundo resolveu me assustar? – se perguntou. — Que é?

— Eu queria te pedir desculpas por todo aquele engano. Só lhe peço que me ajude, não tenho nada! Nathanael me abandonou. – pediu com uma voz manhosa, igual quando uma criança faz para pedir algo aos pais.

— Está desculpada. Só não sei como posso te ajudar! – Malub disse cruzando os braços um pouco desconfiada.

— Eu posso fazer qualquer coisa, posso ser sua criada.

Malub riu.

— Não precisa, já tenho muitas criadas. Mas... Tem uma coisa.

— O quê?

— Eu vou criar um negócio novo, você pode me ajudar quanto a isso.

Anna viu uma oportunidade crescendo ali, uma oportunidade de acabar com a felicidade de Malub como Malub acabou com a dela.

— Que negócio?

— Uma loja. Meu sonho sempre foi ser dona de uma loja. Você pode me ajudar, eu ofereci que Mell me ajudasse mas aquela chata não quis.

— Então pode contar comigo. – disse dando pulinhos de alegria.

— Meninas.

Uma voz por trás chamou atenção de Malub, assim que se virou se deu de cara com Tomás, o mesmo que queimou sua casa.

— Você quem é? – pergunta Malub.

— Sou o um dos guardas. Estou a procura de João, o seu pai.

— Ah sim.

Anna ficou à espera de Malub para lhe dar as informações, ela não sabia o que faria, se seria uma faxineira, ou vendedora. Enquanto, Malub e Tomás trocavam olhares.

— Eu sei onde ele está, venha comigo. – disse Malub tentando evitar olhares.

— Certo.

— Anna depois se falamos.

— Está bem. – disse sorrindo.

Malub e Tomás foram atrás de João porém ele não estava onde Malub tinha certeza que ele estava.

— Onde será que ele se meteu? – perguntou-se descendo as escadas.

— Será que ele saiu?

— Acho que não!

— Algum problema? – pergunta Levi entrando na sala.

— Você viu o papai? – pergunta Malub.

— Eu vi ele no jardim, deve está fumando seu cigarro como de costume.

Malub olhou para Tomás envergonhada com o jeito e nojo que Levi disse, Levi tem nojo pelo fato do seu pai fumar todas as noites, mas é algo normal

— Obrigada maninho.

Ela foi até o jardim com Tomás, e João estava lá só que caído no chão, com a cabeça em cima de uma poça de sangue.

Tronos Em Guerra [ATUALIZANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora