Capítulo 18: o passado pt. 2 (um ano antes)

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Maddie's POV

1 ano antes.

- Ah, a água está pelando! – Gritei quando a água quente entrou em contato com a pele de meu tronco e, pela porta aberta, ouvi a risada gostosa de Oliver.

- Ainda bem que eu não estou aí, senão você estaria derretendo! – Disse ele, entrando no banheiro e se apoiando ao batente da porta, olhando-me de cima a baixo.

- Por que você não tenta? – Sorri para ele, chamando-o com o indicador.

Mordeu o lábio inferior, enquanto ainda me olhava, parecendo pensar demais sobre minha proposta irresistível. Depois balançou a cabeça, afastando algum pensamento com uma risada baixa e rouca.

- Não demore ou vamos perder a reserva. Deus sabe como o Le Bristol Paris não perdoa atrasos – estalou a língua antes de me dar as costas, mas meu grito o impediu de sair do banheiro.

- Não acredito! – Cobri a boca com as mãos. – Le Bristol Paris?! Sério? É para lá que vamos?!

- Droga! – Praguejou. – Era para ser surpresa!

- Eu estou surpresa! – Abri um sorriso. – Não demoro mais que cinco minutos, eu juro!

Ele piscou para mim e saiu do banheiro.

Terminei o banho rapidamente, enrolei-me na toalha e parei à porta do banheiro.

- Eu não sabia que um professor universitário podia pagar um almoço num dos melhores restaurantes de Paris.

- Não, não, eu esperava que você dormisse com o gerente – brincou.

Soltei uma risada, balançando a cabeça.

- Bom, leve o dinheiro. Se ele for gatinho, quem sabe você não precise de sua carteira hoje – pisquei para ele e voltei para dentro do banheiro. – Pega uma roupa para mim? – Pedi antes de ligar o secador de cabelo.

Pelo espelho, vi-o levantar de minha cama e ir em direção ao meu closet e sumir lá dentro por alguns minutos. Meu cabelo já estava seco e eu passava um pouco de óleo vegetal nele quando Oliver saiu de lá carregando uma blusa de tule e uma lingerie preta.

- Eu não vou usar isso no Le Bristol Paris. – Arqueei uma sobrancelha, encarando-o pelo espelho.

- Ah, eu não consegui escolher uma roupa para você. Peguei isso aqui por que esperava que você dançasse um pouco para mim antes de irmos.

- Você é um pervertido – sorri.

- Você é a mulher mais linda desse mundo, eu não consigo me controlar. – Deu de ombros, jogando as peças de roupa em algum canto e veio até mim, tirou minha toalha e me beijou.

Senti meu corpo arrepiar com seu toque. Eu me sentia viva com ele.

Oliver foi o único cara que eu conheci que não me tratava como uma adolescente idiota. Ele me viu como eu era desde a primeira vez que nos encontramos. Amelie, uma de minhas melhores amigas, já frequentava a faculdade e, quando descobriu que teria uma aula de literatura inglesa em seu primeiro período, chamou-me para assistir com ela, porque, claro, eu sou apaixonada por Austen e Dickens. E, algumas aulas depois, mesmo não sendo aluna, eu tive que interromper o discurso interminável daquele professor arrogante para argumentar. Depois daquela aula, o professor veio me perguntar se eu podia dar meu ponto de vista sobre alguns detalhes de sua tese de doutorado.

Três dias depois eu estava embaixo dele numa cama extremamente confortável num dos hotéis onde minha mãe era cliente VIP.

- Se eu começar, não vou conseguir parar, então é melhor a gente ir – ele murmurou contra meus lábios. Soltei uma risadinha, derretendo por saber que eu era tão irresistível para ele.

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