Estou eu a me esconder do mundo
Para zelar assim meu eu sagrado
Para que torne-se, este, o meu fado
Posto que em mim é o que há de mais profundo
E não é pouco o que me cabe, não confundo
O que me basta é o que me faz afortunado
Contendo a mim, me faço contentado
E de mim mesmo, assim, então me inundo
Nada é tanto quanto o que contenho
Dentro de mim a eternidade tenho
E o que mais eu poderia, enfim, querer?
Por isso busco e buscarei confinamento
Pois nele é onde encontro o entendimento
Quando fecho os olhos para, enfim, me ver!
VOCÊ ESTÁ LENDO
LIVRO DO POETA
PoetryMEU CANTO Eu escrevo a vida e o que sinto Nas linhas onde vivo e onde passo Se triste, alegre, quando penso ou por instinto Se completo e quando me falta um pedaço Quando me cegam e quando eu sou frustrado Quando me calam e quando sou apagado Quando...