4. treehouse

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— Eu já estou cansado, a gente não pode voltar e ai você deixa eu te fotografar?

— Não, já estamos chegando.

Eddie bufou, os dois estavam na floresta ainda perto de sua casa, e Richie não parou de reclamar um segundo sequer. Após andarem mais um pouco Richie pôde ver uma grande árvore com uma casinha de madeira em cima, parecia que não entrava gente ali há muito tempo, mas ela ainda continuava bonita.

Eddie sorriu e largou a mão de Richie, correndo até a escada e subindo na árvore, Richie fez o mesmo, e ao entrar na casinha ele se deparou com alguns enfeites e fotos grudadas na parede de madeira.

— Não é legal?

Eddie perguntou eufórico, e Richie assentiu com a cabeça enquanto continuava olhando as fotos que ele conhecia muito bem, afinal ele havia tirado a maioria delas, mas nem todas, pois alí tinha uma foto dele ainda pequeno e sem camisa e ele com certeza não havia tirado, ao ver a feição confusa do garoto, Eddie sorriu e disse brincalhão:

— Hoje não foi a primeira vez que eu tirei fotos suas, Trashmouth.

— Hm, tu deve ter batido muita punheta vendo essa foto, né?

Sem ligar para as bochechas coradas de Eddie, ele continuou olhando as fotos grudadas na parede, arregalando seus olhos ao ver uma em especial: a foto do pequeno Edward com seus doze para treze anos, vestido no seu típico short vermelho e com seu braço ainda engessado. Richie lembrou que foi uma semana após a partida de Beverly para Portland, e que Eddie estava indo com ele até a pedreira, para ver se ele tinha realmente o dom para tirar fotografias.

— Puta merda, Eddie, eu lembro dessa foto, eu tirei com a primeira câmera que eu ganhei! — ele desviou o olhar para Eddie durante um rápido segundo, logo voltando a admirar a fotografia. — Foi a primeira foto que eu tirei de você...

Eddie sorriu tímido e, um tanto envergonhado, pôs suas mãozinhas no ombro de Richie, ficando na pontinha de seus pés e deixando um beijo estalado em seu queixo.

— Eu sei, foi por isso que eu guardei ela.

Richie sorriu e andou até a espécie de varanda da casinha e se sentou com suas pernas para fora da mesma. Eddie caminhou os pequenos passos que o separava de Richie e sentou ao seu lado apoiando sua cabeça no ombro dele, que imediatamente tratou de acariciar seus cachos com a mão direita, enquanto a outra ele entrelaçou com a mão pequena do Kaspbrak.

— Eds? — O chamou depois de um tempo em silêncio e ouviu um murmuro como resposta, e embora ele tenha treinado suas palavras durante essas duas semanas, as mesma simplesmente saíram em disparada de sua boca. — Sabe... Eu realmente não sei, não sei mesmo o que você vê em mim, por qual motivo você gosta de mim, e acho que nunca vou entender como nós estamos juntos, — Richie fez uma cara confusa, pois eles não estavam juntos oficialmente, e isso fazia ele querer dar um soco no seu próprio rosto. — e pode parecer um puta drama, mas aquelas duas semanas foram as semanas mais longas e sem graça da minha vida sem você por perto, eu só queria estar com você, Eds, mesmo que seja em uma casa na árvore velha, cheia de formigas que estão mordendo até meu rabo, mas isso não importa, o que importa é que eu estou com você.

Eddie riu baixinho e Richie se permitiu apreciá-lo, mas logo continuou:

— Eu já deveria ter feito isso há muito tempo, mas... Você quer ser meu pititico? Quer ser, oficialmente, o meu namorado?

Apesar do sorriso de Richie, Eddie o olhou triste, e o que disse em seguida fez ele sentir seu coração quebrar.

— Desculpa, eu não posso...

— O quê? Por quê não? Você está brincando, né?

Eddie continuou com o olhar triste, e Richie sentiu uma ligeira pontada no coração, mas logo o pequeno riu.

— É óbvio que estou brincando, seu idiota, — disse sorrindo. — eu só queria ver sua reação.

Eddie riu baixinho, e após beija-lo, ele fez questão de aconchegar seu rosto do pescoço de Richie, este que abriu o maior sorriso que já dera em sua vida enquanto apertava o pequeno contra o próprio corpo.

Richie ainda com Eddie em seu peito, pegou uma fitinha vermelha que ele havia colocado no bolso, e a amarrou no dedinho anelar do pequeno, e fez o mesmo no seu dedo, ele nem precisou dizer à Eddie pois ele já sabia o que significava. Eles estavam amarrados um ao outro para sempre.

— Que coisa fofa, o que deu em você, Richie?

— A culpa é sua, você que me transformou em um idiota apaixonado.

Eddie riu baixinho meio envergando, e apoiou a cabeça no ombro do Tozier novamente enquanto brincava com a fitinha vermelha, se há alguns anos atrás alguém dissesse o quanto ele amaria Richie e a quantidade de momentos bons que teriam juntos o pequeno certamente iria rir e dizer o quão insano a pessoa é, mas sim, ele estava apaixonado por Richie, e agora estaria ligado à ele por uma linha vermelha até o fim de seus dias, e aquilo não podia ser melhor.

— Eu posso te fotografar agora?

— Pelo amor de Deus, Richard. — Ele riu e logo o beijou, mas no fim das contas ele deixou Richie o fotografar, ele sempre deixou e sabia que isso não mudaria.

é isso, acabou

muito obrigada por lerem até aqui.

Summer Photos • ReddieOnde histórias criam vida. Descubra agora