14/09/1985

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Em algum lugar do mundo, estava Letícia num hospital, prestes a dar a luz ao seu primeiro filho. Não fazia muito tempo desde a bolsa ter estourado. A criança estava chegando...

Doutor: E-Espere um pouco... RÁPIDO, TIREM O BEBÊ DE DENTRO AGORA! NÃO TEMOS MUITO TEMPO!!!
Letícia: O QUE ESTÁ HAVENDO??
Doutor: Senhora, seu filho está sendo sufocado pelo cordão umbilical... Eu preciso que a senhora mantenha a calma...
Martha: CALMA? COMO EU POSSO FICAR CALMA COM UMA COISA DESSAS? *gritos de dor altos*
Doutor: Estamos fazendo o possível para o tirar daí...
Martha: Ah merda, cadê aquele filho da pu... o Ivan uma hora dessas...
Letícia não estava mais aguentando, ela olhava pra um lado e para o outro, várias e várias vezes. Ao olhar pra direita pela 5° vez, na janela ela viu um homem de terno preto e máscara. A máscara era de um crânio de coelho, um coelho amarelo. Era perturbador.... Mas isso não importava.
Doutor: CONSEGUIMOS!! ANDEM, CORTEM O CORDÃO!!!
Os doutores cortaram o cordão e conseguiram manter a criança viva. Eles o entregaram aos braços da mãe, que ainda sentia um pouco da dor. Ao o segurar, ela viu as marcas no pescoço dele, parecia ser bem sério. A criança estava quieta, recuperando fôlego perdido.
Martha: Ele é tão lindo...
*todas as luzes se apagam*
Martha: Tinha de faltar luz logo agora... Doutor o que... Doutor?... Olá?
A sala estava em completo silêncio, devia ter pelo menos alguma luz de emergência acesa, mas não, tudo era completa escuridão. Ela não conseguia ver seu filho, apenas o sentia em seus braços. No corredor começou a surgir uma luz vermelha...
Martha: OOOOI, ESTAMOS AQUI!! PRECISAMOS DE AJUDA!
Silêncio... Só se ouvia o silêncio... A luz vermelha começou a se aproximar... Ao olhar pro outro corredor também viu uma luz vermelha se aproximar. Dois dois corredores vinham luzes, bem lentas. As luzes sumiram e as portas se abriram ao mesmo tempo e se fecharam de um jeito barulhento. Depois só se ouvia passos vindos na direção de Letícia.
Letícia: O-Olá?
Do lado esquerdo ela sentiu alguém segurar seu ombro e do lado direito, sentiu alguém se sentar próximo. Na sua frente, algo começou a segurar seus pés... 3 luzes se ascenderam vermelhas se ascenderam em cada um dos seres. Lá ela pode ver que quem segurava seu ombro era um homem alto, usando uma cartola que parecia ser dez vezes maior que ele. Do lado direito, sentado em uma cadeira, ela viu o que parecia ser uma estátua de palhaço. E na sua frente, havia um ser de aparência demoníaca, era alto, negro, espinhos por todo o corpo, rachaduras que mostravam seu sangue ardente, sem olhos e no mínimo, 7 bocas em todo o corpo.
Zalgo: Meus parabéns pelo seu primeiro filho, Letícia!
Martha: O quê? Quem são vo...
O homem de cartola tapa sua boca com a mão.
Zalgo: Continuando... Meus parabéns pelo seu filho! Sabe, eu sempre quis ter um filho. Me chamo Zalgo, o demônio corrompedor. Este ao seu lado esquerdo, é Stivan, o demônio da depressão, mas nós o chamamos de homem da cartola mesmo. E este ao seu lado direito, é Bob, o demônio da insanidade. Mas não viemos aqui falar de você, e nem de nós, mas sim do seu filho. Seu filho foi escolhido Letícia, ele será muito útil em nosso plano... Perdão, mas precisávamos de alguém insano desde pequeno e precisamos o enforcar enquanto estava dentro de você. Agora me escute, quando seu filho fizer 17 anos, ele despertará sua insanidade completamente, até lá, serão só alguns pequenos atos ruins. Seu filho se tornará um monstro Letícia. Precisamos dele e usaremos ele.
Martha olha pra seu filho em seus braços. Havia duas marcas de cortes nos cantos de sua boca, cortes grandes, pareciam um grande sorriso e em seu pescoço, onde antes havia só uma marca, agora tinha um corte enorme que não parava de sangrar. O Palhaço saiu da sala e pelo corredor ela viu sua aparência mudar. Não era mais um palhaço, era um menino com camisa de força e máscara protetora, indo embora de vez. O homem da cartola soltou Letícia e foi embora também, pela janela ela viu sua outra aparência, a mesma do homem que viu antes, o homem de terno e máscara de coelho. Era a vez de Zalgo e antes de sair ele parou na porta e começou a falar...
Zalgo: Ah, e só mais uma coisa... Pelo seu bem e do seu filho, espero que me ouça. O nome do seu filho será Jeff e no futuro, o mundo o reconhecerá por um outro nome... Adeus senhora Letícia, até um outro evento...
Ao sair da sala, ela viu um homem de terno, era de pele azul e máscara negra, passando a mão no vidro enquanto andava. Ao todos saírem, as luzes voltaram e os médicos também, era como se isso nunca tivesse acontecido. Martha estava paralisada na hora e nas janelas ela viu um nome escrito com sangue, o mesmo sangue que havia nas rachaduras de Zalgo, o nome era: Jeff The Killer.

Jeff e JaneOnde histórias criam vida. Descubra agora