Depois que eu voltei para São Paulo, meus dias foram muitos aleatórios. Não foram mais os mesmos. Sai daquele elevador aos plantos, Anabell não me deu escolha, sabia que ela não era flor que se cheire. Se passaram exatamente 1 mês do ocorrido.
Bom estou na minha sala sentada no sofá com meu gato, pensando em uma pessoa específica o qual vocês sabem quem é, não há segredo. Durante esse tempo Anabell ficou me ligando e mandando muitas mensagens, meu celular está cheio de Correios de voz da mesma.
Derrepente ouço a campainha tocar, fico surpresa pois não estava esperando ninguém.
- Quem será?. Penso em voz alta.
Vou até a porta e abro a mesma.
- Filha? Que roupa é essa?.
- Mãe?? O que está fazendo aqui??. Falo dando passagem para ela entrar e ela entra com um monte de sacolas.
-Bom, Betty me ligou e disse que você não anda bem nesses últimos dias e que está acabada,, e isso eu concordo, olha sua situação filha.
- Mãe, eu estou bem não se preocupe, sério. Ela me olha com receio. - E o que são essas sacolas?
- São roupas novas, achei que seria uma boa para você, você só anda com as mesmas, filha você tem 27 anos.
Emburrada volto para a sala me sentando no mesmo lugar que eu estava.
- Você não vai olhar seus presentes?. Fala se sentando ao meu lado com aquelas sacolas.
Olho para ela e dou um sorriso forçado, vou matar a Betty. Abro as sacolas e fico de boquiaberta, como minha mãe acertou comprar roupas pra mim? Ela nunca soube.
- Eu sei no que está pensando, tive uma ajudinha de Betty.
- Obrigada mãe, eu amo a senhora.
- Eu também te amo filha.
Horas se passaram, eu me diverti muito com minha mãe hoje, fomos para vários lugares da cidade e rimos muitos.
Estavamos caminhando pela Paulista quando do nada uma pessoa se esbarra em mim.
- Me desculpe, eu estava distraído e, espera um pouco eu te conheço.
-Sam? Como você ta?. Era o Sam o namorado de Anabell.
- Katerine não é?. Faço que sim com a Cabeça. - Uau não sabia que iríamos nos encontrar outra vez.
- Bom nem eu, como ta Anabell?
- Eu que te pergunto, desde o ocorrido no Hotel ela sumiu e disse que iria atrás de você. Olho para ele confusa.
- Atrás de mim?. Olho para minha mãe perdida no assunto.
- Sim Katerine, ela me largou pra ir atrás de você, me deixou lá todo fodido, estou surpreso com o fato de não saber disso. Me olha confuso
Fico pensando em suas palavras, as ligações, as mensagens.
- Bom Sam, foi bom ver você mas precisamos ir agora, e essa é minha mãe.
- Prazer senhora?.
- Luane. Ela diz o cumprimentando.
- Luane, certo.
- Vamos mãe?. Ela acena com a Cabeça e continuamos a caminhar.
Paramos no Burger King para comer um bom lanche. Fizemos nossos pedidos e sentamos em uma mesa ao lado de fora do ambiente.
- Katerine, quem era aquele rapaz?.
- Eu não sei mãe, o conheço apenas por uma antiga amiga.
- Antiga amiga?. Ela me olha confusa.
- Bom não tão antiga, vou lhe contar uma coisa mas mantém em segredo ok?. Ela concorda.
Depois de contar tudo, ela fica meio sem o que dizer.
- Então você é homossexual?
- MÃE! eu te conto uma longa história e no final você diz se eu sou homossexual ?
- A Keterine, eu não sei o que dizer, eu fiquei confusa e chocada, por que será que essa mulher não veio atrás de você?
- Ela tentou, eu não respondi aos seus torpedos.
- E o que você sente, agora sei o motivo da senhorita está acabada.
- Bom eu não sei, eu apenas sinto algo mas não sei dizer ao certo o que é e eu também nunca pensei na possibilidade de eu ser uma pessoa sexual, talvez eu não seja, deve ser surto coletivo.
Ela fica me olhando e eu me mexo meia desconfortável.
- Vamos? Eu quero ir pra casa.
*Em casa*
Eu estava sentada no sofá com minha mãe e Betty. Quando chegamos ela estava aqui jogada no meu sofá, intimidade ne meus amigos. Estávamos vendo um filme quando do nada ouço meu celular tocar, era Anabell.
- Alô?.
- Katerine que bom que atendeu. Ouço sua voz embarcada do outro lado da linha. - Achei que já tinha se esquecido de mim.
- Bom, eu estava quase fazendo isso. Falo com firmeza na voz tentando parecer o mais durona possível.
- A nossa, eu é... eu tenho algo para te falar.
- Me fala. Digo ainda com firmeza.
- Eu não queria falar isso pelo celular, mas eu não aguento mais esperar, eu estou apaixonada por você, desde o dia em que te vi naquela boate.
Fico calada e entro em choque.
- Katerine?. Ouço sua voz chamado pelo meu nome.
- Estou te ouvindo.
- Você ficou quieta. Diz com a voz embarcada ainda.
- Ana, você confundiu as coisas, eu não gosto de mulher. É! você confundiu as coisas.
- Vamos nos ver, vem nesse endereço aqui amanhã a tarde
Vou anotando o endereço.
- Bom Katerine até amanhã.
Ela encerra a ligação.
Eu estou completamente fora de mim.
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A Verdadeira História De Katerine Montez
PoetryKeterine Montez, uma mulher que já passou por muitas coisas durante sua vida, ela vai nos contar como foi sua trajetória durante todos os seus 27 anos.