CAPÍTULO 28

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Pov. Hariany


Ontem cheguei em São Paulo, estava empolgada porque hoje Paulinha vai chegar, a distância dela só esses sete dias já faz meu coração ficar apertado de vontade de abraça-la, aliás, isso é tudo que eu mais quero no momento, ninguém se apaixona por uma pessoa tão rápido assim, eu olhei Paulinha no começo da primeira prova do programa, eu fiquei encantada por ela, depois que a conheci tive mais certeza ainda, porém a vida resolveu que nos mostraria que nosso amor é maior que qualquer distância e tempo, a nossa ligação é tão perfeita, que podemos passar anos em países diferentes e quando nos reencontrarmos nossos corações ainda estariam entregues um ao outro.

Ontem mesmo arrumei toda a casa e sinceramente eu nunca a vi tão limpa. Falei para Paulinha que ia busca-la no aeroporto mas ela não aceitou de jeito nenhum e disse para eu não ir, pensei em fazer uma surpresa mas ela pode ficar chateada.

Comprei alguns lanches para nós, fiz uma carta pra Paulinha falando de todos os meus sentimentos, eu estava com medo do que ela queria conversar, me empolguei bastante quando ela falou que vinha pra cá e só agora percebi o risco que eu corro com essa conversa.

Escuto a campainha tocar, minhas mãos começam a soar, as minhas pernas estão bambas, meu coração está muito acelerado e eu estou com um sorriso gigante no rosto, abro a porta.

H: Oi amor.

P: Oi amor, que saudades.

Percebo que chamei Paulinha de amor, ela correspondeu e ainda disse que estava com saudades, não resisti e a abracei.

Pov. Paula


Chegamos no aeroporto de São Paulo e Hari queria muito ir me buscar mas falei para ela não ir, fomos direto comprar açaí para Hari e alugar um carro.
Estou na porta do apartamento de Hari, sinto um grande frio na barriga e me falta coragem para tocar a campainha, olho para Renato que me passa confiança, então toco a campainha e logo a mulher mais linda do mundo surge na minha frente.
Ela me cumprimenta, eu faço o mesmo deixando escapar que estava com saudades.
Hari me abraça forte e logo separo nossos corpos.

Vejo que ela olhou Renato.

H: Você está acompanhada?

Hari muda sua feição e posso ver os ciúmes em seus olhos.

P: Sim, este é meu amigo Renato, ele é policial e vai ficar hospedado num hotel aqui perto, viemos juntos pois precisamos conversar com você.

Ela me olha assustada.

H: Tudo bem, cês podem entrar.

Sentamos na mesa e entrego o açaí de Hari, que fica muito feliz.

P: Bom, preciso ser direta, no dia que sair do hospital eu e Mônica sofremos uma tentativa de atropelamento, eu não quis contar pra você porque não tinha certeza que queriam nos atropelar, até então Mônica havia me contado que o delegado suspeitava que havia algo a mais no assalto que sofremos mas isso ainda estava em investigação.

H: Mas eu nunca prestei nenhum depoimento.

P: Eu sei, depois do vídeo que Mônica gravou o delegado respondeu que não tinha provas para continuar a investigação mas que particularmente ainda estava desconfiado, no dia que o Paulo foi na sua casa pedir o tal documento ele me falou que tinha encomendado o assalto para ficar com você, tinha tentando me atropelar e não pararia por ai.

Vejo que Hari está chorando e seguro em suas mãos.

P: Eu sei que devia te contar antes, mas eu conheço você e sei que tentaria consertar isso com as próprias mãos, eu não podia deixar você correndo risco de vida então inventei esse tempo me aproveitando do momento do restaurante, me desculpa amor eu não queria ter feito isso, esses foram os piores dias da minha vida, eu não sei mais viver longe de você.
Quando eu voltei para Minas precisava dá um jeito nessa história, chamei o Renato que é policial e cliente do escritório, em todos esses dias nós dois montamos um plano para por o Paulo na prisão.

Hari está soluçando de tanto chorar.

H: É tu-tudo que eu mais quero agora, esse imbecil na cadeia.

P: Você precisa ficar calma, nós vamos....

Explico todo o plano para ela.

H: Mas como você sabe que ele está vindo pra São Paulo nessa madrugada?

P: O Renato teve que fazer um grampo ilegal para descobrirmos, por isso o plano não pode ser colocado em prática aqui, mas com esse grampo nós descobrimos que ele contratou um homem para ficar vigiando você.

Renato: Aqui a prova que conseguirmos com o plano não seria aceita pela justiça, eu vim com Paulinha mesmo para fazer a segurança de vocês até irmos para Senador Canedo, lá o delegado aceitou nos dar segurança para o plano e os outros materiais também.
Já estou indo para o hotel, vocês não podem sair daqui sem me avisar, tudo bem?

H: Sim, aqui tem comida, tudo que precisamos, não vamos sair e muito obrigada Renato.

Hari estende a mão para Renato e eles se cumprimentam.

R: Bom, daqui a três dias eu volto para buscar vocês e irmos cumprir nosso plano.

Renato sai e agora eu e Hari estamos a sós.


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Boa noite,bjs😘

Ligação Perfeita- Pauriany Onde histórias criam vida. Descubra agora