(46) Relatives and Lies

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Música: 

John Walker - Down

Emblem3 - 3000 Miles

Maroon 5 - Animals

- Faith? – A minha mãe bate à porta do meu quarto.

- Sim? – Respondo quando me acabo de pentear.

- Podes descer, por favor? – Estranhei. Descer? Olhei para o relógio e ainda faltavam 10 minutos para o Niall me vir buscar.

Abri a porta do meu quarto e desci as escadas. O meu pai estava sentado no cadeirão, enquanto dois homens vestidos de preto estavam sentados no sofá grande. Engelhei a testa quando a minha mãe me disse para me aproximar. Andei até eles, que se levantaram imediatamente. Um era careca e tinha uns músculos enormes, enquanto o outro era magro e tinha uns lindos olhos azuis acompanhados um por loiro cabelo.

- Bom dia. – Cumprimentei.

- Bom dia. Presumo que seja a menina Hill. – Acenei positivamente. – Importa-se de se sentar? Precisamos de lhe fazer algumas perguntas. – Comecei a entrar em pânico.

- Que tipo de perguntas? Quem são vocês? – Perguntei aflita.

- O meu nome é Dom Torreto. Este é o agente Brian O’Connor e somos investigadores da CIA. – Engelhei a testa.

- E o que poderá a CIA querer de mim?

- É exatamente por isso que precisamos de falar. Sente-se, por favor.

- Ele pode ficar comigo? – Perguntei, apontando para o meu pai.

- Claro. – Sentei-me no segundo cadeirão.

 O meu pai levantou-se e fechou a porta da sala, caso alguém entra-se, para não ver aquela confusão toda. Pousei a mala no chão e cruzei as pernas. Os homens estavam com caras sérias, enquanto o meu pai estava com uma cara que parecia que tinha visto um fantasma. Engoli em seco, quando o homem careca tira do bolso do casaco um bloco de notas com uma caneta e vejo, que, à cintura trazia uma arma.

- Menina Hill, há quanto tempo está a viver com os seus tios? – O homem careca, Torreto, perguntou.

- Desculpe. – Limpei a garganta. – Pode-me explicar o porquê de estarem aqui?

- Faith. – Brian falou. Ele parecia mais simpático que o outro homem, mas mesmo assim, não lhe dei confiança para me chamar Faith. Mas acredito que não é muito boa ideia se os contrariar. – Se me permites tratar-te por “tu”. – Ele fala. Ah! Afinal ainda há cavalheiros.

- Claro. – Disse.

- Nós viemos de NY. Pelo que sabemos, estiveste de férias em NY com os teus tios, que tratas por pais, e com o teu namorado. – Namorado. – Nós estamos a investigar uma morte e penso que podes ser a chave para esta investigação.

- Que investigação?

- Há uns anos… segundo os teus tios, o teu pai saiu de casa e a tua mãe morreu de cancro. Pelo que o teu tio nos disse, tu e o teu irmão andaram a viver nas ruas de Nova Iorque durante algum tempo, até serem apanhados e postos em tribunal. Nesse mesmo dia, ficou decidido que os teus tios eram quem ficava a cuidar de ti e do teu irmão até atingirem a idade maior. Estou certo?

- Sim. – Disse a medo. Odeio recuar no tempo.

- Ficaram a viver em Seattle um tempo e depois mudaram-se aqui para Londres para recomeçar uma vida nova. A tua tia arranjou um emprego como bancária e o teu tio abriu uma firma de decorações de interiores. Entretanto, no Natal do ano passado, viajaram até Nova Iorque para passarem o Natal e a passagem de ano todos juntos. Correto?

Truth // h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora